Quatro anos depois de estar pronto, "Impy’s Island" estreou em Portugal. Este claro aproveitamento de um momento de calma nos lançamentos em finais de Abril – é natural ter medo dos primeiros blockbusters – e numa época em que não havia muito filmes para crianças (dois estreados em Fevereiro, um em Março) rendeu ao filme mais de 20000 espectadores. Considerando que os antecessores se mantiveram sempre na frente na corrida das bilheteiras e levaram às salas 130, 280 e 340 mil pessoas cada, digamos que este filme não deu prejuízo.
A história original tem quarenta anos e vem da Alemanha. Um rei entediado e sem coroa decide caçar o animal mais raro do mundo, mesmo sem saber qual é. Com a curiosidade aguçada por uma carta recebida pelo director do zoológico sobre o aparecimento de um animal teoricamente extinto, decide partir atrás dele. Na ilha do professor Tibatong, exilado há muitos anos por acreditar na existência de um também extraordinário peixe invisível, todos os animais falam, mas o que realmente o surpreende é o último dos Impys. Esse animal é o elo perdido entre os dinossauros e os porcos, além dos outros mamíferos, mas o rei, indiferente ao valor científico de tal descoberta, só pretende levar o Impy para pendurar a cabeça na sua parede. Cabe aos animais falantes da ilha – um pinguim, um lagarto, um leão-marinho, uma porca e uma espécie de cegonha – resgatar o pequeno dinossauro.
Esta ilha do Dr. Moreau infantil foi feita para delírio da pequenada. Infelizmente foi mesmo só para eles. A animação parece vinda de um software educativo, não é digna do grande ecrã, e a história é puro entretenimento de crianças. No início tem um mosquito com um certo efeito Scraty (o esquilo do Ice Age), mas promete mais do que cumpre. Desenrola-se de forma muito previsível, as personagens humanas são tão insossas que não se consegue digerir, mesmo os animais que teoricamente atraírem mais facilmente o afecto do público são meros volumes a ocupar espaço. Um ou outro momento com graça não compensa a hora de tortura em que nada acontece.
Muito eficaz dos quatro aos seis anos (tenho testemunhos), uma tortura cada vez maior a partir daí. Não é desta forma que a animação europeia se consegue impor a nível mundial.
A história original tem quarenta anos e vem da Alemanha. Um rei entediado e sem coroa decide caçar o animal mais raro do mundo, mesmo sem saber qual é. Com a curiosidade aguçada por uma carta recebida pelo director do zoológico sobre o aparecimento de um animal teoricamente extinto, decide partir atrás dele. Na ilha do professor Tibatong, exilado há muitos anos por acreditar na existência de um também extraordinário peixe invisível, todos os animais falam, mas o que realmente o surpreende é o último dos Impys. Esse animal é o elo perdido entre os dinossauros e os porcos, além dos outros mamíferos, mas o rei, indiferente ao valor científico de tal descoberta, só pretende levar o Impy para pendurar a cabeça na sua parede. Cabe aos animais falantes da ilha – um pinguim, um lagarto, um leão-marinho, uma porca e uma espécie de cegonha – resgatar o pequeno dinossauro.
Esta ilha do Dr. Moreau infantil foi feita para delírio da pequenada. Infelizmente foi mesmo só para eles. A animação parece vinda de um software educativo, não é digna do grande ecrã, e a história é puro entretenimento de crianças. No início tem um mosquito com um certo efeito Scraty (o esquilo do Ice Age), mas promete mais do que cumpre. Desenrola-se de forma muito previsível, as personagens humanas são tão insossas que não se consegue digerir, mesmo os animais que teoricamente atraírem mais facilmente o afecto do público são meros volumes a ocupar espaço. Um ou outro momento com graça não compensa a hora de tortura em que nada acontece.
Muito eficaz dos quatro aos seis anos (tenho testemunhos), uma tortura cada vez maior a partir daí. Não é desta forma que a animação europeia se consegue impor a nível mundial.
Título Original: "Urmel aus dem Eis" (Alemanha, 2006) Realização: Reinhard Klooss e Holger Tappe Argumento: Oliver Huzly, Reinhard Klooss, Sven Severin (baseados no livro de Max Kruse) Intérpretes (vozes): Wigald Boning, Anke Engelke, Florian Halm, Christoph Maria Herbst, Kevin Iannotta, Stefan Krause, Domenic Redl, Wolfgang Völz, Klaus Sonnenschein Música: James Dooley Género: Animação Duração: 87 min. Sítio Oficial: http://www.imdb.com/title/tt0480082/ |
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