Depois de conhecer pessoalmente Mary Harron é natural que nos assalte a ideia de como é que esta simpática e culta cineasta pôde dirigir “American Psycho”. Mas se tivermos em atenção que a sua carreira tinha começado com um inovador “I Shot Andy Warhol” talvez a perplexidade diminua e compreendamos na presença de uma das mais interessantes mulheres do cinema.
Um grupo de cinco colegiais reencontra-se em mais um ano lectivo nesse mundo privado que são os colégios internos. Nessa versão moderna dos castelos medievais, a chegada de um elemento estranho desencadeia as mais diversas reacções. Lucy aproxima-se da nova aluna, enquanto Rebecca sente que algo de errado se passa e culpa a intrusa pelas sucessivas mortes que ameaçam a estabilidade da instituição.
“The Moth Diaries” é o resultado de um cuidadoso trabalho de panificação que se estendeu por cinco anos, a partir do romance de Rachel Klein. Talvez por isso a marca do feminino esteja muito vincado no filme e esta visão da adolescência seja tão inquietante. Harron inspirada mais por Carmilla que propriamente por Bram Stoker, esta versão de um vampirismo difuso e apenas sugerido é sem dúvida uma curiosa incursão no tema do vampirismo, a que se associam temas como a anorexia, a vida colegial, os traumas da infância e a crise da puberdade. As metáforas são de uma grande subtileza e contenção e a trilogia sexo, sangue e morte perpassa ao longo de toda a narrativa. Mesmo que na apresentação do filme Harron tenha baixado as expectativas dos espectadores sedentos de sangue, garantido que o seu filme não era de terror nem comparável a “American Psycho”, a verdade é que a dimensão psicológica é trabalhada de forma a criar no espectador uma permanente tensão, sempre no limiar do mais puro fantástico
Singular é a confissão de Harron que as suas duas filhas, uma das quais acompanhou de forma pré-natal a rodagem de “Amercian Psycho”, foram parte da razão que a levou a apaixonar-se pelo livro. Para quem estranhe o título, duas pistas: os diários são de facto uma peça fundamental na adolescência; e as mariposas são a analogia perfeita da passagem à vida adulta e dessa atracção irresistível pela luz.
Um grupo de cinco colegiais reencontra-se em mais um ano lectivo nesse mundo privado que são os colégios internos. Nessa versão moderna dos castelos medievais, a chegada de um elemento estranho desencadeia as mais diversas reacções. Lucy aproxima-se da nova aluna, enquanto Rebecca sente que algo de errado se passa e culpa a intrusa pelas sucessivas mortes que ameaçam a estabilidade da instituição.
“The Moth Diaries” é o resultado de um cuidadoso trabalho de panificação que se estendeu por cinco anos, a partir do romance de Rachel Klein. Talvez por isso a marca do feminino esteja muito vincado no filme e esta visão da adolescência seja tão inquietante. Harron inspirada mais por Carmilla que propriamente por Bram Stoker, esta versão de um vampirismo difuso e apenas sugerido é sem dúvida uma curiosa incursão no tema do vampirismo, a que se associam temas como a anorexia, a vida colegial, os traumas da infância e a crise da puberdade. As metáforas são de uma grande subtileza e contenção e a trilogia sexo, sangue e morte perpassa ao longo de toda a narrativa. Mesmo que na apresentação do filme Harron tenha baixado as expectativas dos espectadores sedentos de sangue, garantido que o seu filme não era de terror nem comparável a “American Psycho”, a verdade é que a dimensão psicológica é trabalhada de forma a criar no espectador uma permanente tensão, sempre no limiar do mais puro fantástico
Singular é a confissão de Harron que as suas duas filhas, uma das quais acompanhou de forma pré-natal a rodagem de “Amercian Psycho”, foram parte da razão que a levou a apaixonar-se pelo livro. Para quem estranhe o título, duas pistas: os diários são de facto uma peça fundamental na adolescência; e as mariposas são a analogia perfeita da passagem à vida adulta e dessa atracção irresistível pela luz.
Título Original: "The Moth Diaries" (Canadá, Irlanda, 2011) Realização: Mary Harron Argumento: Rachel Klein Intérpretes: Sarah Bolger, Lily Cole, Sarah Gadon, Scott Speedman Música: Lesley Barber Fotografia: Declan Quinn Género: Drama Duração: 85 min. |
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