As viagens no tempo exercem um profundo efeito sobre os fãs da ficção-científica. De todos os temas que a ficção foi propondo e a ciência conquistando, as viagens no tempo continuam a ser o mais difícil e polémico. Desde o simples facto de talvez não serem possíveis, até ao custo em realizá-las e à dificuldade em não interferir com o passado causando paradoxos. Um livro que toque no tema com tão pouco respeito como sugerindo que pode ser algo genético e tão inevitável como um espirro ou bocejo não é para eles. Mas é para os amantes de romances simples onde as emoções são mais importantes que a lógica e os paradoxos podem ser desrespeitados. Na adaptação cinematográfica acontece exactamente o mesmo.
Henry foi geneticamente amaldiçoado com um pequeno problema. Por vezes desaparece para outra época e local. Se isso da primeira vez lhe salvou a vida, nas décadas seguinte só a vai complicar. Parece que um homem nu não é bem recebido em lado nenhum. Quem tiver problemas com paradoxos vai ter de os ignorar no próximo parágrafo.
Uma das suas viagens predilectas é à infância de Clare, sua futura mulher. Lá/então conta-lhe detalhes da sua vida, sem nunca referir que são casados. Quando uma Clare mais velha encontra Henry na linha temporal (HENRY disse-lhe quando se conheceriam) já está apaixonada por ele, sem que ele saiba quem ela é. Depois de anos a evitar uma relação devido à sua condição, rende-se aos encantos de uma mulher que o conhece melhor do que ele próprio. O que o Henry do futuro disse a Clare no passado vai ser dito pela Clare presente ao Henry presente, fazendo com que eles moldem a sua vida pelo que ela será (onde jantam, que médico consultar). Uma relação que já não era fácil só vai piorar quando tiverem um prenúncio da morte de Henry e quando perceberem que Clare não pode engravidar porque o feto também viaja no tempo, mas sem condições de sobreviver no destino. Estão juntos porque o destino o quis ou porque se destinaram a isso?
Notou-se um esforço da produção em fazer um bom filme. O argumento foi adaptado pelo autor de "Ghost", filme clássico sobre um casal que vive em mundos diferentes e a realização foi entregue ao homem que nos trouxe "Flightplan", sobre uma mulher que tem de lidar com a própria perda e a desconfiança dos demais. A actriz principal protagonizou "The Notebook", um dos romances mais aclamados da actualidade. Já Erin Bana tem como experiência mais próxima deste filme... "Hulk" onde também perdia o controlo sobre si mesmo.
Tirando aquele pequeno detalhe temporal as vidas deles são completamente normais e monótonas. O factor das constantes viagens e cruzamentos do casal em diferentes fases da vida proporciona algum drama à história o que mantém o interesse. Nota-se um subaproveitamento dos actores - em especial de McAdams - que melhor utilizados dariam um maior lado humano à narrativa. Assim fica-se pela novela. Interessante e visionável com gosto mais de uma vez, mas nada de extraordinário ou memorável.
Henry foi geneticamente amaldiçoado com um pequeno problema. Por vezes desaparece para outra época e local. Se isso da primeira vez lhe salvou a vida, nas décadas seguinte só a vai complicar. Parece que um homem nu não é bem recebido em lado nenhum. Quem tiver problemas com paradoxos vai ter de os ignorar no próximo parágrafo.
Uma das suas viagens predilectas é à infância de Clare, sua futura mulher. Lá/então conta-lhe detalhes da sua vida, sem nunca referir que são casados. Quando uma Clare mais velha encontra Henry na linha temporal (HENRY disse-lhe quando se conheceriam) já está apaixonada por ele, sem que ele saiba quem ela é. Depois de anos a evitar uma relação devido à sua condição, rende-se aos encantos de uma mulher que o conhece melhor do que ele próprio. O que o Henry do futuro disse a Clare no passado vai ser dito pela Clare presente ao Henry presente, fazendo com que eles moldem a sua vida pelo que ela será (onde jantam, que médico consultar). Uma relação que já não era fácil só vai piorar quando tiverem um prenúncio da morte de Henry e quando perceberem que Clare não pode engravidar porque o feto também viaja no tempo, mas sem condições de sobreviver no destino. Estão juntos porque o destino o quis ou porque se destinaram a isso?
Notou-se um esforço da produção em fazer um bom filme. O argumento foi adaptado pelo autor de "Ghost", filme clássico sobre um casal que vive em mundos diferentes e a realização foi entregue ao homem que nos trouxe "Flightplan", sobre uma mulher que tem de lidar com a própria perda e a desconfiança dos demais. A actriz principal protagonizou "The Notebook", um dos romances mais aclamados da actualidade. Já Erin Bana tem como experiência mais próxima deste filme... "Hulk" onde também perdia o controlo sobre si mesmo.
Tirando aquele pequeno detalhe temporal as vidas deles são completamente normais e monótonas. O factor das constantes viagens e cruzamentos do casal em diferentes fases da vida proporciona algum drama à história o que mantém o interesse. Nota-se um subaproveitamento dos actores - em especial de McAdams - que melhor utilizados dariam um maior lado humano à narrativa. Assim fica-se pela novela. Interessante e visionável com gosto mais de uma vez, mas nada de extraordinário ou memorável.
Título Original: "The Time Traveler's Wife" (EUA, 2009) Realização: Robert Schwentke Argumento: Bruce Joel Rubin (baseado no livro de Audrey Niffenegger) Intérpretes: Eric Bana, Rachel McAdams, Hailey McCann Fotografia: Florian Ballhaus Música: Mychael Danna Género: Drama, Fantasia, Romance Duração: 107 min. Sítio Oficial: http://www.thetimetravelerswifemovie.com/ |
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