A fama tem um preço
Confesso que o visionamento em antestreia de "A Rede Social" constituiu uma semi-desilusão. o que não quer dizer que se esteja em presença de um mau filme, mas apenas de uma obra que não está à altura do seu realizador. De David Fincher espera-se sempre uma obra-prima, pelo que tudo o que esteja no patamar abaixo acaba por ser um fracasso.
Parece que Fincher se enreda num biopic demasiado televisivo e convencional, rendido à força mediática que a rede social do Facebook tem. Apesar de momentos de uma inegável mestria na movimentação da cãmara e no esmero do tratamento cromático onde predomina um cinzento frio, mesmo que a montagem cronologicamente intercalada, a sensação com que se fica é de que é demasiada teelvisão para ser bom cinema.
A ascensão meteórica de Mark Zuckerberg de nerd universitário a guru da web é o leit-motif deste filme biográfico, em que o maior interesse se reduz não à história que é de domínio público, mas à reflexão moral sobre a génese e construção de uma ideia genial.
É neste registo que Fincher se aproxima mais do seu estilo, ao guiar-nos por entre o labirinto judiciário sobre quem pertence a ideia, o algoritmo e o código-fonte que fizeram do Facebook o fenómeno de encontro de seres solitários à procura de falsos amigos, coscuvilhices online e informações redundantes sobre vidas sem interesse. Mistura explosiva de criatividade, de sentido de oportunidade, de inteligência acima da média, de ingenuidade jurídica e de falta de escrúpulos, "A Rede Social" é um belíssimo documentário sobrfe o american way of life, onde uma ideia virtual se transforma num negócio multimilionário. O objectivo de “desmaterializar o real” tornando-o virtual, de tornar o humano num ser anti-social ainda que na rede, deixa-nos no final do filme a sensação amarga de que a Humanidade está perdida. A ânsia de socializar torna-nos escravos da nossa própria solidão. Na rede it seems we are not alone in being alone. A vida reduz-se a bits.
Nunca se deixem dominar pelos vossos perfis.
Confesso que o visionamento em antestreia de "A Rede Social" constituiu uma semi-desilusão. o que não quer dizer que se esteja em presença de um mau filme, mas apenas de uma obra que não está à altura do seu realizador. De David Fincher espera-se sempre uma obra-prima, pelo que tudo o que esteja no patamar abaixo acaba por ser um fracasso.
Parece que Fincher se enreda num biopic demasiado televisivo e convencional, rendido à força mediática que a rede social do Facebook tem. Apesar de momentos de uma inegável mestria na movimentação da cãmara e no esmero do tratamento cromático onde predomina um cinzento frio, mesmo que a montagem cronologicamente intercalada, a sensação com que se fica é de que é demasiada teelvisão para ser bom cinema.
A ascensão meteórica de Mark Zuckerberg de nerd universitário a guru da web é o leit-motif deste filme biográfico, em que o maior interesse se reduz não à história que é de domínio público, mas à reflexão moral sobre a génese e construção de uma ideia genial.
É neste registo que Fincher se aproxima mais do seu estilo, ao guiar-nos por entre o labirinto judiciário sobre quem pertence a ideia, o algoritmo e o código-fonte que fizeram do Facebook o fenómeno de encontro de seres solitários à procura de falsos amigos, coscuvilhices online e informações redundantes sobre vidas sem interesse. Mistura explosiva de criatividade, de sentido de oportunidade, de inteligência acima da média, de ingenuidade jurídica e de falta de escrúpulos, "A Rede Social" é um belíssimo documentário sobrfe o american way of life, onde uma ideia virtual se transforma num negócio multimilionário. O objectivo de “desmaterializar o real” tornando-o virtual, de tornar o humano num ser anti-social ainda que na rede, deixa-nos no final do filme a sensação amarga de que a Humanidade está perdida. A ânsia de socializar torna-nos escravos da nossa própria solidão. Na rede it seems we are not alone in being alone. A vida reduz-se a bits.
Nunca se deixem dominar pelos vossos perfis.
Título Original: "The Social Network" (EUA, 2010) Realização: David Fincher Argumento: Aaron Sorkin (baseado no livro de Ben Mezrich) Intérpretes: Jesse Eisenberg, Rooney Mara, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer Música: Trent Reznor, Atticus Ross Fotografia: Jeff Cronenweth Género: Biografia, Drama, Duração: 121 min. Sítio Oficial: http://www.sonypictures.com/movies/thesocialnetwork/ |
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