Do mesmo realizador de "The Painted Veil", John Curran, temos em cartaz "Stone" que partilha com o antecessor um actor e a temática do amor transgressor.
Jack é agente de liberdade condicional. A palavra dele teoricamente não é final, mas a opinião dele influencia de forma quase determinante as probabilidades de um prisioneiro ter ou não direito a redução da pena efectiva. A algumas semanas da reforma e já com a sucessora em treino, Jack recebe um prisioneiro estranho. Gerald Stone Creeson, chega ao gabinete de Jack muito arrogante e depressa percebe que assim não consegue nada. Através de uma religião que promove o som como terapia, "Stone" começa a ouvir e sentir de outra forma. Será vigarice, redenção ou estará a enlouquecer? Enquanto isso, no exterior, Lucetta, a esposa de Stone, quer mostrar a Jack como se preocupa com ele.
Por entre a relação obrigatoriamente formal de Jack com Stone, a demasiado informal de Lucetta com Jack, a paixão dificilmente disfarçada nas visitas de Lucetta a Stone, falta ainda a relação de Jack com a esposa, Madylyn. O filme começa mostrando a pessoa que Jack era, exactamente o oposto da rectidão e legalidade que defende no presente. Isso ajuda a compreender como é Madylyn, uma mulher ofuscada pelo marido, muito temerosa e que busca na religião a resposta para o que não quer aceitar. Com o avançar da narrativa ficamos indecisos sobre se é Stone que manipula Lucetta ou Lucetta que manipula Stone. E Jack manipula ambos ou é manipulado?
A estrela é De Niro, mas deixo-o para o fim. Jovovich tem alguns momentos. Normalmente o seu trunfo é a versatilidade e é magnífica nas variações entre boa e má de filme para filme. A versão sonsa que nos apresenta aqui merecia mais tempo. Norton dá-nos uma grande actuação num papel miserável e de compreensão difícil. A personagem que carrega apesar de ser o título serve apenas de elo entre os outros dois, é a justificação do filme existir. Resta uma apagada Frances Conroy que chegando ao fim nos perguntamos onde andou o filme todo, visto que teve talvez três cenas dignas de registo. A postura de espírito que deambula pelo lar era intencional, mas não resultou. Como há apenas estas quatro personagens em foco, em conclusão teria passado quase tudo pelos ombros de De Niro. É verdade que conduz o filme como pode, mas sem ter muito a fazer (como todos os outros). Houve muito talento desperdiçado algures entre a direcção de actores e a sala de montagem.
É um filme de ritmo tão lento que nunca atinge o seu fim. Vemos diferenças na vida das personagens,mas não mudará perspectivas nos espectadores. Recomendado apenas para os fãs dos envolvidos.
Jack é agente de liberdade condicional. A palavra dele teoricamente não é final, mas a opinião dele influencia de forma quase determinante as probabilidades de um prisioneiro ter ou não direito a redução da pena efectiva. A algumas semanas da reforma e já com a sucessora em treino, Jack recebe um prisioneiro estranho. Gerald Stone Creeson, chega ao gabinete de Jack muito arrogante e depressa percebe que assim não consegue nada. Através de uma religião que promove o som como terapia, "Stone" começa a ouvir e sentir de outra forma. Será vigarice, redenção ou estará a enlouquecer? Enquanto isso, no exterior, Lucetta, a esposa de Stone, quer mostrar a Jack como se preocupa com ele.
Por entre a relação obrigatoriamente formal de Jack com Stone, a demasiado informal de Lucetta com Jack, a paixão dificilmente disfarçada nas visitas de Lucetta a Stone, falta ainda a relação de Jack com a esposa, Madylyn. O filme começa mostrando a pessoa que Jack era, exactamente o oposto da rectidão e legalidade que defende no presente. Isso ajuda a compreender como é Madylyn, uma mulher ofuscada pelo marido, muito temerosa e que busca na religião a resposta para o que não quer aceitar. Com o avançar da narrativa ficamos indecisos sobre se é Stone que manipula Lucetta ou Lucetta que manipula Stone. E Jack manipula ambos ou é manipulado?
A estrela é De Niro, mas deixo-o para o fim. Jovovich tem alguns momentos. Normalmente o seu trunfo é a versatilidade e é magnífica nas variações entre boa e má de filme para filme. A versão sonsa que nos apresenta aqui merecia mais tempo. Norton dá-nos uma grande actuação num papel miserável e de compreensão difícil. A personagem que carrega apesar de ser o título serve apenas de elo entre os outros dois, é a justificação do filme existir. Resta uma apagada Frances Conroy que chegando ao fim nos perguntamos onde andou o filme todo, visto que teve talvez três cenas dignas de registo. A postura de espírito que deambula pelo lar era intencional, mas não resultou. Como há apenas estas quatro personagens em foco, em conclusão teria passado quase tudo pelos ombros de De Niro. É verdade que conduz o filme como pode, mas sem ter muito a fazer (como todos os outros). Houve muito talento desperdiçado algures entre a direcção de actores e a sala de montagem.
É um filme de ritmo tão lento que nunca atinge o seu fim. Vemos diferenças na vida das personagens,mas não mudará perspectivas nos espectadores. Recomendado apenas para os fãs dos envolvidos.
Título Original: "Stone" (EUA, 2010) Realização: John Curran Argumento: Angus MacLachlan Intérpretes: Robert De Niro, Milla Jovovich, Edward Norton, France Conroy Fotografia: Maryse Alberti Género: Drama, Thriller Duração: 105 min. Sítio Oficial: http://www.stonemovie.com/ |
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