"No good deed goes unpunished"
Uma das pérolas exibidas no MotelX 2010 e que se arrisca a atingir estatuto de filme de culto rapidamente depois de passar por Sitges é "5150, Rue des Ormes". Vindo da província francófona do Candá, assim como a maioria da sua equipa, está aqui para provar a pujança de uma cinematografia muitas vezes negligenciada.
Yannick é o típico bom samaritano sempre pronto a ajudar o próximo, mesmo que isso não lhe seja pedido. Para ele o mundo é um lugar mais agradável se todos se esforçarem por agradar aos outros. Acabou de chegar à faculdade de cinema onde está inscrito como estudante e apesar de a namorada prometer visitá-lo todos os fins-de-semana, vai ter de passar algum tempo sozinho naquela terra. Para começar o estudo e conhecer a vizinhança, impõe-se um trabalho documental sobre a área envolvente. Parte apenas com a bicicleta e uma câmara para a exploração, mas um gato no meio do caminho vai transformar a viagem numa queda. Procurando ajuda numa casa próxima, entra sem autorização e testemunha um crime. Isso vai condená-lo a uma prisão com a disfuncional família Beaulieu que não o mata por não ser um pecador, nem o liberta por não ser um justo.
Os Beaulieu são curiosos. O pai, campeão de xadrez, está convencido que é um enviado de Deus para limpar o mundo da escumalha. A mãe extremamente católica apesar de gostar do hóspede forçado subjuga-se ao marido. A filha mais velha, também estudante de cinema e herdeira natural do cargo de assassino ao serviço de Deus, não suporta o invasor. A filha mais nova tem um atraso mental e talvez por isso gosta deYannick.
Entre o envio de mensagens de socorro em vídeo, as tentativas de fuga, os jogos de xadrez e os jogos mentais, Yannick começa a enlouquecer. Mas ainda o espera uma macabra surpresa final.
O filme consegue ser quase sempre surpreendente (as peças em falta eram óbvias) e está muito bem feito. A longa duração é compensada com umas mudanças de estilo que o mantêm interessante e não falta nem a violência nem o sangue. Os desempenhos dos actores quase desconhecidos (a estrela maior é Marc-André Grondin, penúltimo vencedor do César de Actor Revelação) ajudam a fazer um bom filme a partir de um bom argumento. Quanto ao horror, fica reservado para a segunda metade onde violência, alucinações e mortes tornam um grande thriller em algo bem mais perturbador.
Uma das pérolas exibidas no MotelX 2010 e que se arrisca a atingir estatuto de filme de culto rapidamente depois de passar por Sitges é "5150, Rue des Ormes". Vindo da província francófona do Candá, assim como a maioria da sua equipa, está aqui para provar a pujança de uma cinematografia muitas vezes negligenciada.
Yannick é o típico bom samaritano sempre pronto a ajudar o próximo, mesmo que isso não lhe seja pedido. Para ele o mundo é um lugar mais agradável se todos se esforçarem por agradar aos outros. Acabou de chegar à faculdade de cinema onde está inscrito como estudante e apesar de a namorada prometer visitá-lo todos os fins-de-semana, vai ter de passar algum tempo sozinho naquela terra. Para começar o estudo e conhecer a vizinhança, impõe-se um trabalho documental sobre a área envolvente. Parte apenas com a bicicleta e uma câmara para a exploração, mas um gato no meio do caminho vai transformar a viagem numa queda. Procurando ajuda numa casa próxima, entra sem autorização e testemunha um crime. Isso vai condená-lo a uma prisão com a disfuncional família Beaulieu que não o mata por não ser um pecador, nem o liberta por não ser um justo.
Os Beaulieu são curiosos. O pai, campeão de xadrez, está convencido que é um enviado de Deus para limpar o mundo da escumalha. A mãe extremamente católica apesar de gostar do hóspede forçado subjuga-se ao marido. A filha mais velha, também estudante de cinema e herdeira natural do cargo de assassino ao serviço de Deus, não suporta o invasor. A filha mais nova tem um atraso mental e talvez por isso gosta deYannick.
Entre o envio de mensagens de socorro em vídeo, as tentativas de fuga, os jogos de xadrez e os jogos mentais, Yannick começa a enlouquecer. Mas ainda o espera uma macabra surpresa final.
O filme consegue ser quase sempre surpreendente (as peças em falta eram óbvias) e está muito bem feito. A longa duração é compensada com umas mudanças de estilo que o mantêm interessante e não falta nem a violência nem o sangue. Os desempenhos dos actores quase desconhecidos (a estrela maior é Marc-André Grondin, penúltimo vencedor do César de Actor Revelação) ajudam a fazer um bom filme a partir de um bom argumento. Quanto ao horror, fica reservado para a segunda metade onde violência, alucinações e mortes tornam um grande thriller em algo bem mais perturbador.
Título Original: "5150, Rue des Ormes" (Canadá, 2009) Realização: Éric Tessier Argumento: Patrick Senécal Intérpretes: Marc-André Grondin, Normand D'Amour, Sonia Vachon, Mylène St-Sauveur Música: Christian Clermont Fotografia: François Dutil Género: Drama, Terror, Thriller Duração: 110 min. Sítio Oficial: http://www.5150ruedesormes.com/ |
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