Quando um realizador consagrado reúne um elenco de estrelas para transpor a cinema um tema moderno, espera-se algo monumental. Por isso se Steven Soderbergh junta Lawrence Fishburne, Gwyneth Paltrow, Kate Winslet, Jude Law, Matt Damon, Marion Cotillard… para falar das pandemias, queremos algo gigantesco que exponha os jogos políticos, acuse farmacêuticas e governos, alguma coisa de bombástico! Pois o que se tem aqui é algo mais realista e politicamente correcto, que mostra o governo como fazendo o que lhe compete, chama a voz do povo (os bloggers) de mentirosos, mostra a OMS como fazendo possíveis e impossíveis para combater a doença, e mostra o desespero do cidadão comum na sua luta pela sobrevivência contra um inimigo desconhecido e durante a perda de entes queridos.
A narrativa acompanha uma série de pessoas ao longo de meses. Pela perspectiva e formato assemelha-se mais a uma mini-série que a um filme. Isso porque distribui estrategicamente os acontecimentos-chave a cada vinte minutos como se receasse que o espectador não voltasse na semana seguinte se não houvesse algo novo e intrigante para o manter no canal. Porque se vai libertando de umas personagens para trazer outras e no fim resume o que aconteceu com todas. E porque apesar de nunca ser excepcional, não se resiste a acompanhar até ao final.
Soderbergh tem uma forma muito própria de contar histórias e nos últimos tempos tem sido especialmente criativo. Este filme vai contra as normas pela extensão, pela intensidade e por ser anti-teorias da conspiração. Se o Cinema sempre foi visto como uma forma de desafiar o poder instalado, ao fim de tanto tempo como arte suprema alguém teria de reparar que o próprio Cinema e a sua posição inamovível na oposição era absolutista. Foi uma arrojada tentativa de reinventar a arte, utilizando-a para o contrário da habitual finalidade de protesto. Agora falou contra os protestos, revelando uma nova faceta e todo um novo rumo que a arte pode seguir.
Apesar de todos os nomes sonantes não é um trabalho excepcional, contudo merece louvor pela coragem como ousa ser diferente.
A narrativa acompanha uma série de pessoas ao longo de meses. Pela perspectiva e formato assemelha-se mais a uma mini-série que a um filme. Isso porque distribui estrategicamente os acontecimentos-chave a cada vinte minutos como se receasse que o espectador não voltasse na semana seguinte se não houvesse algo novo e intrigante para o manter no canal. Porque se vai libertando de umas personagens para trazer outras e no fim resume o que aconteceu com todas. E porque apesar de nunca ser excepcional, não se resiste a acompanhar até ao final.
Soderbergh tem uma forma muito própria de contar histórias e nos últimos tempos tem sido especialmente criativo. Este filme vai contra as normas pela extensão, pela intensidade e por ser anti-teorias da conspiração. Se o Cinema sempre foi visto como uma forma de desafiar o poder instalado, ao fim de tanto tempo como arte suprema alguém teria de reparar que o próprio Cinema e a sua posição inamovível na oposição era absolutista. Foi uma arrojada tentativa de reinventar a arte, utilizando-a para o contrário da habitual finalidade de protesto. Agora falou contra os protestos, revelando uma nova faceta e todo um novo rumo que a arte pode seguir.
Apesar de todos os nomes sonantes não é um trabalho excepcional, contudo merece louvor pela coragem como ousa ser diferente.
Título Original: "Contagion" (EUA; EAU, 2011) Realização: Steven Soderbergh Argumento: Scott Z. Burns Intérpretes: Gwyneth Paltrow, Matt Damon, Laurence Fishburne, Jude Law, Marion Cotillard, Kate Winslet Música: Cliff Martinez Fotografia: Steven Soderbergh Género: Drama, Thriller Duração: 106 min. Sítio Oficial: http://contagionmovie.warnerbros.com/ |
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