O mundo perdido de Chauvet
Werner Herzog é um documentarista. Pode ser um director galardoado por obras de ficção em cinema e por grandes óperas em palco, mas é no contacto com a pura das realidades que se mexe mais confortavelmente. Claro que além de realizador é uma pessoa singular, quase uma lenda de tantas histórias estranhas que o rodeiam. Por tudo isso não é de estranhar que tenha sido esta figura a escolhida para documentar as inacessíveis grutas francesas de Chauvet, detentoras das mais antigas gravuras rupestres da humanidade.
Logo ao início somos prevenidos que a captação de imagem foi feita com o mínimo de material possível. Ou melhor, com o máximo de material permitido. Portanto, esqueçam os planos muito trabalhados, a fotografia excelente e a selecção entre centenas de horas de filmagem para fazer 90 minutos de filme. Vai ter um aspecto amador, quase como um vídeo de férias que se faz com a família ao visitar uma qualquer caverna com gravuras. Isso é desculpável, pois de outra forma não veríamos nada.
No entanto a mini-equipa de cinema que parte nesta exploração inclui Herzog. Os seus comentários não são para ignorar. Enquanto nos revela pinturas mais do que antigas e a história da caverna, ou melhor, a História na caverna, vai deixando opiniões sobre as pinturas de proto-cinema, sobre as pequenas pegadas, sobre cada um dos vestígios de Humanidade que encontra pelo caminho.
Nem é um discurso inocente de um turista perdido num local desconhecido, nem é um arqueólogo ou historiador a falar da sua paixão com ignorantes. É um pensador a exprimir as suas ideias, a fantasiar sobre o que eramos e aquilo em que nos tornamos. Os pontos em que divergimos e aqueles em que continuamos iguais a cem mil anos antes.
Não é um filme para qualquer um. Nâo é para quem gosta de documentários nem para quem gosta dos videos das férias. É para quem gosta de explorar a nossa geologia e história ouvindo - sem interromper - um guia que partilhe dessa paixão. E esta viagem única que temos o privilégio de acompanhar, pode ser repetida vezes sem fim.
Werner Herzog é um documentarista. Pode ser um director galardoado por obras de ficção em cinema e por grandes óperas em palco, mas é no contacto com a pura das realidades que se mexe mais confortavelmente. Claro que além de realizador é uma pessoa singular, quase uma lenda de tantas histórias estranhas que o rodeiam. Por tudo isso não é de estranhar que tenha sido esta figura a escolhida para documentar as inacessíveis grutas francesas de Chauvet, detentoras das mais antigas gravuras rupestres da humanidade.
Logo ao início somos prevenidos que a captação de imagem foi feita com o mínimo de material possível. Ou melhor, com o máximo de material permitido. Portanto, esqueçam os planos muito trabalhados, a fotografia excelente e a selecção entre centenas de horas de filmagem para fazer 90 minutos de filme. Vai ter um aspecto amador, quase como um vídeo de férias que se faz com a família ao visitar uma qualquer caverna com gravuras. Isso é desculpável, pois de outra forma não veríamos nada.
No entanto a mini-equipa de cinema que parte nesta exploração inclui Herzog. Os seus comentários não são para ignorar. Enquanto nos revela pinturas mais do que antigas e a história da caverna, ou melhor, a História na caverna, vai deixando opiniões sobre as pinturas de proto-cinema, sobre as pequenas pegadas, sobre cada um dos vestígios de Humanidade que encontra pelo caminho.
Nem é um discurso inocente de um turista perdido num local desconhecido, nem é um arqueólogo ou historiador a falar da sua paixão com ignorantes. É um pensador a exprimir as suas ideias, a fantasiar sobre o que eramos e aquilo em que nos tornamos. Os pontos em que divergimos e aqueles em que continuamos iguais a cem mil anos antes.
Não é um filme para qualquer um. Nâo é para quem gosta de documentários nem para quem gosta dos videos das férias. É para quem gosta de explorar a nossa geologia e história ouvindo - sem interromper - um guia que partilhe dessa paixão. E esta viagem única que temos o privilégio de acompanhar, pode ser repetida vezes sem fim.
Título Original: "Cave of Forgotten Dreams" (Alemanha, Canadá, EUA, França, Reino Unido, 2010) Realização: Werner Herzog Argumento: Werner Herzog (com base num artigo de Judith Thurman) Intérpretes: Werner Herzog, Jean Clottes, Julien Monney, Jean-Michel Geneste, Michel Philippe Música: Ernst Reijseger Fotografia: Peter Zeitlinger Género: Documentário Duração: 90 min. Sítio Oficial: http://www.caveofforgottendreams.co.uk/ |
0 comentários:
Enviar um comentário