Apollo 18 – Houston, we have a problem
O filme de Carlos López Gallego não poderia ter melhor publicidade que o desmentido da NASA garantindo que as imagens não eram reais.
“The Right Stuff“ e “Apollo 13” são dois marcos de como a conquista do espaço foi um tema aliciante para o cinema. Se estes dois enveredavam por uma narrativa mais ou menos verídica, outros preferiram a ficção aberta como o muito interessante “Moon” ou Space Cowboys”. Ainda mais interessante o esquecido “Capricorn One” de Peter Hyams que relata a conquista do espaço como fraude filmada no nosso planeta (há quem diga quem em Lanzarote) como parte da máquina de propaganda americana face às conquistas da então União Soviética e do seu Sputnik.
Em “Apollo 18” a aposta foi fazer um falso documentário sobre um real inexistente. Tendo como ponto de partida o objectivo de ser o mais realisticamente falso possível, Apollo 18” segue os clichés da propaganda da NASA às missões à Lua, utiliza o mesmo tom cromático, a mesma tipologia de imagem e enquadramentos que nos habituamos a ver nos documentários reais. Poderia ter sido feito pela NASA até porque toda a tecnologia teve a supervisão de um consultor da agência espacial que acompanhou todas as missões Apollo.
“Apollo 18” nunca existiu. Só que a hipótese de que na face oculta da Lua estivesse já uma missão secreta soviética e, mais que tudo, que exista vida inteligente, é demasiado aliciante. Combinar duas teorias da conspiração é uma ideia sedutora para qualquer cineasta. No espaço paira uma ameaça e o módulo lunar vai-se confrontar com esse terceiro passageiro. É inevitável lembrarmo-nos de “Alien”, mas a estrutura de “Apollo 18” envereda mais por uma ficção política do que pelo terror convencional.
Ainda que seja difícil o seu lançamento comercial, o filme teve uma estreia auspiciosa nos Estados Unidos e merece um espaço em ecrã grande. Gallego revela depois de “El Rei de la Montaña” inegáveis qualidades de direcção, sobretudo se atendermos a que a rodagem, depois de uma meticulosa planificação, durou menos de um mês. Por exemplo, na entrevista que concedeu ao Antestreia Gallego especificou a técnica utilizada para obter os efeitos visuais de ter filmado a várias velocidades excepto na normal 24fps.
O filme de Carlos López Gallego não poderia ter melhor publicidade que o desmentido da NASA garantindo que as imagens não eram reais.
“The Right Stuff“ e “Apollo 13” são dois marcos de como a conquista do espaço foi um tema aliciante para o cinema. Se estes dois enveredavam por uma narrativa mais ou menos verídica, outros preferiram a ficção aberta como o muito interessante “Moon” ou Space Cowboys”. Ainda mais interessante o esquecido “Capricorn One” de Peter Hyams que relata a conquista do espaço como fraude filmada no nosso planeta (há quem diga quem em Lanzarote) como parte da máquina de propaganda americana face às conquistas da então União Soviética e do seu Sputnik.
Em “Apollo 18” a aposta foi fazer um falso documentário sobre um real inexistente. Tendo como ponto de partida o objectivo de ser o mais realisticamente falso possível, Apollo 18” segue os clichés da propaganda da NASA às missões à Lua, utiliza o mesmo tom cromático, a mesma tipologia de imagem e enquadramentos que nos habituamos a ver nos documentários reais. Poderia ter sido feito pela NASA até porque toda a tecnologia teve a supervisão de um consultor da agência espacial que acompanhou todas as missões Apollo.
“Apollo 18” nunca existiu. Só que a hipótese de que na face oculta da Lua estivesse já uma missão secreta soviética e, mais que tudo, que exista vida inteligente, é demasiado aliciante. Combinar duas teorias da conspiração é uma ideia sedutora para qualquer cineasta. No espaço paira uma ameaça e o módulo lunar vai-se confrontar com esse terceiro passageiro. É inevitável lembrarmo-nos de “Alien”, mas a estrutura de “Apollo 18” envereda mais por uma ficção política do que pelo terror convencional.
Ainda que seja difícil o seu lançamento comercial, o filme teve uma estreia auspiciosa nos Estados Unidos e merece um espaço em ecrã grande. Gallego revela depois de “El Rei de la Montaña” inegáveis qualidades de direcção, sobretudo se atendermos a que a rodagem, depois de uma meticulosa planificação, durou menos de um mês. Por exemplo, na entrevista que concedeu ao Antestreia Gallego especificou a técnica utilizada para obter os efeitos visuais de ter filmado a várias velocidades excepto na normal 24fps.
Título Original: "Apollo 18" (Canadá, EUA, 2011) Realização: Gonzalo López-Gallego Argumento: Brian Miller, Cory Goodman Intérpretes: Warren Christie, Ryan Robbins, Lloyd Owen Fotografia: José David Montero Género: Ficção-Científica, Horror, Thriller Duração: 86 min. Sítio Oficial: http://apollo18movie.net/ |
0 comentários:
Enviar um comentário