Enquanto nós jovens nos preocupamos com o dia-a-dia e com a vida que passa a correr, quem está na terceira idade costuma ter dúvidas um pouco mais importantes. Do género “viverei até amanhã?” e “o que ainda faço aqui?”. O cinema tem vindo a abordar este tema cada vez mais e melhor, e uma das últimas grandes obras sobre isso é "Arrugas".
Esta começa por ser a história de Emilio. Um homem que, como tantos outros, a família colocou num lar por não conseguir lidar com o seu estado. Nesse lar vai conhecer Miguel, Antónia, e muitos outros idosos que lá estão porque é a ordem natural das coisas. Um destino que tem tanto de inacreditável como de inevitável.
A primeira metade do filme desenrola-se normalmente. Vamos ver como estas dezenas de pessoas ultrapassam cada dia, por entre recordações de um passado que já lá vai, e sonhos por realizar de uma vida que termina. A segunda metade vai mais além. Vamos conhecê-los na doença. As condições mudaram. Ninguém está preparado. Só os mais fortes sobreviverão.
É preciso dizer que apesar de encontrarmos na equipa muitos nomes sonantes da animação galega, a técnica aqui foi uma das menores preocupações. Foram fiéis ao estilo do comic em que se baseia levemente, mas o importante era a história e conseguir passar uma mensagem. Em imagem real talvez o efeito fosse igual, mas através dos desenhos é dado um ritmo ainda mais controlado às cenas. Rápido ou lento de acordo com a etapa da vida que estas personagens atravessam. A mensagem é sobre amizade, confiança, angústia, aproveitar as coisas boas da vida e lidar com as más. Mas o principal de tudo é saber viver. Não querendo com isso dizer que se deve fazer loucuras até que nos mate, mas que se deve saborear cada dia e o que ele nos traz. Mesmo que o corpo não nos queira levar, teremos sempre as asas da imaginação. É só uma questão de a saber usar.
Um filme de ritmo muito pausado, mas que a qualquer momento nos consegue levar às nuvens e fazer repensar as prioridades. Porque ninguém está imune à velhice e temos de o aceitar, para a podermos aproveitar.
A sociedade moderna já conseguiu prolongar a vida para além do que se imaginava possível. Está na hora de começar a torná-la melhor. Até lá, deixem filmes assim fazerem o que é possível.
Esta começa por ser a história de Emilio. Um homem que, como tantos outros, a família colocou num lar por não conseguir lidar com o seu estado. Nesse lar vai conhecer Miguel, Antónia, e muitos outros idosos que lá estão porque é a ordem natural das coisas. Um destino que tem tanto de inacreditável como de inevitável.
A primeira metade do filme desenrola-se normalmente. Vamos ver como estas dezenas de pessoas ultrapassam cada dia, por entre recordações de um passado que já lá vai, e sonhos por realizar de uma vida que termina. A segunda metade vai mais além. Vamos conhecê-los na doença. As condições mudaram. Ninguém está preparado. Só os mais fortes sobreviverão.
É preciso dizer que apesar de encontrarmos na equipa muitos nomes sonantes da animação galega, a técnica aqui foi uma das menores preocupações. Foram fiéis ao estilo do comic em que se baseia levemente, mas o importante era a história e conseguir passar uma mensagem. Em imagem real talvez o efeito fosse igual, mas através dos desenhos é dado um ritmo ainda mais controlado às cenas. Rápido ou lento de acordo com a etapa da vida que estas personagens atravessam. A mensagem é sobre amizade, confiança, angústia, aproveitar as coisas boas da vida e lidar com as más. Mas o principal de tudo é saber viver. Não querendo com isso dizer que se deve fazer loucuras até que nos mate, mas que se deve saborear cada dia e o que ele nos traz. Mesmo que o corpo não nos queira levar, teremos sempre as asas da imaginação. É só uma questão de a saber usar.
Um filme de ritmo muito pausado, mas que a qualquer momento nos consegue levar às nuvens e fazer repensar as prioridades. Porque ninguém está imune à velhice e temos de o aceitar, para a podermos aproveitar.
A sociedade moderna já conseguiu prolongar a vida para além do que se imaginava possível. Está na hora de começar a torná-la melhor. Até lá, deixem filmes assim fazerem o que é possível.
Título Original: "Arrugas" (Espanha, 2011) Realização: Ignacio Ferreras Argumento: Angel de la Cruz, Ignacio Ferreras, Rosanna Cecchini e Paco Roca (também autor do comic) Intérpretes: Tacho González, Álvaro Guevara, Mabel Rivera Música: Nani García Fotografia: David Cubero Género: Animação, Drama Duração: 85 min. Sítio Oficial: http://www.arrugaslapelicula.com/ |
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