"Premonição" por César Nóbrega
NÓ CEGO
Nota Prévia: Este é provavelmente o filme mais confuso que já vi, e olhem que já vi alguns dificeis… acreditem! Já agora, não gostei muito, mas acho que é um exercício cinematográfico a ver. Façam de conta que esta é aquela aula que quiseram fazer gazeta para ir jogar cartas, mas que sabiam que tinham que assistir.
Uma das estrelas de Hollywood da actualidade, Sandra Bullock, aventura-se por um filme onde o sobrenatrural e o suspense andam de mãos dadas. Depois de “Crash” ficamos a acreditar que Bullock é uma actriz capaz de fazer um filme dramático e não só as comédias românticas a que nos habituou. Ela é, de facto, a melhor coisa deste filme.
“Premonição” vai beber muita da sua inspiração a filmes como “Memento”, a obra prima de Christopher Nolan, mas consegue baralhar, ainda mais, o espectador, uma vez que aqui, a narrativa não anda simplesmente (até parece que “Memento” é um filme fácil) para trás, ou a história é contada ao contrário. Em “Premonição” não há lógica aparente ou então a lógica é que não há lógica!
O filme começa com o casal protagonista, Linda e Jim Hanson (Sandra Bullock e Julian McMahon) em frente a uma casa dos anos 20. Ele faz-lhe a surpresa, ela pensa que não têm dinheiro para tal. Uma década depois a casa é deles. Linda é uma dona de casa a tempo inteiro, vai levar as duas filhas à escola, regressa para correr e depois arrumar a casa. Tudo normal! Até que um polícia lhe bate à porta e diz que o marido morreu num acidente de carro. Incrédula, Linda chama a mãe e a melhor amiga para a ajudarem a dar a notícia às filhas e tratar de tudo para o funeral. Naquela noite adormece no sofá abraçada à fotografia do marido. Quando acorda no que ela pensa ser o dia seguinte, desce as escadas e vê o marido a tomar o pequeno almoço. Afinal foi tudo um sonho… ou talvez não! Os vários “dejá-vu” ao longo do dia auguram o pior que acontece quando acorda no que nós queríamos que fosse o dia seguinte. Linda levanta-se e regressa ao que pode ser um pesadelo. A mãe e a irmã estão a liderar as cerminónias fúnebres e a filha sofreu um qualquer acidente. A partir daqui já percebemos que vamos andar a saltar no calendário da semana sem qualquer lógica aparente. A única coisa que sabemos é que os dias só se sucedem para Linda e em desacordo com o calendário. Ela pode acordar numa Segunda-feira e “amanhã” no Sábado seguinte. O filme fica tão confuso que estamos constantemente a achar falhas no argumento que depois de analisadas se calhar não são. Se o objectivo do realizador alemão de ascendência turca, Mennam Yapo, era baralhar-nos… conseguiu!
“Premonição” acaba como tem de acabar, apesar de querermos ver outro desfecho. Afinal, a família Hanson não é tão feliz como aparenta. Jim tem uma nova apetitosa assistente (Amber Valletta) que vai complicar um pouco mais a história. Há, também, o aconselhamento com um padre que era desnecessário. Meter a religião nestas coisas pode ser perigoso.
Não pensem que vos contei a história de “Premonição”, só ajudei a criar mais confusão, o filme é para quem quer “dar um nó cego” no cérebro. Podem ter a certeza que depois de o verem vão passar horas a discutir o argumento, e não vão conseguir desvendar todos os segredos.
Uma das estrelas de Hollywood da actualidade, Sandra Bullock, aventura-se por um filme onde o sobrenatrural e o suspense andam de mãos dadas. Depois de “Crash” ficamos a acreditar que Bullock é uma actriz capaz de fazer um filme dramático e não só as comédias românticas a que nos habituou. Ela é, de facto, a melhor coisa deste filme.
“Premonição” vai beber muita da sua inspiração a filmes como “Memento”, a obra prima de Christopher Nolan, mas consegue baralhar, ainda mais, o espectador, uma vez que aqui, a narrativa não anda simplesmente (até parece que “Memento” é um filme fácil) para trás, ou a história é contada ao contrário. Em “Premonição” não há lógica aparente ou então a lógica é que não há lógica!
O filme começa com o casal protagonista, Linda e Jim Hanson (Sandra Bullock e Julian McMahon) em frente a uma casa dos anos 20. Ele faz-lhe a surpresa, ela pensa que não têm dinheiro para tal. Uma década depois a casa é deles. Linda é uma dona de casa a tempo inteiro, vai levar as duas filhas à escola, regressa para correr e depois arrumar a casa. Tudo normal! Até que um polícia lhe bate à porta e diz que o marido morreu num acidente de carro. Incrédula, Linda chama a mãe e a melhor amiga para a ajudarem a dar a notícia às filhas e tratar de tudo para o funeral. Naquela noite adormece no sofá abraçada à fotografia do marido. Quando acorda no que ela pensa ser o dia seguinte, desce as escadas e vê o marido a tomar o pequeno almoço. Afinal foi tudo um sonho… ou talvez não! Os vários “dejá-vu” ao longo do dia auguram o pior que acontece quando acorda no que nós queríamos que fosse o dia seguinte. Linda levanta-se e regressa ao que pode ser um pesadelo. A mãe e a irmã estão a liderar as cerminónias fúnebres e a filha sofreu um qualquer acidente. A partir daqui já percebemos que vamos andar a saltar no calendário da semana sem qualquer lógica aparente. A única coisa que sabemos é que os dias só se sucedem para Linda e em desacordo com o calendário. Ela pode acordar numa Segunda-feira e “amanhã” no Sábado seguinte. O filme fica tão confuso que estamos constantemente a achar falhas no argumento que depois de analisadas se calhar não são. Se o objectivo do realizador alemão de ascendência turca, Mennam Yapo, era baralhar-nos… conseguiu!
“Premonição” acaba como tem de acabar, apesar de querermos ver outro desfecho. Afinal, a família Hanson não é tão feliz como aparenta. Jim tem uma nova apetitosa assistente (Amber Valletta) que vai complicar um pouco mais a história. Há, também, o aconselhamento com um padre que era desnecessário. Meter a religião nestas coisas pode ser perigoso.
Não pensem que vos contei a história de “Premonição”, só ajudei a criar mais confusão, o filme é para quem quer “dar um nó cego” no cérebro. Podem ter a certeza que depois de o verem vão passar horas a discutir o argumento, e não vão conseguir desvendar todos os segredos.
Título Original: "Premonition" (EUA, 2007) Realização: Mennan Yapo Argumento: Bill Kelly Intérpretes: Sandra Bullock, Julian McMahon e Amber Valletta Fotografia: Torsten Lippstock Música: Klaus Badelt Género: Thriller / Drama Duração: 110 min. Sítio Oficial: http://www.sonypictures.com/movies/premonition |