Eva – humana, demasiado humana
Dez anos depois do impacto de “Inteligência Artificial” o cinema catalão apresenta uma grande produção na área da ficção-científica que teve honras de sessão de abertura no festival de Sitges. Pese embora a natural apetência pelo festival institucional da Catalunha promocionar as suas produções, “Eva” é um produto híbrido a meio caminho entre a mais avançada robótica e o mais convencional melodrama de um triângulo amoroso que neste cão tem quatro vértices.
Sustentado por uma apreciável panóplia de efeitos especiais de animação robótica, “Eva” cedo descola desta tentação tecnológica para se centrar no universo intimista de um criador, incapaz de resolver os seus problemas emocionais, em busca de um robot que mais do que inteligente seja capaz de emoções. Numa das frases do filme sugere-se que estes novos doutores Frankensteins em busca da sua criação mais-que-perfeita, têm tendência a criar “robots divertidos para gente aborrecida”. Eva, a musa inspiradora deste cientista que deixa sempre as suas criações a meio, não é uma miúda qualquer. É uma irreverente, desconcertante e o que mais se verá, que serve de protótipo para uma humanóide capaz de reacções imprevisíveis, ou seja, humana.
Com o decorrer do filme, as analogias com Vincenzo Natali e o seu “Splice” tornam-se cada vez mais evidentes. No caso de Natali é a engenharia genética que cria DREN, neste caso é a robótica que quer recriar Eva. Em qualquer dos dois exemplos a experiência corre mal. Algumas referências ao “Bicentennial Men” no mordomo Max são evidentes e neste sentido a originalidade “Eva” não é a sua característica dominante. É um filme interessante, mais como drama romântico do que como ficção-científica, pelo que deixa insatisfeitos os dois públicos a que potencialmente se dirige. O desempenho da jovem Clàudia Veja é muito apelativo, mas o filme demora a encontrar o seu rumo.
O cinema catalão mostra sua raça num filme quase totalmente falado em catalão e parte á conquista dos mercados. O veredicto final acabará por recair no público. Veremos se se deixa tentar por esta nova Eva.
Dez anos depois do impacto de “Inteligência Artificial” o cinema catalão apresenta uma grande produção na área da ficção-científica que teve honras de sessão de abertura no festival de Sitges. Pese embora a natural apetência pelo festival institucional da Catalunha promocionar as suas produções, “Eva” é um produto híbrido a meio caminho entre a mais avançada robótica e o mais convencional melodrama de um triângulo amoroso que neste cão tem quatro vértices.
Sustentado por uma apreciável panóplia de efeitos especiais de animação robótica, “Eva” cedo descola desta tentação tecnológica para se centrar no universo intimista de um criador, incapaz de resolver os seus problemas emocionais, em busca de um robot que mais do que inteligente seja capaz de emoções. Numa das frases do filme sugere-se que estes novos doutores Frankensteins em busca da sua criação mais-que-perfeita, têm tendência a criar “robots divertidos para gente aborrecida”. Eva, a musa inspiradora deste cientista que deixa sempre as suas criações a meio, não é uma miúda qualquer. É uma irreverente, desconcertante e o que mais se verá, que serve de protótipo para uma humanóide capaz de reacções imprevisíveis, ou seja, humana.
Com o decorrer do filme, as analogias com Vincenzo Natali e o seu “Splice” tornam-se cada vez mais evidentes. No caso de Natali é a engenharia genética que cria DREN, neste caso é a robótica que quer recriar Eva. Em qualquer dos dois exemplos a experiência corre mal. Algumas referências ao “Bicentennial Men” no mordomo Max são evidentes e neste sentido a originalidade “Eva” não é a sua característica dominante. É um filme interessante, mais como drama romântico do que como ficção-científica, pelo que deixa insatisfeitos os dois públicos a que potencialmente se dirige. O desempenho da jovem Clàudia Veja é muito apelativo, mas o filme demora a encontrar o seu rumo.
O cinema catalão mostra sua raça num filme quase totalmente falado em catalão e parte á conquista dos mercados. O veredicto final acabará por recair no público. Veremos se se deixa tentar por esta nova Eva.
Título Original: "Eva" (Espanha, 2011) Realização: Kike Maíllo Argumento: Sergi Belbel, Cristina Clemente, Martí Roca, Aintza Serra Intérpretes: Daniel Brühl, Marta Etura, Alberto Ammann, Lluís Homar, Clàudia Vega Música: Evgueni Galperine Fotografia: Arnau Valls Colomer Género: Drama, Fantasia Duração: 94 min. Sítio Oficial: http://www.evalapelicula.com/ |
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