Foi com uns impressionantes e decepcionantes 3000 subscritores que se fechou a petição e se enviou uma lista de nomes para a Assembleia. Impressionante porque os organizadores esperavam muito menos. Decepcionantes porque ninguém além dos bloggers de cinema e do cidadão comum se mostrou interessado. Especialmente perigoso é ver que da área da produção nacional e da política não se juntaram vozes suficientes.
Nenhuma organização, instituição privada ou pública nos ajudou ou quis colaborar de forma expressa e substancial nesta causa. A forma como a Associação Portuguesa de Realizadores ignorou por completo esta iniciativa é sintomática de como as gentes do cinema estão muito pouco disponíveis para apoiar iniciativas cívicas desta natureza. Também registamos com desagrado o pouco eco e apoios que obtivemos junto da Cinemateca Portuguesa, de quem acabámos por não merecer uma única assinatura.
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Tanto a AR, pela mão da deputada Inês de Medeiros, como a ERC, que não respondeu aos nossos mails, telefonemas e carta, perderam uma enorme oportunidade para mostrarem que o combate que dizem encabeçar pela televisão pública não é fruto apenas de uma circunstância mediática/partidária.
Os interessados podem ler o texto completo de um dos mentores da iniciativa no Cinedrio.
Ergam a voz. Tantas petições que apelam ao cinema ficam abaixo dos 5000 (basta ver Cinemateca no Porto, ou pelo cinema português)...
Chegará o dia em que não teremos como ver clássicos regularmente. Não teremos cinema nacional nas televisões. Teremos uma constante e monótona repetição de blockbusters americanos por anos a fio até ao completo entorpecimento dos cérebros.
De momento há uma petição nacional cinematográfica a dar que falar. Pretende fazer pressão para determinado filme ser candidato nacional aos Oscares. Mesmo que não concordem com a escolha juntem-se à causa. Mostrem que estão fartos do rumo actual das coisas e que querem ter uma voz a dizer. Pode ser desta que se muda o rumo das coisas.
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