A História recente da sétima arte está marcada pelo regresso da saga "Star Wars" onde Hayden Christensen foi Anykin Skywalker. Apesar de ter um poder incomparável uma coisa que a Força nunca lhe permitiu foi teletransportar-se. Agora em "Jumper" o único poder que tem é precisamente esse. A sua personagem, David, tem uma anomalia genética que lhe permite aparecer onde quer. Com apenas 15 anos esse grande poder não é encarado com grande responsabilidade. Como se afastou de tudo e todos simulando a própria morte, ninguém sabe o seu segredo. Tem o maior poder do mundo e completa liberdade para o usar. Só que a omnipresença é um privilégio exclusivo de Deus e existe uma equipa especializada em deter os semelhantes a David, a quem chamam de saltadores.
Doug Liman já nos trouxe os brilhantes "Swingers" e "Go", que são dos grandes clássicos dos anos noventa. Infelizmente em vez de seguir o exemplo destes dois preferiu seguir a receita de "The Bourne Identity" e fazer um episódio piloto em formato cinematográfico. Apresenta ambos os lados, mostra as armas com que combatem e até onde estão dispostos a ir. Depois termina sem que a história realmente comece. O exemplo mais chocante e absurdo é a personagem de Diane Lane que aparece apenas duas vezes, cerca de um minuto no total, e tem como última frase algo que só pode ser interpretado como "sequela". Claro que podemos ser pessimistas e pensar que o verdadeiro significado é "sequelas". O livro que serviu de inspiração é bem mais negro e podia ser adaptado para um bom filme. Nesta versão light a infância de David e o seu eterno amor por Millie parecem uma novela cor-de-rosa. Mesmo assim fazem parte dos melhores minutos do filme: os do início. Pelas cenas iniciais o filme promete, mas são literalmente cinco minutos no máximo. A partir daí já se pode sair e acompanhar a sessão da sala ao lado que é provavelmente melhor.
Todas as personagens são cópias de coisas existentes, vindas directamente dos moldes que fizeram tantos heróis acidentais, namoradas em perigo e vilões. Se o pai de David fosse devidamente explorado, enquanto lida com o trauma do desaparecimento do filho, seria muito interessante, mas não perdem tempo com isso. Também aqui entregam o papel a alguém conhecido (Michael Rooker) para lhe darem meia dúzia de falas.
O objectivo de quem fez este filme foi cumprido: puderam viajar pelo globo às custas dos estúdios. Provavelmente irão repeti-lo até conseguirem vários milhões, é o que costuma acontecer nestas sagas. No fundo é apenas uma panóplia de efeitos digitais tecnicamente perfeitos que não cai no ridículo. Falta-lhe a história.
Doug Liman já nos trouxe os brilhantes "Swingers" e "Go", que são dos grandes clássicos dos anos noventa. Infelizmente em vez de seguir o exemplo destes dois preferiu seguir a receita de "The Bourne Identity" e fazer um episódio piloto em formato cinematográfico. Apresenta ambos os lados, mostra as armas com que combatem e até onde estão dispostos a ir. Depois termina sem que a história realmente comece. O exemplo mais chocante e absurdo é a personagem de Diane Lane que aparece apenas duas vezes, cerca de um minuto no total, e tem como última frase algo que só pode ser interpretado como "sequela". Claro que podemos ser pessimistas e pensar que o verdadeiro significado é "sequelas". O livro que serviu de inspiração é bem mais negro e podia ser adaptado para um bom filme. Nesta versão light a infância de David e o seu eterno amor por Millie parecem uma novela cor-de-rosa. Mesmo assim fazem parte dos melhores minutos do filme: os do início. Pelas cenas iniciais o filme promete, mas são literalmente cinco minutos no máximo. A partir daí já se pode sair e acompanhar a sessão da sala ao lado que é provavelmente melhor.
Todas as personagens são cópias de coisas existentes, vindas directamente dos moldes que fizeram tantos heróis acidentais, namoradas em perigo e vilões. Se o pai de David fosse devidamente explorado, enquanto lida com o trauma do desaparecimento do filho, seria muito interessante, mas não perdem tempo com isso. Também aqui entregam o papel a alguém conhecido (Michael Rooker) para lhe darem meia dúzia de falas.
O objectivo de quem fez este filme foi cumprido: puderam viajar pelo globo às custas dos estúdios. Provavelmente irão repeti-lo até conseguirem vários milhões, é o que costuma acontecer nestas sagas. No fundo é apenas uma panóplia de efeitos digitais tecnicamente perfeitos que não cai no ridículo. Falta-lhe a história.
Título Original: "Jumper" (EUA, 2008) Realização: Doug Liman Argumento: David S. Goyer , Jim Uhls e Simon Kinberg inspirado na história de Steven Gould Intérpretes: Hayden Christensen, Samuel Jackson, Jamie Bell, Rachel Bilson, Diane Lane Fotografia: Barry Peterson Música: John Powell Género: Acção Duração: 90 min. Sítio Oficial: http://www.jumperthemovie.com/ |
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