Por trás de um grande homem há sempre uma grande equipa
Enquanto no mundo real os republicanos se degladiam pela oportunidade de tirarem Obama da Casa Branca, no mundo da ficção são os democratas que se enfrentam na corrida final. Reduzidos a dois candidatos, o governador Morris e o senador Pullman, cada debate pode ser decisivo e por isso os jogos de bastidores ganham especial importância. Enquanto os candidatos se enfrentam perante as câmaras do Ohio, as suas equipas preparam secretamente a batalha da Carolina do Norte. Do lado de Morris a experiência de Paul Zara e do jovem prodígio Stephen Meyers fazem com que a vitória pareça possível, enquanto Pullman deposita a esperança de se manter na liderança no ardiloso Tom Duffy. Mas a política não depende só de políticos e de máquinas de propaganda. É preciso jogar com a imprensa e, especialmente, ter uma equipa de voluntários devotos. Em “The Ides of March” vamos ter tudo isso e muito mais. Vamos ter toda a verdade sobre o nojo que é o mundo da política.
Que se desengane quem acha que é mais um filme para George Clooney brilhar. O galã começa a recuar para trás das câmaras e a passar a pasta de intérprete para a nova geração. Aqui o eleito foi um dos favoritos do sexo feminino e o novo menino bonito de Hollywood, Ryan Gosling. Clooney é o candidato presidencial, mas o foco está todo na sua equipa, em especial Gosling. Foi pena que em Portugal “Ides of March” estreasse antes de “Drive” pois a ordem contrária (a ordem seguida em todo o mundo) valoriza mais a transformação do actor e a complexidade interpretativa das personagens. Enquanto em “Drive” é uma pessoa que tenta ser decente num mundo indecente, em “Ides” é um homem bom destruído pelos jogos de interesses.
Este filme conquista o espectador logo no primeiro plano em que Stephen (Gosling) aparece. Sabemos que vamos ficar do lado dele aconteça o que acontecer. Até que aparece Morris (Clooney) e aqueles discursos, escritos por Stephen, funcionam, conquistam o nosso voto e nos fazem esquecer que há mais alguém envolvido. A primeira hora dá uma lição superficial de política e das áreas envolventes: imprensa, máquinas de propaganda e anti-propaganda, favores políticos, jobs for the boys, etc. Na parte final descai bastante, e desilude porque é eficaz a destruir a nossa réstia de credibilidade nos políticos. Se mantivesse o nível até ao final seria daquelas obras incontornáveis sobre o tema pela menos para esta geração.
Enquanto no mundo real os republicanos se degladiam pela oportunidade de tirarem Obama da Casa Branca, no mundo da ficção são os democratas que se enfrentam na corrida final. Reduzidos a dois candidatos, o governador Morris e o senador Pullman, cada debate pode ser decisivo e por isso os jogos de bastidores ganham especial importância. Enquanto os candidatos se enfrentam perante as câmaras do Ohio, as suas equipas preparam secretamente a batalha da Carolina do Norte. Do lado de Morris a experiência de Paul Zara e do jovem prodígio Stephen Meyers fazem com que a vitória pareça possível, enquanto Pullman deposita a esperança de se manter na liderança no ardiloso Tom Duffy. Mas a política não depende só de políticos e de máquinas de propaganda. É preciso jogar com a imprensa e, especialmente, ter uma equipa de voluntários devotos. Em “The Ides of March” vamos ter tudo isso e muito mais. Vamos ter toda a verdade sobre o nojo que é o mundo da política.
Que se desengane quem acha que é mais um filme para George Clooney brilhar. O galã começa a recuar para trás das câmaras e a passar a pasta de intérprete para a nova geração. Aqui o eleito foi um dos favoritos do sexo feminino e o novo menino bonito de Hollywood, Ryan Gosling. Clooney é o candidato presidencial, mas o foco está todo na sua equipa, em especial Gosling. Foi pena que em Portugal “Ides of March” estreasse antes de “Drive” pois a ordem contrária (a ordem seguida em todo o mundo) valoriza mais a transformação do actor e a complexidade interpretativa das personagens. Enquanto em “Drive” é uma pessoa que tenta ser decente num mundo indecente, em “Ides” é um homem bom destruído pelos jogos de interesses.
Este filme conquista o espectador logo no primeiro plano em que Stephen (Gosling) aparece. Sabemos que vamos ficar do lado dele aconteça o que acontecer. Até que aparece Morris (Clooney) e aqueles discursos, escritos por Stephen, funcionam, conquistam o nosso voto e nos fazem esquecer que há mais alguém envolvido. A primeira hora dá uma lição superficial de política e das áreas envolventes: imprensa, máquinas de propaganda e anti-propaganda, favores políticos, jobs for the boys, etc. Na parte final descai bastante, e desilude porque é eficaz a destruir a nossa réstia de credibilidade nos políticos. Se mantivesse o nível até ao final seria daquelas obras incontornáveis sobre o tema pela menos para esta geração.
Título Original: "The Ides of March" (EUA, 2011) Realização: George Clooney Argumento: George Clooney, Grant Heslov, Beau Willimon (baseados na peça de Beau Willimon) Intérpretes: Ryan Gosling, Philip Seymour Hoffman, George Clooney, Paul Giamatti, Evan Rachel Wood, Marisa Tomei Música: Alexandre Desplat Fotografia: Phedon Papamichael Género: Drama Duração: 101 min. Sítio Oficial: http://www.idesofmarch-movie.com/ |
1 comentários:
Concordo imenso com a crítica.
Primeiro, acho que The Ides of March não atinge a profundidade narrativa suficiente para criar um filme fazendo com que este filme apenas se tenha tornado numa obra que nos relata um pouco o mundo político se bem que seja difícil para muitos compreendê-lo, especialmente não-americanos, visto que, por exemplo, em Portugal, não se realiza assim as campanhas eleitorais.
Por outro lado, a obra serve para Ryan Gosling brilhar. Como tu referes, é o novo menino bonito de Hollywood que merecia a nomeação por ter feito de 2011 um ano recheado de talento.
Abraço
Frank and Hall's Stuff
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