Quantos de nós crescemos a sonhar ter uma verdadeira sala de cinema para uso próprio? Poucos conseguirão isso e contentam-se com uma tela esticada na sala, mas o ideal era receber um cinema totalmente funcional como prenda ou herança e ir só gerí-lo. Foi quase isso que aconteceu a Matt Spenser que herdou um cinema de um tio que não conheceu e não sabia que tinha. Parte com a sua mulher, Jean, para Sloughborough onde contemplam o majestoso cinema local Grand que o taxista lhes diz ser o único. Deliciados com a herança vão falar com o advogado que esclarece a situação. O cinema que viram é o único em funcionamento, o deles é o outro, chamado Bijou, mas conhecido como “ninho de pulgas”, e que tem três velhotes como únicos funcionários. A única forma de aquilo dar lucro é vendendo o espaço para o Grand, mas os Spenser querem mais dinheiro e por isso vão tornar o Bijou num cinema de respeito.
Para quem não o souber enquadrar no contexto histórico não passará de uma mera comédia numa sala de cinema. Mas passa-se na mesma época em que Toto visitava o Cinema Paradiso, uma época em que o cinema marcava as pessoas e era o seu único refúgio da realidade. O elenco tem três lendas do humor britânico que são Margaret Rutherford (oscarizada em 1964), Bernard Miles (Cavaleiro) e Peter Sellers. Nenhum tem um grande momento, mas vão mantendo o ritmo do filme com as suas performances loucas. O casal tem Virginia McKenna que viria a tornar-se célebre (ganhou um dos três BAFTA a que foi nomeada) e um Bill Travers que nunca atingiu o seu verdadeiro potencial e tem aqui o seu maior protagonismo. No seu todo oferecem-nos um grupo de personagens dificilmente memoráveis, mas extremamente eficazes. Nem bons nem maus, apenas humanos.
Como o título anunciava brincando com a expressão “The Greatest Show on Earth”, o projecto de Basil Dearden não tencionava ser mais do que uma comédia, mas a elevada qualidade dos cenários, os hilariantes filmes série B - exibidos numa sala que supera o realismo do 3D - e a forma como o negócio do cinema é comparado com outros fazem dele uma referência. No entanto é outros daqueles clássicos perdidos no tempo. Apesar de ter Peter Sellers (irreconhecível) não resistiu ao teste do tempo, muito por culpa da fraca qualidade em que circulou.
Para quem não o souber enquadrar no contexto histórico não passará de uma mera comédia numa sala de cinema. Mas passa-se na mesma época em que Toto visitava o Cinema Paradiso, uma época em que o cinema marcava as pessoas e era o seu único refúgio da realidade. O elenco tem três lendas do humor britânico que são Margaret Rutherford (oscarizada em 1964), Bernard Miles (Cavaleiro) e Peter Sellers. Nenhum tem um grande momento, mas vão mantendo o ritmo do filme com as suas performances loucas. O casal tem Virginia McKenna que viria a tornar-se célebre (ganhou um dos três BAFTA a que foi nomeada) e um Bill Travers que nunca atingiu o seu verdadeiro potencial e tem aqui o seu maior protagonismo. No seu todo oferecem-nos um grupo de personagens dificilmente memoráveis, mas extremamente eficazes. Nem bons nem maus, apenas humanos.
Como o título anunciava brincando com a expressão “The Greatest Show on Earth”, o projecto de Basil Dearden não tencionava ser mais do que uma comédia, mas a elevada qualidade dos cenários, os hilariantes filmes série B - exibidos numa sala que supera o realismo do 3D - e a forma como o negócio do cinema é comparado com outros fazem dele uma referência. No entanto é outros daqueles clássicos perdidos no tempo. Apesar de ter Peter Sellers (irreconhecível) não resistiu ao teste do tempo, muito por culpa da fraca qualidade em que circulou.
Título Original: "The Smallest Show on Earth" (Reino Unido, 1957) Realização: Basil Dearden Argumento: John Eldridge, William Rose Intérpretes: Virginia McKenna, Bill Travers, Margaret Rutherford, Peter Sellers, Bernard Miles Música: William Alwyn Fotografia: Douglas Slocombe Género: Comédia Duração: 80 min. |
1 comentários:
Que elenco fantástico!
Belo blog.
Cumprimentos cinéfilos!
O Falcão Maltês
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