28 de fevereiro de 2013

Cinemateca aposta no cinema soviético

Em simultâneo com a retrospectiva de Hitchcock, a Cinemateca tem uma interessante compilação de cinema soviético.

As quinze sessões de cinema soviético programadas em Março, de 1 a 15, propõem a revisitação a obras e autores fundamentais dessa cinematografia, produzidas entre 1937 e 1983, e realizadas por Aleksei German, Grigori Kozintsev, Leonid Trauberg, Mark Donskoi, Vera Stroyeva, Leonid Bykov, Rolan Bykov, Eldar Shengelaya, Elem Klimov, Nikita Mikhalkov e Andrei Konchalovski.

"Pyat Vetcherov / Cinco Noites", "Rodnya / A Parente" e "Bez Svidetelei / Sem Testemunhas" de Mikhalkov, "Aty-Baty Shli Soldaty… / Os Soldados foram à Guerra" de Leonid Bykov, "Siberiada" de Konchalovski, "Golubeye Gore ili Niepravdopodobnaia / As Montanhas Azuis ou Uma História Inacreditável" de Shengelaya e "Tchutchelo / O Espantalho" de Stroyeva são exibidos pela primeira vez na Cinemateca nesta ocasião. Os restantes títulos têm sido igualmente pouco mostrados, à excepção de "Peça Incompleta para Piano Mecânico", o filme de Mikhalkov que adapta Platonov de Tchekov, "Idi I Smotri / Vem e Vê" de Klimov e do não menos célebre "Vinte Dias sem Guerra" de Alexei German, cuja projecção, às 21h30 de 13 de Março, será dedicada à memória do seu autor.

Todos estes títulos integram a coleção da Cinemateca por actos recentes de depósito da Associação Portuguesa de Amizade Portugal Rússia Iúri Gagárin e da Embaixada da Federação Russa em Portugal. Os primeiros filmes do Ciclo, "Vozvrachechenie Macsima / O Regresso de Máximo" de Kozintsev e Trauberg e "V Liudiakh / Ganhando o Meu Pão" de Donskoi, são exibidos a 1 de Março, respetivamente às 19h30 e às 22h. O monumental "Siberiada" de Konchalovski é projetado no dia 12.

Para mais informação, Cinemateca.

27 de fevereiro de 2013

Balas e Bolinhos nos Coliseus


Depois do grande sucesso em cinema, com mais 255 mil espectadores tornando-se no filme português mais visto do ano, "Balas & Bolinhos" prepara o seu regresso mas, desta vez, com um espectáculo ao vivo.

Título: "Balas & Bolinhos - mesmo à frente do teu focinho!"
15 e 16 de Março - Coliseu do Porto
30 de Março - Coliseu de Lisboa

O espectáculo contará com a recriação, ao vivo, das cenas mais hilariantes dos últimos filmes e outras cenas totalmente inéditas e divertidas. À mistura, muita música, convidados especiais e o melhor da presença em palco destes quatro actores que se tornaram os heróis do cinema de milhares de portugueses.

"Balas & Bolinhos - mesmo à frente do teu focinho!" será a última oportunidade dos fãs verem a quadrilha em acção. A verdadeira despedida, ao vivo, para todos os milhares de fãs que tornaram este projecto um fenómeno de culto do cinema português.


Os bilhetes estão à venda e podem ler todas as informações por aqui.

Produção internacional a ser rodada no Estoril

O projecto cinematográfico luso, americano e húngaro "Indomitable Will – The Movie", será apresentado à comunicação social na presença da equipa de produção e dos scriptwriters norte-americanos Allan Loeb ("The Switch", "Wall Street: Money Never Sleeps", "Rock of Ages") e Gregory Pritikin ("Dummy", "Totally Confused", "Surviving Eden"), na próxima quarta-feira, dia 6 de Março, no Hotel Tivoli, em Lisboa.

Nicolau Breyner, László Hubay Cebrian, promotor do projecto e filho de Edle Hubay Cebrian, testemunha viva da história, Luís Aranha, accionista da Célebre Memórias Lda. e os produtores Darin Dusan e Mitchell Peck, são algumas das personalidades que marcarão presença neste encontro que une Portugal, EUA e Hungria.

Com um orçamento de 15,5 milhões de dólares, narra a vida de um casal húngaro. Edle Hubay Cebrian, jornalista muito dedicada ao cinema, e Andor Hubay Cebrian, aristocrata e artista multi-facetado, cuja vida a Segunda Guerra Mundial alterou. Exilados na Noruega e mais tarde em Portugal, Edle escreveu as suas memórias com o título "Indomitable Will", dizendo aquilo de bom que aprendeu com as dificuldades: a vida é para se viver ao máximo.

26 de fevereiro de 2013

Retrospectiva Kim Longinotto em Porto e Lisboa

A Zero em Comportamento em parceria com a programa ARTES da Fundação Manuel António da Mota apresenta um ciclo de cinema documental dedicado a uma das mais proeminentes documentaristas em actividade, Kim Longinotto.

Esta será a primeira retrospectiva dedicada a Kim Longinotto no nosso país, uma realizadora que importa descobrir urgentemente, sendo reconhecida internacionalmente pelos seus pungentes retratos e pelo seu sensível e apaixonante tratamento de tópicos difíceis, cujos filmes foram premiados um pouco por todo o mundo.

O programa terá lugar nos dias 28, 29 e 30 de Março no Cinema Passos Manuel no Porto e de 4 a 7 de Abril no Cinema City Classic Alvalade em Lisboa. Contará com a presença da realizadora nas sessões do Porto.

A programação terá um foco muito particular em temas tão diversos como o divórcio no Irão, a mutilação genital feminina no Quénia, a violência sobre mulheres e crianças nos Camarões, na África do Sul ou na Índia, a educação de crianças emocionalmente perturbadas em Inglaterra ou mesmo questões de género, identidade sexual e contradições culturais no Japão.

Com este ciclo pretendemos apresentar os melhores filmes desta realizadora bem como prestar solidariedade às mulheres de todo o mundo que continuam a lutar pela sobrevivência e pela independência e que aspiram pelo fim da discriminação e pelo direito à sua dignidade.

Independentemente da abordagem que se fizer a esta retrospectiva, o que verdadeiramente está em causa nos temas que aborda, é a negação de direitos das mulheres e das crianças, a impossibilidade de escolherem e de traçarem um rumo, a incapacidade de afirmação face ao poder, captada pela câmara de uma documentarista incontornável, Kim Longinotto.
Este programa será acompanhado de um conjunto de debates nos quais serão abordadas as temáticas retratadas nos filmes.

Esta retrospectiva estará depois em circulação pelo país através da rede de cineclubes, estando já assegurada a sua exibição no Cineclube de Joane, Cineclube de Viseu, 9500 Cineclube de Ponta Delgada e Zoom Cibeclube de Barcelos.

Organização: Zero em Comportamento - Associação Cultural
Parceria: ARTES – Fundação Manuel António da Mota
Apoio à divulgação: Amnistia Internacional

Mais informação aqui.

Madeira Film Festival adianta informação

12 Realizadores internacionais e nacionais confirmam a sua presença no MADEIRA FILM FESTIVAL 2013
O Madeira Film Festival irá realizar na próxima quinta-feira dia 28 de Fevereiro em Lisboa, pelas 19:00 no Hotel Fontana Park, uma conferência de imprensa de apresentação dos filmes para 2013, seguida de um cocktail de vinho Madeira e exibição da curta-metragem "The Tree of Pan", produzida na região da Santana Biosfera na ilha da Madeira.

No total serão exibidos 49 filmes originários de 16 países, todos eles de alguma forma relacionados com a natureza. Recordamos que este é um festival de cinema independente que presta homenagem à floresta Laurissilva da Madeira, património mundial reconhecido pela Unesco.

O festival, que irá acontecer entre 15 e 21 Abril do corrente ano, conta com a colaboração de 3 distribuidoras portuguesas: a Alambique; Lanterna de Pedra e o Som e a Fúria, que facultam 3 importantes filmes respectivamente: "The Hunter", cujo realizador irá estar presente para participar numa sessão de Q &A); "Beasts of the Southern Wild" e "Tabu".
Outros filmes que enriquecem o festival deste ano são: "The Fifth Season", "Kauwboy" e "The Life and Times of Paul the Psychic Octopus", cujos realizadores e produtores também já confirmaram a sua presença em Abril deste ano na Madeira.

Este ano o festival envolve dois locais e Major Partners: O Hotel Reid´s Palace, onde irão decorrer os workshops, cocktails e jantar de gala e o Teatro Municipal Baltazar Dias que irá exibir os filmes e servirá de palco às “Palestras das Cinco”, todos os dias de quarta a Domingo.

Este é um festival que também envolve uma componente musical, com dois concertos. Maria de Medeiros ao vivo no Teatro Municipal Baltazar Dias, no dia 19 de Abril e o concerto da artista boémia Kirsty Almeida no Hotel Reid´s Palace, antes do Jantar de Gala que terá lugar no dia 20 de Abril.

Prémios SPA Cinema e Televisão 2013

A Sociedade Portuguesa de Autores anunciou os seus vencedores. Com os prémios completamente divididos, "Tabu" saiu com o galardão de Melhor Filme.

Cinema


Melhor Filme
Tabu, de Miguel Gomes

Melhor Argumento
Carlos Saboga por Linhas de Wellington

Melhor Actriz
Rita Durão em A Vingança de uma Mulher

Melhor Actor
Carlos Santos em Operação Outono


Televisão


Melhor Programa de Informação
Momentos de Mudança (SIC)

Melhor Programa de Ficção
Perdidamente Florbela (RTP1)

Melhor Programa de Entretenimento
Super Diva - Ópera para Todos (RTP 2)

25 de fevereiro de 2013

Setenta anos de "Aniki Bobó" no Fantas

Celebrando os 70 anos da estreia do filme ANIKI BÓBÓ de Manoel de Oliveira, este será projectado no DIA 6 de MARÇO pelas 19.15h no Grande Auditório no Rivoli, na presença do decano Mundial dos realizadores, o qual deu o seu nome, já há 23 anos ao Grande Prémio da Semana dos Realizadores do Fantasporto.

Decano dos realizadores mundiais em plena actividade criativa, Manoel de Oliveira é, para enorme honra do Fantasporto, o patrono da Semana dos Realizadores.
Nada melhor para comemorar a arte do cinema, do que homenagear Manoel de Oliveira nos seus 104 anos com a exibição em grande ecrã dessa obra emblemática do cinema português que é “Aniki Bobo”, nos 70 anos da sua estreia.
Filme lendário no que representou para a cidade do Porto, “Aniki Bobo” é uma recriação do neo-realismo à sociedade portuguesa, um exemplo de uma época em que o cinema português era feliz e conquistava os favores do público.
Será difícil encontrar um português que não tenha visto esta obra e que não entoe a rima que serve de “leitmotiv” da história.
Filme do Porto com pronúncia à moda do Porto, atravessou gerações, décadas, mantendo um encanto numa visão repetida, a que poucos filmes resistem.
Na sua irradiante autenticidade, com os seus actores não profissionais, “Aniki Bobó” é o cinema no seu esplendor absoluto. Poético, dramático, divertido e com uma profunda humanidade nos valores que propõe, revisitar “Aniki Bobó” é uma experiência única.

And the Oscars went to....

Numa das edições mais equilibradas (tem vindo a tornar-se frequente) é possível dizer que o grande vencedor foi "Life of Pi" com quatro estatuetas incluindo Melhor Realizador para Ang Lee, mas "Argo" com Filme e Argumento não se pode queixar. Django e Skyfall também tiveram dois, mas Les Miseráveis tiveram três.
Basicamente ficaram todos insatisfeitos.

Melhor Filme

Argo

Melhor Realizador

Ang Lee por Life of Pi

Melhor Actor

Daniel Day-Lewis por Lincoln

Melhor Actriz

Jennifer Lawrence por Silver Linings Playbook

Melhor Actor Secundário

Christoph Waltz por Django Unchained

Melhor Actriz Secundária

Anne Hathaway por Les Misérables

Melhor Argumento Original

Django Unchained

Melhor Argumento Adaptado

Argo

Melhor Filme de Animação

Brave

Melhor Filme Estrangeiro

Amour (Áustria)

Melhor Documentário

Searching for a Sugar Man

Melhor Design de Produção

Lincoln

Melhor Fotografia

Life of Pi

Melhor Guarda-Roupa

Anna Karenina

Melhor Montagem

Argo

Melhor Maquilhagem e Cabelo

Les Misérables

Melhor Banda Sonora Original

Life of Pi

Melhor Canção Original

Skyfall, de Skyfall

Melhor Edição de Som

Zero Dark Thirty e Skyfall"

Melhor Mistura de Som

Les Misérables

Melhores Efeitos Visuais

Life of Pi

Melhor Curta de Animação

Paperman

Melhor Curta Imagem Real

Curfew

Melhor Curta Documental

Inocente

24 de fevereiro de 2013

Cerimónia dos Prémios CinEuphoria 2013 dia 9 de Março

Na sequência do sucesso obtido com a gala do ano passado, a CinEuphoria e o Portugal Fantástico voltam a unir-se este ano para a organização da gala de entrega de prémios de cinema CinEuphoria 2013 que se realizará no próximo dia 09 de Março no Auditório Carlos Paredes em Benfica, e que distinguirá vários trabalhos e artistas nacionais distribuídos por mais de vinte categorias. Em simultâneo teremos o prazer de poder assistir a alguns dos trabalhos premiados bem como sequências de entretenimento para que a noite do dia 09 seja uma noite muito bem passada.

De dezenas de nomeados nas várias categorias, entre elas Filme, Actor, Actriz, Realizador, Argumento, Fotografia, etc, iremos proceder durante a noite à entrega de um prémio simbólico aos vencedores das mesmas.
Salienta-se no entanto os grandes vencedores deste ano:
– a longa-metragem “Florbela” de Vicente Alves do Ó, que arrecadou sete dos prémios atribuídos, entre eles Filme, Actor (Ivo Canelas), Actriz (Dalila Carmo) e Realizador
- a curta-metragem “Aqui Jaz a Minha Casa” de Rui Pilão, que arrecadou seis dos prémios atribuídos, entre eles Melhor curta-metragem, Actor em curta-metragem (Leandro Vale), Realizador, Caracterização

Durante a noite, e em simultâneo com a entrega dos prémios, vamos poder assistir a alguns dos trabalhos vencedores.


Mais informações no CinEuphoria e no Portugal Fantástico

Um Oscar fora do comum

Se vieram à procura dos prémios oficiais ainda não os encontram aqui. Mas podem ver um alternativo.


Se este artigo não foi ordinário que chegue, aqui vai um video de homenagem a um estilo de papel que é sempre muito apreciado, mas não tem o reconhecimento devido. Por acaso, estão aqui quase metade das minhas actrizes preferidas.

Vencedores dos Goya 2013

A acompanhar os prémios franceses, recordemos os espanhois onde "Blancanieves" (quase a estrear) e "Lo Imposible" conquistaram uma boa maioria.

Melhor Filme

Blancanieves

Melhor Realizador

Juan Antonio Bayona por Lo imposible

Melhor Novo Realizador

Enrique Gato por Las aventuras de Tadeo Jones

Melhor Argumento Original

Pablo Berger por Blancanieves

Melhor Argumento Adaptado

Gorka Magallón, Ignacio del Moral, Javier Barreira, Jordi Gasull, Neil Landau por Las aventuras de Tadeo Jones

Melhor Música Original

Alfonso de Vilallonga por Blancanieves

Melhor Canção Original

Juan Gómez “Chicuelo”, Pablo Berger por “No te puedo encontrar” em Blancanieves

Melhor Actor Principal

José Sacristán por El muerto y ser feliz

Melhor Actriz Principal

Maribel Verdú por Blancanieves

Melhor Actor Secundário

Julián Villagrán por Grupo 7

Melhor Actriz Secundária

Candela Peña por Una pistola en cada mano

Melhor Actor Revelação

Joaquín Núñez por Grupo 7

Melhor Actriz Revelação

Macarena García por Blancanieves

Melhor Direcção de Produção

Sandra Hermida Muñiz por Lo imposible

Melhor Fotografia

Kiko de la Rica por Blancanieves

Melhor Edição

Bernat Vilaplana, Elena Ruiz por Lo imposible

Melhor Direcção Artística

Alain Bainée por Blancanieves

Melhor Guarda-Roupa

Paco Delgado por Blancanieves

Melhor Caracterização

Sylvie Imbert, Fermín Galán por Blancanieves

Melhor Som

Peter Glossop, Marc Orts, Oriol Tarragó por Lo imposible

Melhores Efeitos Especiais

Pau Costa, Félix Bergés por Lo imposible

Melhor Filme de Animação

Ghislain Barrois, Edmon Roch, Nicolás Matji, Jordi Gasull por Las aventuras de Tadeo Jones

Melhor Documentário

Javier Bardem, Álvaro Longoria, Lilly Hartley por Hijos de las nubes, la última colonia

Melhor Filme Ibero-Americano

Alejandro Brugués por Juan de los muertos (Cuba)

Melhor Filme Europeu

Eric Toledano, Olivier Nakache por Intocable (França)

Melhor Curta Documental

Sergio Oksman por A story for the Modlins (Una historia para los Modlin)

Melhor Curta de Ficção

Esteban Crespo García por Aquel no era yo

Melhor Curta de Animação

Jaime Maestro por El vendedor de humo

23 de fevereiro de 2013

Vencedores dos Cesar 2013

Os Oscars aproximam-se e não parece difícil prever os vencedores. "Amour" voltou a convencer, desta vez em solo francês e é ainda o meu favorito.

Melhor Filme

Amour

Melhor Realizador

Michael Haneke por Amour

Melhor Argumento Original

Amour

Melhor Argumento Adaptado

De Rouille et d'Os

Melhor Actor

Jean-Louis Trintignant por Amour

Melhor Actriz

Emmanuelle Riva por Amour

Melhor Actor Secundário

Guillaume de Tonquédec por Le Prénom

Melhor Actriz Secundária

Valérie Benguigui por Le Prénom

Melhor Revelação Masculina

Matthias Schoenaerts por De Rouille et d'Os

Melhor Revelação Feminina

Izia Higelin por Mauvaise Fille

Melhor Primeiro Filme

Cyril Mennegun por Louise Wimmer

Melhor Filme Estrangeiro

Argo

Melhor Documentário

Les Invisibles

Melhor Filme de Animação

Ernest et Célestine

Melhor Montagem

De Rouille et d'Os

Melhor Banda Sonora Original

Alexandre Desplat por De Rouille et d'Os

Melhor Som

Cloclo

Melhor Fotografia

Les Adieux à la Reine

Melhor Cenografia

Les Adieux à la Reine

Melhor Guarda-Roupa

Les Adieux à la Reine

Melhor Curta-metragem

Le Cri du Homard

Prémio Carreira

Kevin Costner

22 de fevereiro de 2013

Colóquio na Cinemateca sobre iniciação ao Cinema

COLÓQUIO A INICIAÇÃO AO CINEMA: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES


PARTE I – OS FILMES DA MINHA INFÂNCIA

PARTE II – BALANÇO, REFLEXÃO, PERSPECTIVAS

Sábado, 23 de Fevereiro, 14h30-16h30 e 17h-19h30, Sala Dr. Félix Ribeiro

Participantes: Nathalie Bourgeois, Alain Bergala, Manuel Mozos, Salomé Lamas e representantes da associação Os Filhos de Lumière. Moderação pela Directora da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, Dra. Maria João Seixas.

Digna-se a estar presente Sua Excelência o Secretário de Estado da Cultura, Dr. Jorge Barreto Xavier.

Colóquio organizado em duas partes em que a primeira – OS FILMES DA MINHA INFÂNCIA – prevê o testemunho de personalidades de várias áreas e de diferentes gerações para quem o encontro com o cinema foi uma descoberta fundamental na infância ou adolescência, pretendendo discutir tal “descoberta” como elemento fundamental para pensar a iniciação ao cinema e a sua transmissão. Entre os intervenientes, estarão Nathalie Bourgeois e Alain Bergala, cineastas com experiências muito distintas como Manuel Mozos ou a jovem realizadora Salomé Lamas, membros da associação Filhos de Lumière, como o cineasta Pierre-Marie Goulet, e representantes da Cinemateca. A recolha de testemunhos realizada por Nathalie Bourgeois e Alain Bergala, publicada em França com o título Cet enfant de cinema que nous avons été (ed. 1993) terá um papel importante na discussão.

A segunda parte do colóquio – BALANÇO, REFLEXÃO, PERSPECTIVAS –, é preenchida por um balanço que procurará refletir sobre o estado atual das coisas, sublinhar a importância da iniciação ao cinema, e lançar novas perspectivas para uma intervenção eficaz na área, entendida como campo essencial da educação artística. Alain Bergala fará um balanço dos resultados do programa de introdução do cinema no ensino básico, que desenvolveu para o governo francês no ano de 2000 enquanto parte integrante da educação artística. A realidade portuguesa da “iniciação ao cinema” será abordada por representantes da Cinemateca e por membros da associação cultural Os Filhos de Lumière, bem como por vários outros intervenientes ligados à área, num debate que se pretende aberto à discussão.

21 de fevereiro de 2013

20 de fevereiro de 2013

Melhores Filmes de Janeiro


No início do ano, em que as distribuidoras aproveitam para promover os filmes mais premiados da temporada, não é de estranhar que o top seja também ele liderado por candidatos ao Óscar. Django Libertado, o mais recente filme de Quentin Tarantino, lidera com uma média de 8 em 10, sem porém se livrar de ser também um dos filmes mais controversos do mês (obteve quatro pontos de diferença entre a nota máxima e a nota mínima). Em segundo lugar, David O. Russell e o seu Guia Para Um Final Feliz receberam a nota média de 7,82; enquanto que 00:30 A Hora Negra, de Kathryn Bigelow, finaliza o pódio com nota de 7,70.

Como nota apenas, a presença de outros dois nomeados ao Óscar 2013 de Melhor Filme, em lugares mais baixos do top: caso de Lincoln, na nona posição (nota média de 6,89) e Os Miseráveis, na décima (média de 6,40).
1

Django Unchained

Django Libertado
Quentin Tarantino8
2

Silver Linings Playbook

Guia Para Um Final Feliz
David O. Russell7,82
3

Zero Dark Thirty

00:30 A Hora Negra
Kathryn Bigelow7,7
4

Barbara

Christian Petzold7,2
5

Flight

Decisão de Risco
Robert Zemeckis7,13
5

The Sessions

Seis Sessões
Ben Lewin7,13
7

Mientras Duermes

Enquanto Dormes
Jaume Balagueró7
7

Lo Imposible

O Impossível
Juan Antonio Bayona7
9

Lincoln

Steven Spielberg6,89
10

Les Miserábles

Os Miseráveis
Tom Hooper6,4
11

The Greatest

Sem Ti
Shana Feste5,67
11

Hansel & Gretel: Witchhunters

Hansel e Gretel: Caçadores de Bruxas
Tommy Wirkola3

19 de fevereiro de 2013

"Flight" por Nuno Reis

Não tenho como negar que Zemeckis é dos meus realizadores favoritos. Mesmo com uma última década de menor nível, o seu cirrículo está recheado dos meus filmes favoritos. O seu mais recente “Flight” é melhor que os antecessores mais recentes, mas ainda não chega aos calcanhares dos irmãos dos anos 80 e 90. Nem com velhos cúmplices como Alan Silvestri e Don Burgess.

Whip Whitaker (Denzel Washinton) é piloto numa companhia aérea. E seguramente não desperdiça o estatuto da profissão. Aproveita os benefícios, tem as mulheres atrás dele, e anda sempre bem descontraído. Até que um voo não corre tão bem como os anteriores. A tempestade no momento da partida prenunciava que ia ser uma viagem agitada. Acabou por ser o voo mais complicado das suas vidas. A calma e destreza de Whitaker salvaram dezenas de vidas, só que a companhia quer conhecer as causas do acidente e a única coisa que encontra são mais razões para aquilo ter acontecido. Num meio em que muitos milhões estão em jogo, é preciso um bode expiatório.

Washington é um dos actores mais aclamados desta geração e Whitaker é uma personagem da qual se gosta à primeira. Em pouco tempo captura-nos com este estilo de bon vivant e mesmo cometendo uma asneira atrás doutra, é difícil ralhar-lhe. Pelos seus olhos vemos como pode ser a vida de um piloto que se esquive às responsabilidades e é boa! Até que, ainda bem no início, chega o ponto alto do filme: a aterragem contra todas as probabilidades. É uma das cenas visualmente mais imponentes dos últimos anos e combina o horror do desastre eminente com a beleza do voo em total liberdade. A alternância entre diversas perspectivas - o exterior do avião, o trabalho de equipa na cabine, os corpos à deriva - consegue conquistar os espectadores e levá-los para o resto do filme. É aí que está o problema. Saltamos imediatamente do filme de um anti-herói, com acção e charme, para o de um homem atormentado pela culpa. Whitaker não é mais um destemido galã, mas um cobarde que se refugia e tenta apagar as provas do crime do qual não se envergonha. Não procura expiação ou perdão, só deseja esquecimento. “Flight” aqui continua a ser um filme interessante, mas nunca recupera a adrenalina inicial. A componente física é trocada por uma mais psicológica que se vai esvanecendo à medida que conhecemos o piloto e nos envergonhamos da sua atitude. Para lá da fachada de durão descontraído, é apenas um homem frágil e medroso. Subitamente o seu destino já não é algo que importe. E é pena porque a dicotomia entre homem privado e herói público é um tema digno de um filme. Só não assim. O homem nunca teria uma hipótese de fazer algo tão grandioso como o herói fez, mas no final o que se vê não é o homem a ganhar coragem, é o herói a fartar-se do corpo onde estava e a impôr-se perante um homem que não queria saber.
É um filme que se vê com gosto, só precisava de trabalhar melhor o lado humano. Não só a relação de Whip com Nicole (surge do nada por serem carentes, ganha força e desaparece num ápice) como com todos os outros. Percebe-se a ideia, mas faltam algumas cenas para se acreditar no que é dito.

Uma nota ainda sobre John Goodman. Depois de "Red State", "Extremely Loud & Incredible Close" e "The Artist" em 2011, em 2012 foi visto em "Argo", "Trouble With the Curve" e "Flight". Não sendo um actor com uma fisionomia comum, tem conseguido imensos papéis e normalmente em filmes de relevo. E ainda trabalho vocal em "ParaNorman" e brevemente de volta a "Monsters University". Está em grande!

FlightTítulo Original: "Flight" (EUA, 2012)
Realização: Robert Zemeckis
Argumento: John Gatins
Intérpretes: Denzel Washington, Kelly Reilly, John Goodman, Bruce Greenwood, Don Cheadle
Música: Alan Silvestri
Fotografia: Don Burgess
Género: Drama
Duração: 138 min.
Sítio Oficial: http://www.paramount.com/flight/

18 de fevereiro de 2013

CCOP - os melhores de 2012

Com cinco prémios, Moonrise Kingdom é o principal vencedor dos Prémios CCOP 2013, primeira edição dos prémios anuais do Círculo de Críticos Online Portugueses. O filme de Wes Anderson foi o preferido nas categorias de Melhor Filme, Melhor Argumento Original, Melhor Elenco, Melhor Banda Sonora e Melhores Valores de Produção.

O britânico Vergonha recebeu um total de quatro prémios, nas categorias de Melhor Actor, Melhor Actriz Secundária, Melhor Cena e Melhor Fotografia. Seguiu-se o austríaco Amor, com um prémio para Melhor Realizador atribuído a Michael Haneke, Melhor Actriz para Emmanuelle Riva e Melhor Filme em Língua Não-Portuguesa/Inglesa. Tabu foi considerado o Melhor Filme Português estreado comercialmente em Portugal durante 2012.

Fundado em Fevereiro de 2012, o Círculo de Críticos Online Portugueses é constituído por um grupo seleccionado de críticos online de cinema nacionais, cujos objectivos se centram na classificação mensal dos filmes estreados, de forma a produzir um conjunto de tops com oportunos dados estatísticos. Anualmente atribuem os Prémios CCOP que visam premiar os melhores filmes estreados comercialmente em Portugal durante o ano transacto.

Ver original

Melhor Filme

"Moonrise Kingdom" de Wes Anderson

Melhor Realizador

Michael Haneke por "Amour"

Melhor Argumento Original

Wes Anderson por "Moonrise Kingdom"

Melhor Argumento Adaptado

Lynne Ramsay, Rory Kinnear por "We Need to Talk About Kevin"

Melhor Actor

Michael Fassbender por "Shame"

Melhor Actriz

Emmanuelle Riva por "Amour"

Melhor Actor Secundário

Ezra Miller por "We Need to Talk About Kevin"

Melhor Actriz Secundária

Carey Mulligan por "Shame"

Melhor Filme de Animação

"Frankenweenie" de Tim Burton

Melhor Filme Português

"Tabu" de Miguel Gomes

Melhor Filme em Língua Não-Portugesa/Inglesa

"Amour" de Michael Haneke

Melhor Primeira Longa-Metragem

Sean Durkin por "Martha Marcy May Marlene"

Melhor Documentário

"Shut Up and Play the Hits" de Will Lovelace, Dylan Southern

Melhor Canção Original

"Skyfall" de "007 - Skyfall"

Melhor Elenco

"Moonrise Kingdom"

Melhor Cena ou Sequência

New York, New York em "Shame"

Melhor Banda Sonora

Alexandre Desplat por "Moonrise Kingdom"

Melhor Fotografia

Jeff Cronenweth por "Millennium" e Sean Bobbitt por "Shame"

Melhores Valores de Produção

"Moonrise Kingdom"

Melhores Efeitos Especiais

"Prometheus"


17 de fevereiro de 2013

16 de fevereiro de 2013

Fantasporto 2013 - A abertura e o júri


Nos 65 anos da estreia de “The Red Shoes” o Fantasporto apresenta no dia da abertura oficial, a 1 de Março, uma das poucas cópias existentes da cinemateca de Glasgow do clássico britânico realizado pela dupla Michael Powell e Emeric Pressburger. A 33ª edição do Fantasporto – Festival Internacional de Cinema do Porto decorre no Teatro Rivoli, entre os dias 25 de Fevereiro e 10 de Março.

Filme mítico do período dourado do pós-guerra britânico, considerado um dos 10 melhores filmes ingleses de sempre, e que recentemente no Festival de Cannes viu exibida a sua cópia restaurada graças à paixão de Martin Scorcese, “The Red Shoes” é uma obra prima sem idade.
Vagamente inspirado num conto de Hans-Christian Andersen, cujo pai era sapateiro, e de entre as recordações de infância, uns sapatos vermelhos de seda vão servir de tema a esta história onde o ballet é uma metáfora da vida.
Com cinco nomeações para os Óscares em 1948, de que ganhou duas, Melhores Direcção Artística e Canção, “The Red Shoes” conseguiu a proeza de transformar um filme sobre bailado clássico num sucesso mundial.
História de um triângulo amoroso, onde a paixão pela dança se intercruza com a ambição do estrelato.
Tendo sido Merle Oberon a actriz inicialmente seleccionada como protagonista, o papel acabou por ser atribuído a Moira Shearer, bailarina profissional, uma vez que Powell privilegiava a autenticidade nas cenas de palco.
Na realização sobressaem, ainda, as inovações técnicas de câmara, que ampliam os movimentos do bailado, antecipando efeitos visuais que só décadas depois se tornaram possíveis, como o “slow motion”.
Numa carreira brilhante, onde “Peeping Tom” no terror se tornou um filme de culto, Michael Powell consegue em “The Red Shoes” a conciliação de uma visão poética da realidade a partir do imaginário tradicional.

JURI SECÇÃO FANTÁSTICO
Kim Newman (Ing) - Crítico de Cinema
Luis Rosales (Esp) - Editor
Rogério Ribeiro (Por) - Editor
Rui Madureira (Por) - Escritor, Blogger
Sergio Molina (Esp) – Realizador

JURI ORIENT EXPRESS
Anais Emery (Suí) – Festival de Neuchatel
Jose Luis Aleman (Esp) – Realizador/Distribuidor/Produtor
Ricardo Andrade (Por) - Distribuidor

JURI SEMANA DOS REALIZADORES
Gloria Bernet (Esp) – produtora
Jean-Chrétien Sibertin-Blanc (Fra) – Adido Cultural da Embaixada de França
Lone Fleming (Esp) – actriz

JURI PORTUGUES
Francisco Bravo Ferreira (Por) - distribuidor
Nassalete Miranda (Por) - jornalista
Pimenta de França (Por) - jornalista

15 de fevereiro de 2013

Workshop de realização com David Rebordão

O realizador David Rebordão vai dar um workshop de realização dias 6,7 e 13 de Abril no Parque das Nações.

3 dias intensivos
É uma workshop de realização feita de modo intensivo, ministrada pelo realizador de cinema, David Rebordão.
A realização é discutida na sua vertente de disciplina artística mas, também, como profissão.
O Cinema, a Televisão, dicas práticas sobre realização e as suas técnicas, são explicadas por David Rebordão através da sua experiência de mais de uma década ao serviço do audiovisual.

Objectivos Gerais da Workshop
Pretende-se que os formandos desenvolvam competências em realização cinematográfica, através do conhecimento das suas técnicas, instrumentos e politicas.

Público-alvo e Pré-requisitos
O curso destina-se a estudantes, profissionais, ou entusiastas da área de audiovisuais que pretendam aprofundar ou iniciar-se na área da realização.

Pré-requisitos:
- Idades compreendidas entre os 16 e os 65 anos de idade;
- Domínio da Língua Inglesa.

Workshop certificada
No final da workhop, cada formando receberá um certificado de frequência.

Os que frequentarem esta workshop intensiva de 3 dias terão a oportunidade de descobrir:
- O que é esperado de um realizador na fase de pré-produção.
- Como desconstruir um guião para poder entender a história.
- Os segredos para se obter uma boa "performance" de um actor.

Formato da Workshop de 3 dias intensivos
Durante 3 dias terás a oportunidade de conhecer outros cineastas como tu; de debater sobre a disciplina da realização; e partilhar as tuas experiências como artista e contador de histórias.

Os 3 dias serão uma combinacão de palestra, visionamento de excertos de filmes seguido de debate, e exercícios prácticos.

Os exercícios práticos começam no segundo dia, culminando no terceiro dia com a divisão da turma em grupos e a elaboração de uma cena por grupo.
Essa cena será também filmada e analisada pela turma.

Cada dia de formação tem a duração de 8 horas.

Conteúdos programáticos dos módulos
1º Dia
- O que é fazer um filme? - O que é um realizador? - O negócio e a política do cinema - A realidade nacional - Dicas para sobreviver - Tipos de produção - Cinema Vs Televisão - Actividades de pré-produção de um realizador - Os talentos à frente da câmara - Do guião ao set de filmagem - Tipos de cenas - A estrutura clássica de três actos - Análise de um guião
2º Dia
- O submundo do realizador - O estilo visual - Compreender a câmara - A lista de planos - Storyboard - Técnicas para a construção de personagens - Análise do guião (o personagem) - Os actores - Ensaiar os actores no plateau
3º Dia
- Planificação de uma cena - As 5 fases de preparação de uma cena - Técnicas básicas para compor uma cena - Exercício prático final
A workhop tem o preço de 150€, já com IVA incluído.

Inscrições aqui

14 de fevereiro de 2013

"Django Unchained" por Nuno Reis

Quando em “Inglorious Basterds” Tarantino nos apresentou Christopher Waltz, foi amor à primeira vista. Era um vilão tão perverso e complexo, que era impossível não ficar imediatamente preso. Em “Green Hornet”, “Water for Elephants”,“The Three Musketeers” e Carnage” não teve o mesmo sucesso, mas bastou surgir novo argumento de Tarantino e o actor voltou aos eixos. Sem exagero, ao fim de dez minutos já a nomeação a Oscar está mais que justificada. O seu Doutor Schultz é tão louco, inteligente e corajoso como Hans Landa, mas tem ainda a vantagem de ser uma boa pessoa.
Ao longo do filme o que mais depressa nos convence é a enorme qualidade dos actores secundários. Além da Waltz temos ainda Leonardo diCaprio a estrear-se como vilão, Samuel Jackson pela primeira vez a sentir a idade na pele... Se formos para os cameos não é difícil reunir doze magníficos. Franco Nero, Bruce Dern, Don Johnson, Jonah Hill, Russ e Amber Tamblyn, Robert Carradine, Tom Savini, Zoe Bell e o próprio Quentin Tarantino.

Django era um escravo. Até que um dentista lhe dá uma oportunidade de se vingar dos homens que o chicotearam. Criam uma parceria que culmina com a missão para salvar a mulher de Django. Mas esta odisseia em busca de Brumhilda vai ser um bocado mais complicada do que a ópera de Wagner. Numa sociedade racista como a americana dos 1850s, e em especial no Mississippi, um negro a cavalo causa confusão e repulsa. Mas o dinheiro tudo resolve e por isso Schultz e Django conseguem superar todas as barreiras da sociedade branca, tendo apenas de enfrentar a indignação dos negros.

O que é este “Django Unchained”? Para uns é uma mera homenagem a “Django”. Para outros foi para combater o bichinho que ficou de “Sukiyaki Western Django” onde fez um cameo. O próprio afirma que é o segundo capítulo da trilogia iniciada com “Inglorious Basterds” sobre História alternativa. Para alguns é uma ousada comédia a repetir o que Mel Brooks inventou em “Blazing Saddles” onde também um negro tinha arma. E além de ser tudo isso, é muito mais do que isso e algo totalmente diferente. É Tarantino a fazer um western spaghetti que homenageia o género. É um drama que por vezes se assemelha a uma comédia gore. É uma festa com amigos. É acima de tudo uma prova da criatividade que se consegue ainda extrair de ideias que pareciam esgotadas e fora de época. No fundo, o mesmo que Tarantino nos tem trazido nos últimos anos.
É um filme muito agradável de ver (para quem suportar cabeças a explodir e violência gratuita), entretem, e ainda tem essa moral escondida sobre a dicotomia Bem vs. Mal. É um caçador de recompensas bom porque mata quem é mau? Ou são o dinheiro e o prazer de tirar vidas que o movem? E quem não conheceu outra realidade pode ser culpado de lutar para manter o mundo como sempre o viu?
Não é o melhor de Tarantino, mas mesmo quando é mau está bem acima de tantos outros.
Django UnchainedTítulo Original: "Django Unchained" (EUA, 2012)
Realização: Quentin Tarantino
Argumento: Quentin Tarantino
Intérpretes: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Kerry Washington, Samuel L. Jackson
Música:
Fotografia: Robert Richardson
Género: Aventura, Drama, Western
Duração: 165 min.
Sítio Oficial: http://unchainedmovie.com/

13 de fevereiro de 2013

Porto Surf Film Festival no fim de Março

A cidade Invicta vai receber a primeira edição do Porto Surf Film Festival, um festival internacional de cinema de surf a realizar no Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, de 29 a 31 de Março.

A programação oficial do Porto Surf Film Festival inclui 10 filmes que marcam a história do cinema de surf, iniciado em meados da década de 60, na Califórnia.

O Porto Surf Film Festival vai atrair centenas de entusiastas dos desportos de mar, bem como espectadores habituais de cinema e especialistas da Sétima Arte.

"O Porto Surf Film Festival desenhou um programa oficial que vai surpreender os espectadores com a qualidade dos filmes ligados ao surf. Para além do lado desportivo, os filmes de surf são conhecidos pela fotografia e pela divulgação das culturas do mundo", explica Luís Madureira Pinto, co-organizador do Porto Surf Film Festival.

O Porto Surf Film Festival apresenta ainda um conceito inovador. Todos os bilhetes que dão acesso aos 10 filmes em exibição vão ser disponibilizados, de forma exclusiva, na bilheteira electrónica da Last2Ticket, em www.last2ticket.com.

"Portugal tem mais de 30000 praticantes de surf. Esperamos atrair espectadores do Grande Porto, mas também do resto do país e da Galiza", acrescenta Carlos Rui Ribeiro, co-organizador do Porto Surf Film Festival.

O Auditório da Biblioteca Almeida Garrett, em pleno Palácio de Cristal, oferece as melhores condições para a exibição de cinema. Cada sessão está limitada a 192 lugares.

Os bilhetes para o Porto Surf Film Festival custam 5€ (filme) e 45€ (passe geral) e podem ser adquiridos em www.last2ticket.com ou no site oficial do festival. Até 28 de Fevereiro, o passe geral tem o preço de 40€.

O programa do evento segue abaixo:
Dia 29 de Março | Sexta-Feira
One Winter Story | 21h
The Endless Summer II | 22h30

Dia 30 de Março | Sábado
Singlefin: Yellow | 16h
Thicker Than Water | 17h30
Finnsurf | 21h
Sea Fever | 22h30

Dia 31 de Março | Domingo
The Lost Wave | 16h
Castles In The Sky | 17h30
A Brokedown Melody | 21h
Surfing With the Enemy | 22h30

12 de fevereiro de 2013

"Zero Dark Thirty" por Nuno Reis

Missão cumprida, mas sem glória

A breve história dos Estados Unidos está recheada de feitos merecedores do maior respeito, tanto a nível político, como científico e cultural. É um povo que soube criar-se da amálgama de muitos outros, mantendo o cunho de cada grupo que contém, e uma identidade comum com mais força e orgulho do que qualquer outra. Através da sua máquina de propaganda espalharam-se por todo o globo, mas com a democratização dos meios também as vozes discordantes se elevaram. E as mais acutilantes partem do seio dos EUA. Este filme não é apenas o reflexo de uma operação militar bem sucedida. Não é uma missão crítica da CIA que correu espantosamente bem. Nem é sobre uma mulher que se indignou e nunca baixou os braços, mesmo quando todo o país tinha esquecido o motivo original para a guerra no Afeganistão. Isto é um filme sobre um país que teve como momento alto dos últimos dez anos (para não dizer trinta) o homicídio de um homem.

No início foi um atentado. Um massacre inimaginável de pessoas inocentes que viviam a sua vida. Não é exagerado dizer que o dia 11 de Setembro mudou o mundo para sempre. O inimigo invisível, ou Quinta Coluna, tinha chegado, visto , vencido e voltado a esconder-se para novos ataques. Competia aos Estados Unidos atravessarem meio mundo em busca de um homem que tinham treinado e armado e estava escondido numa região que não gosta de estranhos. Se os americanos de há vinte anos estavam afectados pelas guerras perdidas no século passado, agora pareciam motivados com as vitórias recentes no Golfo e no Iraque. E era no deserto que iam continuar a exibir os galões de braço armado da democracia. É sabido que essa guerra foi novo erro, com mais perdas do que ganhos. E enquanto isso, um inimigo que superava os limites de um pais ou uma religião ia continuando os ataques contra americanos e aliados em todo o mundo.
A CIA colocou os seus melhores em campo e a muito custo foi conseguindo arrancar informações ao inimigo. Dez anos depois conseguiram bater à porta do homem que procuravam.

"Zero Dark Thirty" tem uma única perspectiva em conta. A de Maya, uma operacional da CIA que tinha como única missão destruir a Al-Qaeda. É pelos seus olhos que vamos entrar num mundo secreto de prisões inexistentes onde se realizam torturas proibidas sobre pessoas que podem ou não saber algo.É uma visão pró-guerra pelo que isso é relatado com uma postura quase documental, sem juízos de valor. É um mal necessário para evitar um mal maior. Maya que da primeira vez estava transtornada com o que via, depressa se acostumou à desumanidade e, apesar de não lhe agradar, aceitava que tinha de ser. Os seus olhos já não viam a dor de um homem acorrentado, os seus ouvidos não escutavam esses gritos. Em mente tinha apenas os milhares de inocentes que morreram nas torres e os que morriam dia após dia numa guerra que não lhes dizia respeito

Foi uma questão de sorte. Uma fotografia que lhe chegou às mãos, fez com que persistisse em busca de um homem que achavam morto O profissionalismo e competência que demonstrava fez com que lhe dessem ouvidos e dinheiro para prosseguir essa demanda. E quando o sangue era demasiado para aqueles que a rodeavam, passou para o campo burocrático onde mais uma vez foi suficientemente convincente. Se a sorte é construída, então Maya mereceu a sua.

O filme cobre todos os eventos que foram tornados públicos.Não os conseguiremos - nem devemos - esquecer tão cedo. Mas os atentados que soubemos pelas notícias, passaram-se diante dos olhos de Maya. Morreram os seus amigos. Tornou-o tão pessoal que cada dia passado, cada morte!, era culpa sua. E no fim, com a sensação de dever cumprido, chega o vazio de quem abdicou de ter uma vida por uma causa e sem essa causa fica sem nada. E também de quem falhou na sua missão pois a guerra não era contra um homem, mas contra uma ideia. A ideia que os EUA são o inimigo só cresceu com essa invasão e com as mortes de inocentes.
"Zero Dark Thirty" é enorme. Em duas horas e meia combina guerra, espionagem, drama humano. Falha com thriller, como filme de guerra e não é a melhor referência histórica. Mas vale pelas explosões de Chastain que se afirma cada vez mais como uma actriz a ter em conta para qualquer tipo de papel, e especialmente pela cena final, onde o vazio e a expressão facial deixam uma marca mais dolorosa e perene que todo o filme anterior.
Zero Dark ThirtyTítulo Original: "Zero Dark Thirty" (EUA, 2012)
Realização: Kathryn Bigelow
Argumento: Mark Boal
Intérpretes: Jessica Chastain, Jason Clarke, Kyle Chandler, Jennifer Ehle, Joel Edgerton
Música: Alexandre Desplat
Fotografia: Greig Fraser
Género: Drama, Guerra, Thriller
Duração: 157 min.
Sítio Oficial: http://zerodarkthirty-movie.com/

11 de fevereiro de 2013

Monstra 2013 focada em Espanha e Brasil

Pela primeira vez, a MONSTRA - Festival de Cinema de Animação de Lisboa irá homenagear a cinematografia de dois países, naquela que será a maior edição do Festival e que, este ano, se realiza entre 7 a 17 de Março.

O programa da 12ª edição da Monstra, que irá decorrer entre 7 e 17 de Março de 2013, vai ser marcado pela retrospectiva às cinematografias brasileira e espanhola, que, segundo Fernando Garlito, director artístico do festival são “muitos mais ligadas à sua etnologia e etnografia, do que outras cinematografias internacionais”.

O festival começa a 7 de Março com a retrospectiva do Brasil, exibindo mais de 100 filmes deste país e homenageando o realizador Chico Liberato, que apresentará em Lisboa toda a sua obra, desde o “Boi Aruá”, de 1983 (realiza, em 2013, o seu 30º aniversário) à sua mais recente longa “Ritos de Passagem”, uma estreia europeia. A partir do dia 11 de Março, o festival debruça-se sobre o cinema de animação espanhol, com programas do País Basco, Comunidade Autónoma de Madrid, Galiza, Valência, Catalunha e uma homenagem a Segundo de Chomón, realizador espanhol, contemporâneo de George Méliès, que, para além de trucagens realizou ainda múltiplas animações, que serão apresentadas no programa do festival.

Uma novidade desta 12ª edição do festival, é a criação do “Prémio Produção”, que visa galardoar o melhor projecto de filme português. Este ano a competição é dedicada às longas-metragens, havendo também as habituais secções de competição de estudantes, curtíssimas e, pelo segundo ano consecutivo, a competição Portuguesa, com o Prémio SPA | Vasco Granja.

“From up on Poppy Hill”, de Gorõ Miyazaky (filho do conhecido realizador japonês Hayao Miyazaki), “Letter to Momo” ou” Grave of Fireflies”, do célebre realizador Isao Takahata, estreias absolutas em Portugal, irão integrar a retrospectiva japonesa da Monstra. O programa do Japão compreende também uma retrospectiva do realizador Mirai Misué que estará em Lisboa para apresentar os seus filmes e fazer uma masterclass sobre a sua obra. Além do Cinema São Jorge e do Cinema City Alvalade, o Festival terá também programação na Fundação Calouste Gulbenkian, que este ano se debruçará sobre o tema “Animação e Artes Plásticas”.

À semelhança de edições anteriores, a Monstrinha – a Monstra dos mais novos – volta ter grande destaque no programa do festival, com sessões durante a semana em várias escolas da cidade Lisboa e, com filmes ao fim-de-semana para pais e filhos, entre os quais se destacam “O Grilo Feliz e os Insectos Gigantes” e “Os Brichos”, duas longas-metragens brasileiras.

A Monstra vai ainda exibir dois dos maiores filmes de animação da história do cinema e que, em 2013, celebram 25 anos: “Quem Tramou Roger Rabbit”, um clássico da Disney, realizado por Robert Zemeckis e “Akira”, de Katsuhiro Otomo, um filme japonês que liga o animé à manga.

Numa conjuntura marcada pelos sucessivos cortes orçamentais, a Monstra 2013 irá apresentar mais de 250 filmes na retrospectiva brasileira e espanhola, cerca de 140 filmes em competição, representando 48 países, 14 prémios e 10 dias num total de mais de mais de 250 sessões e de 500 obras de muito e bom cinema de animação, naquela que será a maior edição do Festival.

Filme açoreano fica em segundo na Índia

Como vem sendo hábito, os filmes de Avanca têm sempre uma boa prestação no estrangeiro.

O cineasta Bernardo Cabral acaba de ser distinguido com o 2º Prémio da Competição Internacional do "Script 2013 - International Short Film Festival", em cerimónia que decorreu na noite do passado sábado no "Fidelity Theatre", no centro da cidade indiana de Kochi, Kerala.

Produzido pela Cineact, Filmógrafo e Cine-Clube de Avanca, o filme "50 pesos argentinos" foi integralmente rodado na Ilha de S. Miguel nos Açores, numa produção que reinventa o início do século XX marcado pela extrema pobreza e com a emigração como quase única alternativa para a população das aldeias açorianas.

Baseado num conto do escritor micaelense Ruy Guilherme Morais que o realizador adaptou, esta obra, protagonizada pelos actores Eduardo Almeida e Fátima Sousa, teve produção de Judite Barros, Fátima Cabral, A. Valente, Bernardo Cabral, música de Emanuel Paquete e Fernando Augusto Rocha, imagem de Paulo Medeiros, som de Tó Garcia e montagem de Paulo Medeiros e Carlos Silva.
Este filme foi anteriormente distinguido com os Prémios do Público e Melhor Filme Regional no Panazorean Festival de Cinema e no Festival de Cinema da Ribeira Grande.
Tendo sido exibido no AVANCA 2012, será projectado proximamente no Teatro Rivoli no Porto, integrando uma das sessões do Fantasporto. Na índia, este filme foi igualmente exibido noutro festival que decorreu nas cidades de Nova Deli e Mumbai.
Entretanto, o filme passou já pelos ecrãs de Buenos Aires, Argentina, cidade mítica para a narrativa do filme.

Bernardo Cabral, que na Índia recebeu pessoalmente o prémio, é também autor de outros filmes que abordam histórias açorianas. Tendo produzido e realizado a primeira longa-metragem de ficção dos Açores, os seus filmes têm alternado entre a ficção e o documentário.
Licenciado em História, estudou cinema no Canadá e tem dividido a sua actividade entre a produção de cinema e televisão, a docência de audiovisuais e a dinamização do cinema na ilha de São Miguel.

O "Script 2013 - International Short Film Festival" é uma organização do Rotary Club de Cochin Metropolis, que nesta sua terceira edição, reuniu um júri constituído por conceituados actores, realizadores e críticos da gigante indústria cinematográfica indiana.

O filme teve o apoio da Direcções Regionais da Cultura e da Juventude, das Câmaras Municipais de Ribeira Grande, Ponta Delgada e Povoação, Escolas Profissionais da Ribeira Grande e das Capelas, Polícia de Segurança Pública e diversas empresas e entidades da região.

10 de fevereiro de 2013

9 de fevereiro de 2013

FESTin 2013: prémio por crowdfunding

Recém-instalado na nova Casa do Cinema, em Lisboa, o FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa acaba de lançar uma campanha de financiamento colectivo para os prémios a atribuir aos vencedores das melhores longa e curta-metragens eleitas pelo júri na próxima edição, que decorre no Cinema São Jorge, entre 3 e 10 de aAril.

Para reunir um montante de 3.000€ a distribuir como prémios à melhor longa-metragem (2.500€) e melhor curta-metragem (500€), o festival convida à participação do público que gosta e acredita no valor do cinema feito em língua portuguesa, através de contribuições a partir de 10€, mediante diferentes níveis de recompensa. A campanha decorre na plataforma de financiamento coletivo e criação colaborativa para projectos lusófonos Zarpante, no link: http://www.zarpante.com/investment/festin-2013-1109.

Organizado em parceria com a EGEAC/Cinema São Jorge, com o imprescindível apoio em bens e serviços de vários parceiros que se identificam com a sua missão, o FESTin procura desta forma não apenas incentivar os cineastas vencedores a prosseguirem o seu trabalho, ainda que com valores meramente simbólicos, mas sobretudo valorizar o cinema oriundo de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, envolvendo todos os que se queiram associar.

Com três edições completas e cinco mostras itinerantes em Portugal e no Brasil, abrangendo um total de cerca de 10 mil espectadores, o FESTin chega à sua 4ª edição com um formato de programação estabilizado, integrando duas sessões de competição (longas e curtas-metragens), as Mostras de Cinema Brasileiro ˗ que este ano homenageia o Festival de Gramado, um dos mais antigos e consistentes festivais de cinema no Brasil­ ˗ e de Inclusão Social, homenagem a Angola (em parceria com o FIC ˗ Festival Internacional de Luanda), para além de um alinhamento paralelo de oficinas, mesas redondas e eventos culturais.


8 de fevereiro de 2013

Inscrições no Panorama até dia 15

Estão abertas as inscrições para a edição de 2013 do PANORAMA - Mostra do Documentário Português, que terá lugar mais uma vez no cinema S. Jorge, em Maio de 2013.
Mais uma vez o Panorama quer voltar a ser um espaço de reflexão, acompanhando os caminhos para onde vai e por onde se move o documentário português. Mais uma vez o Panorama procura apresentar uma mostra diversificada da mais recente produção nacional de documentários, assim como volta a apresentar um novo olhar sobre a história do documentário no âmbito dos “Percursos do Documentário Português”.

As inscrições podem ser feitas por aqui.

Esta Sétima Mostra do Documentário Português terá lugar de 3 a 11 de Maio no Cinema São Jorge e Cinemateca Portuguesa.

Inscrições para o DocLisboa têm até 15 de Maio.

7 de fevereiro de 2013

Nomeados dos CCOP a melhores do ano 2012


Com oito nomeações cada, Moonrise Kingdom e Vergonha são os filmes mais nomeados aos Prémios CCOP 2013. Ambas as produções competem nas categorias principais de Melhor Filme e Melhor Realizador.

Seguem-se Amor e A Invenção de Hugo, com seis nomeações cada, mas apenas o primeiro marca presença na categoria de Melhor Filme. O filme de Michael Haneke encontra-se ainda nomeado nas categorias de Melhor Realizador, Argumento Original, Actor Principal, Actriz Principal e Melhor Filme em Língua Não-Portuguesa/Inglesa. Martin Scorsese recebe nomeação como Melhor Realizador por A Invenção de Hugo, que é nomeado ainda para Melhor Argumento Adaptado, Elenco, Banda Sonora, Fotografia e Valores de Produção.

A produção portuguesa Tabu recebeu ainda três nomeações (o único filme nacional a ser nomeado nas categorias principais): Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Filme Português.

Fundado em Fevereiro de 2012, o Círculo de Críticos Online Portugueses é constituído por um grupo seleccionado de críticos online de cinema nacionais, cujos objectivos se centram na classificação mensal dos filmes estreados, de forma a produzir um conjunto de tops com oportunos dados estatísticos. Anualmente atribuem os Prémios CCOP que visam premiar os melhores filmes estreados comercialmente em Portugal durante o ano transacto.

Melhor Filme

Amor
Moonrise Kingdom
Tabu
Temos de Falar sobre Kevin
Vergonha

Melhor Realizador

Martin Scorsese, A Invenção de Hugo
Michael Haneke, Amor
Miguel Gomes, Tabu
Steve McQueen, Vergonha
Wes Anderson, Moonrise Kingdom

Melhor Argumento Original

Amor
O Artista
Looper - Reflexo Assassino
Moonrise Kingdom
Vergonha

Melhor Argumento Adaptado

Argo
A Invenção de Hugo
Oslo, 31 de Agosto
Temos de Falar sobre Kevin
As Vantagens de Ser Invisível

Melhor Actor

Denis Lavant, Holy Motors
Jean Dujardin, O Artista
Jean-Louis Trintignant, Amor
Michael Fassbender, Vergonha
Michael Shannon, Procurem Abrigo

Melhor Actriz

Elizabeth Olsen, Martha Marcy May Marlene
Emmanuelle Riva, Amor
Meryl Streep, A Dama de Ferro
Michelle Williams, A Minha Semana com Marilyn
Tilda Swinton, Temos de Falar sobre Kevin

Melhor Actor Secundário

Ezra Miller, Temos de Falar sobre Kevin
Ezra Miller, As Vantagens de Ser Invisível
Javier Bardem, 007 - Skyfall
John Hawkes, Martha Marcy May Marlene
Nick Nolte, Warrior - Combate entre Irmãos

Melhor Actriz Secundária

Carey Mulligan, Vergonha
Jessica Chastain, Procurem Abrigo
Judi Dench, 007 - Skyfall
Nicole Kidman, The Paperboy - Um Rapaz do Sul
Shailene Woodley, Os Descendentes

Melhor Filme de Animação

Brave - Indomável
Força Ralph
Frankenweenie
Lorax
ParaNorman

Melhor Filme Português

Florbela
O Gebo e a Sombra
Tabu

Melhor Filme em Língua Não-Portuguesa/Inglesa

Amor
O Cavalo de Turim
Era uma vez na Anatólia
Holy Motors
Oslo, 31 de Agosto

Melhor Primeiro Filme

A Casa na Floresta
Margin Call - O Dia Antes do Fim
Coriolano
Martha Marcy May Marlene
A Minha Semana com Marilyn

Melhor Documentário

A Gruta dos Sonhos Perdidos
A Oeste de Memphis
Shut Up and Play the Hits - O Fim dos LCD Soundsystem

Melhor Canção Original

"Abrahams Daughter", Os Jogos da Fome
"Everybody Needs a Best Friend", Ted
"Long to Live", Cosmopolis
"Skyfall", 007 - Skyfall
"Who Were We", Holy Motors

Melhor Elenco

Argo
A Invenção de Hugo
Millennium 1 - Os Homens Que Odeiam as Mulheres
Moonrise Kingdom
Temos de Falar sobre Kevin

Melhor Cena

"Plano de abertura", O Cavalo de Turim
"Tempestade Final", Procurem Abrigo
"New York, New York", Vergonha
"Plano-sequência da corrida", Vergonha
"Dança de Sam & Suzy", Moonrise Kingdom

Melhor Banda Sonora

Moonrise Kingdom
A Invenção de Hugo
A Vida de Pi
Cloud Atlas
Millennium 1 - Os Homens Que Odeiam as Mulheres

Melhor Fotografia

A Vida de Pi
Millennium 1 - Os Homens Que Odeiam as Mulheres
Moonrise Kingdom
A Invenção de Hugo
Vergonha

Melhores Valores de Produção

A Invenção de Hugo
Moonrise Kingdom
O Artista
Anna Karenina
O Hobbit: Uma Viagem Inesperada

Melhores Efeitos Especiais

A Vida de Pi
O Hobbit: Uma Viagem Inesperada
Prometheus
Os Vingadores
O Cavaleiro das Trevas Renasce

6 de fevereiro de 2013

"Rock of Ages" por Nuno Reis

Cada musical tem o seu espinho

O género musical tem disparado em termos de popularidade. É cada vez mais difícil ser original, mas esta última década foi muito fértil, em especial graças às fáceis adaptações de sucessos do palco. Se o fenómeno do momento, "Les Miserábles", tem um estilo convencional - história centenária, musical com trinta anos - não podemos esquecer que "Mamma Mia!" trouxe uma lufada de ar fresco aos palcos e mais recentemente à tela. Também "Rock of Ages" tinha essa intenção.
Um musical sobre os clássicos rock dos anos 80. Como podia correr mal? As bandas homenageadas podem não ser os pesos pesados do rock, mas são minimamente conhecidas. Journey, Pat Benatar, Europe, Poison, Bon Jovi... mesmo que não conheçam as bandas, certamente já ouviram algumas das músicas escolhidas num qualquer lugar da moda, na rádio, ou num karaoke. A história é a boy meets girl mais previsível possível, mas a música existe precisamente para isso: personalizar (imortalizar!) algo que parece banal. "Rock of Ages" não é sobre uma história diferente das outras. É sobre como a música certa pode fazer ou desfazer a história da nossa vida. E mesmo que estas canções não sejam daquelas que fizeram cair governos, são das que juntaram muitos corações.

Logo na abertura o filme prometia. Um toque inesperado de ousadia no primeiro número musical, no segundo grande complexidade... Mesmo sendo a menina do remake de "Footloose" podiamos estar perante um daqueles grandes filmes que por vezes aparecem. Mas a ilusão depressa se desfaz e logo pelo ponto mais inesperado: a edição de som. Percebe-se que nem todos os actores soubessem cantar (Mary J. Blige está fantástica, mas Alec Baldwin canta tão bem como Pierce Brosnan quando foi nomeado a Razzie por cantar mal), mas a edição de som torna tudo tão artificial que depressa se volta à realidade e música nenhuma é excepção.Sim, Zeta-Jones tem boa voz (e o papel muito reduzido a isso) assim como Tom Cruise não faz mais do que o pedido - ser uma vedeta do hard rock - mas há uma dúzia de músicas maltratadas na mesa de mistura. Com isso a banalidade da história evidencia-se e depressa se chega a um ponto em que a vontade de ver o resto desaparece.

Um grande elenco e um desenho de produção fantástico, desperdiçados na vertente sonora. Ainda me lembro quando o fundamental de um musical era o que nos entrava pelos ouvidos. Onde andarão esses bons velhos tempos?

Rock of AgesTítulo Original: "Rock of Ages" (EUA, 2012)
Realização: Adam Shankman
Argumento: Justin Theroux, Chris D'Arienzo, Allan Loeb
Intérpretes: Julianne Hough, Diego Boneta, Alec Baldwin, Russell Brand, Tom Cruise, Paul Giamatti, Malin Akerman, Catherine Zeta-Jones, Mary J. Blige, Bryan Cranston
Música: Adam Anders, Peer Astrom
Fotografia: Bojan Bazelli
Género: Comédia, Drama, Musical, Romance
Duração: 123 min.
Sítio Oficial: http://rockofagesmovie.warnerbros.com/

5 de fevereiro de 2013

4 de fevereiro de 2013

Nomeados dos prémios CBA 2013



Dezenas de bloggers votaram e os finalistas são os seguintes.

Dia 13 saberemos quem venceu...


MELHOR FILME

A Invenção de Hugo
Amor
Argo
Moonrise Kingdom
O Artista

MELHOR FILME PORTUGUÊS

Florbela
Linhas de Wellington
Operação Outono
O Gebo e a Sombra
Tabu

MELHOR REALIZADOR(A)

Ben Affleck - Argo
Martin Scorsese - A Invenção de Hugo
Michael Haneke - Amor
Michel Hazanavicius - O Artista
Wes Anderson - Moonrise Kingdom

MELHOR ARGUMENTO

A Vida de Pi
Amor
Argo
Moonrise Kingdom
O Artista

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO

Brave – Indomável
Força Ralph
Frankenweenie
Os Piratas!
ParaNorman

MELHOR ACTOR

Denis Lavant – Holy Motors
Jean-Louis Trintignant – Amor
Jean Dujardin – O Artista
Michael Fassbender – Vergonha
Michael Shannon – Procurem Abrigo

MELHOR ACTRIZ

Emmanuelle Riva – Amor
Glenn Close – Albert Nobbs
Meryl Streep - A Dama de Ferro
Rooney Mara - Millenium 1 - Os Homens que Odeiam as Mulheres
Tilda Swinton - Temos de falar sobre Kevin

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO

Alan Arkin – Argo
Ezra Miller - Temos de falar sobre Kevin
Javier Bardem - 007 – Skyfall
Jonah Hill - Moneyball - Jogada de Risco
Nick Nolte - Warrior - Combate entre Irmãos

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA

Anne Hathaway - O Cavaleiro das Trevas Renasce
Bérénice Bejo - O Artista
Carey Mulligan – Vergonha
Judi Dench - 007 – Skyfall
Nicole Kidman - The Paperboy - Um Rapaz do Sul

MELHOR GUARDA-ROUPA

A Invenção de Hugo
Anna Karenina
Cloud Atlas
O Artista
O Hobbit: Uma Viagem Inesperada

MELHOR CARACTERIZAÇÃO

A Dama de Ferro
Anna Karenina
Cloud Atlas
Holy Motors
O Hobbit: Uma Viagem Inesperada

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA

A Invenção de Hugo
A Vida de Pi
Anna Karenina
O Artista
O Hobbit: Uma Viagem Inesperada

MELHOR BANDA-SONORA

007 – Skyfall
A Invenção de Hugo
A Vida de Pi
Moonrise Kingdom
O Artista

MELHORES EFEITOS SONOROS

A Invenção de Hugo
O Cavaleiro das Trevas Renasce
O Hobbit: Uma Viagem Inesperada
Os Vingadores
Prometheus

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS

A Vida de Pi
O Cavaleiro das Trevas Renasce
O Hobbit: Uma Viagem Inesperada
Os Vingadores
Prometheus

MELHOR MONTAGEM

A Invenção de Hugo
A Vida de Pi
Argo
Millenium 1 - Os Homens que Odeiam as Mulheres
Moonrise Kingdom

MELHOR FOTOGRAFIA

007 – Skyfall
A Invenção de Hugo
A Vida de Pi
Anna Karenina
O Cavalo de Turim

MELHOR CURTA PORTUGUESA

A Bruxa de Arroios
Fotograma 23
Kali, O Pequeno Vampiro
Posfácio nas Confecções Canhão
Rafa

3 de fevereiro de 2013

As melhores canções originais de 2012

A propósito doa prémioa CCOP, fui forçado a ouvir todas as canções dos filmes estreados em 2012. Além de agradáveis surpresas e surpreendentes desilusões, deu para fazer um top pessoal. Estas foram as 17 melhores classificadas com critérios tão variados como sonoridade, mensagem na letra, adequação à cena e ao filme, e claro, ficar na cabeça.

1. Hashishet Albi

Vários no filme Et maintenant on va où?

2. Touch the Sky

Julie Folis no filme Brave

3. Strange Love

Karen O no filme Frankenweenie

4. Man or Muppet

Jason Segel, Peter Linz no filme The Muppets

5. Love Always Come as a Surprise

Peter Asher no filme Madagascar 3: Europe's Most Wanted

6. Let It Grow

Vários no filme Lorax

7. Cups

Anna Kendrick no filme Pitch Perfect

8. Life's a Happy Song

Jason Segel, Amy Adams, Walter no filme The Muppets

9. Marcy's Song

John Hawkes no filme Martha Marcy May Marlene

10. Wreck it, Wreck-it Ralph

Buckner & Garcia no filme Wreck-it Ralph

11. Midnight Run

Willie Nelson no filme Lawless

12. Into the Open Air

Julie Folis no filme Brave

13. One Engine

The Decemberists no filme The Hunger Games

14. Walking with You

Émilie Simon no filme La Délicatesse

15. I Call it Love

Émilie Simon no filme La Délicatesse

16. Song of the Lonely Mountain

Neil Finn no filme The Hobbit: An Unexpected Journey

17. Still Dream

Renée Fleming no filme Rise of the Guardians

2 de fevereiro de 2013

1 de fevereiro de 2013