Na década de oitenta o lema oficioso da polícia da polícia de Nova Iorque era “we own the night”. Na realidade a noite era dominada por perigosos criminosos, barões da droga tal como nas décadas anteriores e nas que se seguiram. Este filme narra as aventuras de Bobby Green em 1988, quando os russos surgiram no mercado.
Bobby é filho de um lendário polícia e o irmão está a seguir esse exemplo com distinção. Apesar de ter os genes Bobby seguiu o seu próprio caminho. Utiliza o nome materno e gere um clube nocturno. Esse clube pertence a Buzhayev, um russo que enriqueceu com o negócio das peles. Coincidência ou não o sobrinho de Buzhayev é o responsável pelo tráfico de droga na noite e o principal alvo de Joe Grusinsky, o irmão de Bobby. Suspeitando que uma grande transacção vai ter lugar em breve, Joe pede a Bobby que os ajude. Furioso por a polícia ter invadido o seu clube, Bobby inicialmente recusa, mas depois de o irmão ser baleado percebe que ou intervém para acabar com tudo depressa, ou o pai será o próximo.
Numa hora o filme está terminado. Bobby fica infiltrado, descobre o esconderijo e causa a captura dos maus da fita. A hora seguinte é para acentuar o drama humano. Para se manter vivo Bobby tem de ficar escondido no programa de protecção de testemunhas. Nessa corrida viverá momentos de grande desgaste psicológico em que todas as escolhas feitas parecem as erradas e uma solução parece impossível. O inimigo está sempre um passo à frente e tão depressa é o caçador como a presa.
O argumento é muito vulgar, sem nenhuma surpresa significativa e onde tudo o que poderia fazer alguma diferença é resolvido de forma rápida sem dar tempo ao espectador para saborear. Agradeço não terem repetido as velhas justificações da polícia para tirar as drogas da rua. A duração é claramente excessiva para o que quer contar e as interpretações são medianas. Phoenix parece drogado metade das vezes (mesmo quando a personagem não está). Whalberg e Duvall estão menos mal, mas também sozinhos não salvam o filme. Eva Mendes é quase uma simples mulher troféu e se não fosse pelo desempenho provocante no início do filme pouco interessava para a história. A haver uma moral é que o combate à droga não justifica os riscos. Penso que não era essa a mensagem pretendida.
Título Original: "We Own the Night" (EUA, 2007) Realização: James Gray Argumento: James Gray Intérpretes: Joaquin Phoenix, Mark Whalberg, Robert Duvall, Eva Mendes Fotografia: Joaquín Baca-Asay Música: Wojciech Kilar Género: Crime, Drama,Thriller Duração: 117 min. Sítio Oficial: http://www.sonypictures.com/movies/weownthenight/ |
3 comentários:
Sou obrigado a discordar. "We Own the Night" é um dos bons filmes de 2008, mas melhor que o filme é a interpretação de Joaquin Phoenix. Mais um grande desempenho para um dos grandes actores da actualidade!
Vi o filme. Fraquinho... A partir da primeira hora é de facto uma estopadita...
Felizmente as opiniões são diferentes. Duas opiniões contrárias em minutos seguidos provam que o filme teve diversas interpretações.
Obrigado a ambos pela visita e pelo comentário.
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