Numa era em que os computadores permitem ter uma vida virtual em milhares de universos artificiais as pessoas começam a acreditar que tudo é possível. Mas antigamente para viver num mundo de fantasia, era preciso convencer umas centenas de pessoas mais. Nesta era de comunicação isso não é difícil e por isso novos mundos, fruto da imaginação de alguém, começam a ganhar vida. É chamado Live Action Role Play e enquanto cenários mais normais convivem connosco diariamente (simulação de incêndio/catástrofe, uso de uma situação real em entrevistas de emprego, etc) existem inúmeros campos de jogos como o do filme pelo mundo fora. Apenas uma cerca os separa do mundo real e das preocupações do dia-a-dia.
No mundo criado pelas personagens deste filme convivem diversas realidades. Existem guerreiros vikings, reis medievais, bruxos celtas e os imortais elfos, todos controlados por árbitros que têm a palavra final sobre o que pode ou não ser feito. Apesar dos combates é um jogo pacífico, as armas usadas são forradas para que ninguém se magoe e os "mortos" podem voltar mais tarde noutra personagem. Erik não entende o interesse desse jogo, mas, farto de saber que a namorada é um troféu na fantasia de outros, vai entrar no jogo para se reunir a ela. Só que a única forma de a levar é ganhando combates que moldam o rumo do jogo e da mesma forma que ele odeia o jogo, também os outros jogadores detestam perder e ficam descontrolados quando as regras são distorcidas. Realidade e imaginação enfrentam-se num combate de proporções épicas.
Esta incursão nos live action role play games é bastante curiosa. A fotografia deixa muito a desejar e falta-lhe um pouco mais de comédia para ser eficaz da forma pretendida. A nível de interpretação e dentro do género é surpreendentemente bom, vantagem de a maioria dos actores ter experiência e se terem cruzado de projectos variados. Quando o mercado é pequeno (Canadá) é fácil reencontrarem-se.
O factor humano aparentemente relegado para segundo plano é fundamental na narrativa. O jogo e as rivalidades entre egos são um interessante retrato da condição humana: sempre insatisfeito com o que tem, desejoso de tornar os sonhos em realidades, incapaz de aceitar quem é. Isso é especialmente visível no relacionamento dos irmãos, um que aceita a realidade e um que se refugia num mundo onde é rei. É um alerta para o risco de desumanização das pessoas cada vez mais solitárias, cada vez mais rodeadas para fazer de conta que estão bem.
No mundo criado pelas personagens deste filme convivem diversas realidades. Existem guerreiros vikings, reis medievais, bruxos celtas e os imortais elfos, todos controlados por árbitros que têm a palavra final sobre o que pode ou não ser feito. Apesar dos combates é um jogo pacífico, as armas usadas são forradas para que ninguém se magoe e os "mortos" podem voltar mais tarde noutra personagem. Erik não entende o interesse desse jogo, mas, farto de saber que a namorada é um troféu na fantasia de outros, vai entrar no jogo para se reunir a ela. Só que a única forma de a levar é ganhando combates que moldam o rumo do jogo e da mesma forma que ele odeia o jogo, também os outros jogadores detestam perder e ficam descontrolados quando as regras são distorcidas. Realidade e imaginação enfrentam-se num combate de proporções épicas.
Esta incursão nos live action role play games é bastante curiosa. A fotografia deixa muito a desejar e falta-lhe um pouco mais de comédia para ser eficaz da forma pretendida. A nível de interpretação e dentro do género é surpreendentemente bom, vantagem de a maioria dos actores ter experiência e se terem cruzado de projectos variados. Quando o mercado é pequeno (Canadá) é fácil reencontrarem-se.
O factor humano aparentemente relegado para segundo plano é fundamental na narrativa. O jogo e as rivalidades entre egos são um interessante retrato da condição humana: sempre insatisfeito com o que tem, desejoso de tornar os sonhos em realidades, incapaz de aceitar quem é. Isso é especialmente visível no relacionamento dos irmãos, um que aceita a realidade e um que se refugia num mundo onde é rei. É um alerta para o risco de desumanização das pessoas cada vez mais solitárias, cada vez mais rodeadas para fazer de conta que estão bem.
Título Original: "The Wild Hunt" (Canadá, 2009) Realização: Alexandre Franchi Argumento: Alexandre Franchi e Mark Antony Krupa Intérpretes: Mark Antony Krupa, Ricky Mabe, Trevor Hayes, Kaniehtiio Horn Música: Gabriel Scotti, Vincent Hänni Fotografia: Claudine Sauvé Género: Drama, Thriller Duração: 96 min. Sítio Oficial: http://www.wildhuntfilm.com/ |
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