Seja pelo regresso ao mundo das finanças em "Wall Street: Money Never Sleeps", fosse pelo combate à doença, 2010 foi um ano em que muito se falou de Michael Douglas. Isso foi usado como estratégia promocional para lançar "Solitary Man", um filme com ele que trata precisamente desses temas.
Douglas é Ben Kalmen, um vendedor de carros cujo negócio vai de vento em popa até o médico lhe aconselhar um exame por suspeitar de um problema sério de saúde. Kalmen a partir de então divorcia-se, é condenado por fraude, e começa uma vida de solteirão. Só que a sua nova relação vai trazer-lhe outros problemas porque também esta mulher quer que ele se comporte como um homem de família e tem poder para exigir isso dele.
O que pode um homem fazer perante a morte eminente? A decisão de Kalmen, não saber datas, leva-o a arriscar sempre tudo. Está numa situação em que não tem mesmo nada a perder o que lhe dá imensa confiança. Isso, o desrespeito pelas regras e a experiência de vida tornam este homem um sedutor irresistível. O filme arranca de forma curiosa passando do dinâmico homem de negócios, para o aventureiro vigarista. Pelos diversos casos fortuitos que vai criando, as amizades e as relações de negócios, faz lembrar Michael Douglas, faz lembrar Gordon Gecko. Pelo lado da doença consegue simpatia devido ao momento complicado na vida pessoal do actor, nada mais.
Como o título diz é um filme sobre um homem solitário e por isso Douglas tem o esforço maioritário em mantê-lo no rumo certo. Dos actores secundários destaco Imogen Poots, uma jovem actriz cuja carreira tem sido francamente ascendente e a quem se augura um futuro brilhante. Aqui tem apenas uns minutos, mas é quem melhor ofusca Douglas. O filme tem também a sorte de ter um então ainda ignorado Jesse Eisenberg (mais uma vez sentido de oportunidade das distribuidoras) entre vários cujo nome basta para divulgar o filme. Não me refiro a uma Mary-Louise Parker quase invisivel, mas Susan Sarandon está muito bem e Danny DeVito tem o seu primeiro papel a sério em anos. É um pequeno papel, mas comparando com o que tem feito...
No seu todo é um filme triste. Retrata a ascensão e queda de um homem poderoso, a nível social, económico e pessoal. Apesar de ter alguns momentos nunca chega a ser fascinante nem diferente de tantos outros filmes. Aliás, metade do argumento é uma colagem de clichés sobre crises de meia-idade. A tragédia alheia na vida real é o que o distingue e a ser esse o motivo de interesse é-o pelos motivos errados.
Douglas é Ben Kalmen, um vendedor de carros cujo negócio vai de vento em popa até o médico lhe aconselhar um exame por suspeitar de um problema sério de saúde. Kalmen a partir de então divorcia-se, é condenado por fraude, e começa uma vida de solteirão. Só que a sua nova relação vai trazer-lhe outros problemas porque também esta mulher quer que ele se comporte como um homem de família e tem poder para exigir isso dele.
O que pode um homem fazer perante a morte eminente? A decisão de Kalmen, não saber datas, leva-o a arriscar sempre tudo. Está numa situação em que não tem mesmo nada a perder o que lhe dá imensa confiança. Isso, o desrespeito pelas regras e a experiência de vida tornam este homem um sedutor irresistível. O filme arranca de forma curiosa passando do dinâmico homem de negócios, para o aventureiro vigarista. Pelos diversos casos fortuitos que vai criando, as amizades e as relações de negócios, faz lembrar Michael Douglas, faz lembrar Gordon Gecko. Pelo lado da doença consegue simpatia devido ao momento complicado na vida pessoal do actor, nada mais.
Como o título diz é um filme sobre um homem solitário e por isso Douglas tem o esforço maioritário em mantê-lo no rumo certo. Dos actores secundários destaco Imogen Poots, uma jovem actriz cuja carreira tem sido francamente ascendente e a quem se augura um futuro brilhante. Aqui tem apenas uns minutos, mas é quem melhor ofusca Douglas. O filme tem também a sorte de ter um então ainda ignorado Jesse Eisenberg (mais uma vez sentido de oportunidade das distribuidoras) entre vários cujo nome basta para divulgar o filme. Não me refiro a uma Mary-Louise Parker quase invisivel, mas Susan Sarandon está muito bem e Danny DeVito tem o seu primeiro papel a sério em anos. É um pequeno papel, mas comparando com o que tem feito...
No seu todo é um filme triste. Retrata a ascensão e queda de um homem poderoso, a nível social, económico e pessoal. Apesar de ter alguns momentos nunca chega a ser fascinante nem diferente de tantos outros filmes. Aliás, metade do argumento é uma colagem de clichés sobre crises de meia-idade. A tragédia alheia na vida real é o que o distingue e a ser esse o motivo de interesse é-o pelos motivos errados.
Título Original: "Solitary Man" (EUA, 2009) Realização: Brian Koppelman, David Levien Argumento: Brian Koppelman Intérpretes: Michael Douglas, Imgen Poots, Susan Sarandon, Danny DeVito, Jesse Eisenberg, Mary-Louise Parker, Jenna Fischer Música: Michael Penn Fotografia: Alwin H. Kuchler Género: Comédia, Drama, Romance Duração: 90 min. Sítio Oficial: http://www.solitarymanmovie.com/ |
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