O exemplo mais recente do uso abusivo de ideias estrangeiras pelos estúdios americanos é "The Eye". O filme foi decalcado de "Gin Gwai", uma das primeiras obras dos irmãos Pang ("Infernal Affairs"). Ao contrário do que se passou com "Bangkok Dangerous" onde os irmãos realizaram tanto o original como a versão ocidental do filme, cuja estreia está marcada para depois do Verão, aqui o argumento e a realização foram entregues a nomes emergentes do terror. O argumento foi reescrito por Sebastian Gutierrez, conhecido pelos filmes "Gothika" e "Snakes on a Plane", e a realização foi da dupla David Moreau/Xavier Palud que já nos trouxe "Ils". Para completar o pacote falta colocar uma actriz famosa, cenários claustrofóbicos, músicas sugestivas e criaturas sobrenaturais.
Sydney perdeu a visão aos cinco anos numa brincadeira e a consequente melhoria da audição ajudou-a a tornar-se uma talentosa violinista. Com a sua simpatia faz sempre muitos amigos e a irmã carinhosa está por perto sempre que é preciso. Para a vida ser perfeita só lhe falta poder voltar a ver aquilo que sempre sentiu. Coisas simples do nosso mundo a que os visuais raramente dão valor como o sol e a chuva. Após um transplante recupera esse quinto sentido e ganha um sexto que a faz ver coisas. Nos tempos da deficiência estava integrada na sociedade, agora arrisca-se a ser tomada por louca.
O filme está claramente dividido nos três actos tradicionais. No primeiro conhecemos Sydney, o seu meio e o seu quotidiano até à operação. No segundo começam as visões, os conflitos internos e o medo. No terceiro Sydney irá compreender e enfrentar os seus medos. O primeiro acto está regular. Alba espalha um pouco do seu encanto e relembra ao público as dificuldades sentidas pelos invisuais. No segundo, o mais exigente e fantástico, o filme desilude. Repete mal o que já tantos filmes fizeram melhor. Exceptuando os corredores curvos e infindáveis pouco há de agradável para os espectadores habituais do fantástico. O terceiro acto tem um grande clímax mas é encerrado por um previsível final.
Neste caso não há uma grande lista de pontos fortes ou fracos. Os pequenos detalhes de técnicas utilizadas pelos cegos para sentirem o mundo à sua volta dão um ar realista ao filme. Excepto na transformação das paredes os efeitos visuais são convincentes. O mesmo não pode ser dito de Nivola, o actor tem aqui um dos seus piores papeis. Quem procura emoções fortes e quer sentir arrepios na espinha como no cinema de terror japonês, terá de procurar outro filme. "The Eye" só é um thriller dramático com algumas imagens perturbadoras.
Sydney perdeu a visão aos cinco anos numa brincadeira e a consequente melhoria da audição ajudou-a a tornar-se uma talentosa violinista. Com a sua simpatia faz sempre muitos amigos e a irmã carinhosa está por perto sempre que é preciso. Para a vida ser perfeita só lhe falta poder voltar a ver aquilo que sempre sentiu. Coisas simples do nosso mundo a que os visuais raramente dão valor como o sol e a chuva. Após um transplante recupera esse quinto sentido e ganha um sexto que a faz ver coisas. Nos tempos da deficiência estava integrada na sociedade, agora arrisca-se a ser tomada por louca.
O filme está claramente dividido nos três actos tradicionais. No primeiro conhecemos Sydney, o seu meio e o seu quotidiano até à operação. No segundo começam as visões, os conflitos internos e o medo. No terceiro Sydney irá compreender e enfrentar os seus medos. O primeiro acto está regular. Alba espalha um pouco do seu encanto e relembra ao público as dificuldades sentidas pelos invisuais. No segundo, o mais exigente e fantástico, o filme desilude. Repete mal o que já tantos filmes fizeram melhor. Exceptuando os corredores curvos e infindáveis pouco há de agradável para os espectadores habituais do fantástico. O terceiro acto tem um grande clímax mas é encerrado por um previsível final.
Neste caso não há uma grande lista de pontos fortes ou fracos. Os pequenos detalhes de técnicas utilizadas pelos cegos para sentirem o mundo à sua volta dão um ar realista ao filme. Excepto na transformação das paredes os efeitos visuais são convincentes. O mesmo não pode ser dito de Nivola, o actor tem aqui um dos seus piores papeis. Quem procura emoções fortes e quer sentir arrepios na espinha como no cinema de terror japonês, terá de procurar outro filme. "The Eye" só é um thriller dramático com algumas imagens perturbadoras.
Título Original: "The Eye" (EUA, 2008) Realização: Davi Moreau, Xavier Palud Argumento: Sebastian Gutierrez baseado no argumento de Jo Jo Yuet-chun Hui e dos irmãos Pang Intérpretes: Jessica Alba, Alessandro Nivola, Parker Posey, Rade Serbedzija, Fernanda Romero Fotografia: Jeff Jur Música: Marco Beltrami Género: Drama, Horror, Thriller Duração: 98 min. Sítio Oficial: http://www.theeyethefilm.com/ |
2 comentários:
A versão original é excelente. Tem uma cena brilhante, num elevador, que é de uma tensão impressionante.
Infelizmente já estamos acostumados a que o original seja o melhor, mas ainda há quem não perceba isso...
Obrigado pela visita.
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