Filho das histórias de encantar com as quais todos nos deliciamos na nossa infância, "August Rush" é uma versão moderna e musical de "Oliver Twist", onde o grupo de crianças não é instrumentalizada para o roubo mas sim para a canção como meio de ganhar dinheiro.
Louis Connelly (Jonathan Rhys Meyers), vocalista e talentoso artista pop rock conhece Lyla Novacek (Keri Russel), um dos expoentes do violoncelo norte-americano, num loft em festa nova-iorquina. Do cruzar de olhares ao amor foi um passo que deram de forma quase imediata, com a música que tocava na rua a dar a ajuda que faltava.
Mas uma história destas nunca começa bem. Sem trocarem números ou contactos, combinam encontrar-se perto do hotel onde Lyla estava hospedada, mas o seu severo pai Thomas (William Sadler) impede-a, num impeto de raiva onde só vê a carreira da filha na lista das prioridades.
Separados fisicamente, afastam-se também das respectivas músicas - ela deixa o violoncelo, ele abandona a banda. Todavia, Lyla fica grávida naquele fugaz encontro, mas um acidente leva-a a perder a criança - ou assim ela o pensa. O maquiavélico pai entrega o rebento numa instituição de caridade, escondendo da filha que esse estaria vivo.
De volta ao presente, conhecemos Evan Taylor (Freddie Highmore), um miúdo de doze anos que mora numa instituição para crianças desfavorecidas, e que de lá foge bem como da possível entrega a uma família adoptiva. Sozinho nas ruas, só com a companhia do som e da música, é arrebanhado por um homem que se initula de Wizard (Robin Williams), que o leva para um Teatro abandonado onde conhece outros como ele. Votado a uma vida de pedinte de viola na mão, Evan demonstra ser o novo Mozart e, com a ajuda de um pároco, é leva para Julliard, uma reputada escola de música, onde compõe uma peça clássica para ser apresentada em Central Park perante milhares de pessoas. A sua mãe, que desconhece, é a violoncelista, que segue o apelo da música, e é lá que os seus pais se voltam a reunir.
E era naquelas histórias de encantar que tudo, do mais credível ao mais inverosímel, fazia sentido. Em "August Rush" (que, aliás, é o nome artístico que o Wizard lhe atribui), pouco ou nada faz sentido. A história resvala sempre para o lamechas e nunca consegue ser comovente, a música (ressalvando-se a boa composição) está sempre desconectada da imagem, sendo esta e o som duas peças à parte nunca ligadas com sucesso.
Kirsten Sheridan, com um argumento de Nick Castle e de James V. Hart, conseguiu transformar uma peça que poria Dickens a sorrir, numa história bacoca e tristemente enfadonha. Salva-se a música (com nomeação para Óscar pelo tema Raise It Up) e a interpretação de Highmore, que consegue quse sempre comprometer-se com a câmara, aliando a sua simplicidade ao fio condutor da história.
Louis Connelly (Jonathan Rhys Meyers), vocalista e talentoso artista pop rock conhece Lyla Novacek (Keri Russel), um dos expoentes do violoncelo norte-americano, num loft em festa nova-iorquina. Do cruzar de olhares ao amor foi um passo que deram de forma quase imediata, com a música que tocava na rua a dar a ajuda que faltava.
Mas uma história destas nunca começa bem. Sem trocarem números ou contactos, combinam encontrar-se perto do hotel onde Lyla estava hospedada, mas o seu severo pai Thomas (William Sadler) impede-a, num impeto de raiva onde só vê a carreira da filha na lista das prioridades.
Separados fisicamente, afastam-se também das respectivas músicas - ela deixa o violoncelo, ele abandona a banda. Todavia, Lyla fica grávida naquele fugaz encontro, mas um acidente leva-a a perder a criança - ou assim ela o pensa. O maquiavélico pai entrega o rebento numa instituição de caridade, escondendo da filha que esse estaria vivo.
De volta ao presente, conhecemos Evan Taylor (Freddie Highmore), um miúdo de doze anos que mora numa instituição para crianças desfavorecidas, e que de lá foge bem como da possível entrega a uma família adoptiva. Sozinho nas ruas, só com a companhia do som e da música, é arrebanhado por um homem que se initula de Wizard (Robin Williams), que o leva para um Teatro abandonado onde conhece outros como ele. Votado a uma vida de pedinte de viola na mão, Evan demonstra ser o novo Mozart e, com a ajuda de um pároco, é leva para Julliard, uma reputada escola de música, onde compõe uma peça clássica para ser apresentada em Central Park perante milhares de pessoas. A sua mãe, que desconhece, é a violoncelista, que segue o apelo da música, e é lá que os seus pais se voltam a reunir.
E era naquelas histórias de encantar que tudo, do mais credível ao mais inverosímel, fazia sentido. Em "August Rush" (que, aliás, é o nome artístico que o Wizard lhe atribui), pouco ou nada faz sentido. A história resvala sempre para o lamechas e nunca consegue ser comovente, a música (ressalvando-se a boa composição) está sempre desconectada da imagem, sendo esta e o som duas peças à parte nunca ligadas com sucesso.
Kirsten Sheridan, com um argumento de Nick Castle e de James V. Hart, conseguiu transformar uma peça que poria Dickens a sorrir, numa história bacoca e tristemente enfadonha. Salva-se a música (com nomeação para Óscar pelo tema Raise It Up) e a interpretação de Highmore, que consegue quse sempre comprometer-se com a câmara, aliando a sua simplicidade ao fio condutor da história.
Título Original: "August Rush" (EUA, 2007) Realização: Kirsten Sheridan Argumento: Nick Castle e James V. Hart Intérpretes: Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers e Robin Williams Fotografia: John Mathieson Música: Mark Mancina Género: Drama / Romance / Música Duração: 114 min. Sítio Oficial: http://augustrushmovie.warnerbros.com |
2 comentários:
Optimo trabalho com o blog!
Obrigado pelo incentivo! Volta sempre!
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