Burr Steers ainda passou por uns filmes conhecidos como actor secundário/figurante, mas subitamente parece mais interessado em realizar. Depois de um inesperado sucesso com a primeira obra "Igby Goes Down" e um percalço chamado "17 Again", preferiu repetir a receita falhada e voltar a filmar Zac Efron. Dizem que a prática faz a perfeição, mas como qualquer regra que se preze há sempre excepções. Aqui o problema foi pegar numa história banal e tentar fazer dela um filme para todos os públicos. Se estivesse um desconhecido no lugar de Efron, se não desperdiçasse Kim Basinger e Ray Liotta em papéis miseráveis, se não pusessem um incapaz Dave Franco (sim, é irmão do James) numa personagem aparententemente (friso esta palavra) inútil e não tivesse como protagonista uma actriz que faz lembrar Alyssa Milano pelo rosto e pelo papel... Resumindo: o miúdo foi uma boa escolha, o que puseram em torno dele foi excessivo para o filme que era.
Teria dado um bom telefilme. Jovem com um futuro risonho pela frente deixa a vida em suspenso lamentando-se pela morte do irmão mais novo. Enlouquecido pela dor desiste da universidade, afasta-se da mãe e vai viver para o cemitério onde todos os dias treina baseball com o fantasma do irmão, como prometeu antes do fatídico acidente. Ao fim de cinco anos em que o seu passado glorioso foi quase esquecido e até as raparigas começam a meter menos conversa com ele, conhece uma rapariga tão apaixonada como ele era pela vela. Dividido entre o irmão que o quer ver todos os dias ao soar dos canhões e um possível amor que vai partir à aventura pelo mundo por meio ano, terá Charlie coragem de esquecer e seguir em frente?
Toda a conversa com fantasmas está mais do que vista desde "The Sixth Sense". O twist supõe que já se leu o livro e nem tenta impressionar. Ver como total novidade é tão monótono como ao segundo visionamento ou depois do livro. Neste trabalho aproveitam-se algumas cenas na água, a fotografia com vários momentos bons (posteriormente estragados pela montagem) e a forma como o argumento suaviza momentos dramáticos com cenas de caça aos gansos.
Nota-se claramente que é a adaptação de uma novela para fazer chorar as pedras da calçada. O filme nunca chega a esse nível, mas dá o seu melhor na tentativa de espalhar palavras de apoio a quem lida com a perda de entes queridos, de incentivar a seguir em frente, mesmo que seja olhando sempre para trás.
Teria dado um bom telefilme. Jovem com um futuro risonho pela frente deixa a vida em suspenso lamentando-se pela morte do irmão mais novo. Enlouquecido pela dor desiste da universidade, afasta-se da mãe e vai viver para o cemitério onde todos os dias treina baseball com o fantasma do irmão, como prometeu antes do fatídico acidente. Ao fim de cinco anos em que o seu passado glorioso foi quase esquecido e até as raparigas começam a meter menos conversa com ele, conhece uma rapariga tão apaixonada como ele era pela vela. Dividido entre o irmão que o quer ver todos os dias ao soar dos canhões e um possível amor que vai partir à aventura pelo mundo por meio ano, terá Charlie coragem de esquecer e seguir em frente?
Toda a conversa com fantasmas está mais do que vista desde "The Sixth Sense". O twist supõe que já se leu o livro e nem tenta impressionar. Ver como total novidade é tão monótono como ao segundo visionamento ou depois do livro. Neste trabalho aproveitam-se algumas cenas na água, a fotografia com vários momentos bons (posteriormente estragados pela montagem) e a forma como o argumento suaviza momentos dramáticos com cenas de caça aos gansos.
Nota-se claramente que é a adaptação de uma novela para fazer chorar as pedras da calçada. O filme nunca chega a esse nível, mas dá o seu melhor na tentativa de espalhar palavras de apoio a quem lida com a perda de entes queridos, de incentivar a seguir em frente, mesmo que seja olhando sempre para trás.
Título Original: "Charlie St. Cloud" (Canada, EUA, 2010) Realização: Burr Steers Argumento: Craig Pearce, Lewis Colick (baseados no livro de Ben Sherwood) Intérpretes: Zac Efron, Charlie Tahan, Amanda Crew, Donal Logue, Ray Liotta Música: Rolfe Kent Fotografia: Enrique Chediak Género: Drama, Fantasia, Romance Duração: 99 min. Sítio Oficial: http://www.charliestcloud.com/ |
0 comentários:
Enviar um comentário