Toby Young é um afamado jornalista britânico, autor da obra literária homónima que oferece o nome ao filme, e que viajou em meados dos anos 90 para os EUA, com o intuito de vingar na famosa revista Vanity Fair. Os seus excessos e excentricidade granjearam-lhe o estatuto de figura semi-pop no mundo do pseudo-jornalismo sobre artes.
O próprio título - "How to Lose Friends & Alienate People" / "Como Perder Amigos e Alienar Outros" é uma provocação e exploração de How to Win Friends and Influence People, campeão de vendas literárias de Dale Carnegie, percursor dos livros e discursos de auto-ajuda. O de Young, pelo contrário (que nesta adaptação cinematográfica de Robert B. Weide, estreante em longas metragens de ficção, é interpretado por Simon Pegg - "Hot Fuzz", 2007) parodia as relações estreitas entre o jornalismo e as vedetas, sob o ponto de vista de manipulação de textos e criação de individualidades que, na realidade não existem. Ou seja, um exacerbar de competência, hiperbolizando as capacidades criativas de um artista.
Young, que no filme é Sydney, tenta vencer no mundo da revista nova-iorquina Sharps (a Vanity Fair da ficção), propriedade de Clayton Harding (Jeff Bridges). Gozado por todos, encontra em Alison Olsen (Kirsten Dunst), uma redactora da secção Eu Espio, o apoio nesta viagem intercontinental.
Embrenhado no intrincado mundo de teias de interesse entre moda, cinema, celebridades e jornalismo, centra atenções numa estrela em ascenção, Sophie Maes (Megan Fox), a qual, como é apanágio neste cinema consensual e «pré-frito», personifica a luxúria e o desvio de atenções do verdadeiro amor.
"How to Lose..." repete as mesmas cenas, os mesmos planos, as mesmas piadas e o mesmo edifício genético de dezenas de filmes anteriores. Simon Pegg, que a pouco e pouco tem vindo a deteriorar as suas incursões na interpretação (como são provas o filme que aqui se fala, que sucede a "Run, Fatboy, Run" - 2008, outro copioso falhanço) não é, ao contrário de outras opiniões que li, o actor indicado para este papel. O carácter ácido e hooligan que era exigido ao personagem (e que o verdadeiro Young encarnava em si) não encontra um centímetro de reflexo na abordagem feita pelo talentoso britânico.
Não só falha redondamente no casting (Kirsten Dunst está como peixe fora de água, Gillian Anderson como agente de Maes nunca convence, e o Harding de Jeff Bridges esteve demasiado tempo debaixo do papel químico da personagem de The Dude de "Big Lebowski", 1998), como decide metralhar-nos novamente com o gag da bola e da janela aberta, de diálogos à la carte, vistos e revistos vezes sem conta, entre um sem número de exemplos que, dados de forma exaustiva, seriam verdadeiramente maçadores.
Como resume o brocardo anglófono, been there, done that.
O próprio título - "How to Lose Friends & Alienate People" / "Como Perder Amigos e Alienar Outros" é uma provocação e exploração de How to Win Friends and Influence People, campeão de vendas literárias de Dale Carnegie, percursor dos livros e discursos de auto-ajuda. O de Young, pelo contrário (que nesta adaptação cinematográfica de Robert B. Weide, estreante em longas metragens de ficção, é interpretado por Simon Pegg - "Hot Fuzz", 2007) parodia as relações estreitas entre o jornalismo e as vedetas, sob o ponto de vista de manipulação de textos e criação de individualidades que, na realidade não existem. Ou seja, um exacerbar de competência, hiperbolizando as capacidades criativas de um artista.
Young, que no filme é Sydney, tenta vencer no mundo da revista nova-iorquina Sharps (a Vanity Fair da ficção), propriedade de Clayton Harding (Jeff Bridges). Gozado por todos, encontra em Alison Olsen (Kirsten Dunst), uma redactora da secção Eu Espio, o apoio nesta viagem intercontinental.
Embrenhado no intrincado mundo de teias de interesse entre moda, cinema, celebridades e jornalismo, centra atenções numa estrela em ascenção, Sophie Maes (Megan Fox), a qual, como é apanágio neste cinema consensual e «pré-frito», personifica a luxúria e o desvio de atenções do verdadeiro amor.
"How to Lose..." repete as mesmas cenas, os mesmos planos, as mesmas piadas e o mesmo edifício genético de dezenas de filmes anteriores. Simon Pegg, que a pouco e pouco tem vindo a deteriorar as suas incursões na interpretação (como são provas o filme que aqui se fala, que sucede a "Run, Fatboy, Run" - 2008, outro copioso falhanço) não é, ao contrário de outras opiniões que li, o actor indicado para este papel. O carácter ácido e hooligan que era exigido ao personagem (e que o verdadeiro Young encarnava em si) não encontra um centímetro de reflexo na abordagem feita pelo talentoso britânico.
Não só falha redondamente no casting (Kirsten Dunst está como peixe fora de água, Gillian Anderson como agente de Maes nunca convence, e o Harding de Jeff Bridges esteve demasiado tempo debaixo do papel químico da personagem de The Dude de "Big Lebowski", 1998), como decide metralhar-nos novamente com o gag da bola e da janela aberta, de diálogos à la carte, vistos e revistos vezes sem conta, entre um sem número de exemplos que, dados de forma exaustiva, seriam verdadeiramente maçadores.
Como resume o brocardo anglófono, been there, done that.
Título Original: "How to Lose Friends & Alienate People" (Reino Unido, 2008) Realização: Robert B. Weide Argumento: Toby Young (romance) e Peter Straughan (argumento) Intérpretes: Simon Pegg, Kirsten Dunst e Megan Fox Fotografia: Oliver Stapleton Música: David Arnold Género: Comédia / Romance Duração: 110 min. Sítio Oficial: http://www.howtolosefriendsmovie.com/intl/uk |
4 comentários:
tinha imensa curiosidade em ver este filme pois uma noite em nova york passei num loca onde estavam a gravar este filme no entanto ou passou nos cinemas tão despercebido que nem o vi ou ainda não passou e não vai passar.
A estreia foi no primeiro dia de 2009.
Achei o filme ótimo, demos muitas risadas, sem compromisso com a crítica acima, recomendo está deliciosa comédia!
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