Há sempre duas questões prévias que uma remake de um filme famoso nos suscita. Para quê copiar um filme e o que é que ele aporta de novo à versão original? Esta versão de “The Thing” é a terceira cópia e considerando que as edições anteriores se tornaram cult movies é natural que a fasquia seja mais elevada.
O terror vindo do espaço que hibernou durante milhares de anos e se esconde sob gelos eternos é um dos temas mais caros à ficção-científica de terror. Sabendo-se o outline da história e o seu desenlace, resta esperar de que forma as novas tecnologias dos efeitos especiais poderiam trazer uma mais valia significativa a esta remake. De facto é este o ingrediente principal que sustenta a narrativa: a localização é a mesma; o encontro da nave alienígena é exactamente igual; a ideia de um grupo isolado segue as pisadas do original e até um sósia de Kurt Russell compõe a equipa. Num ano dominado por ficções mais ou menos científicas, mais ou menos de terror, este monstro do espaço parece dever mais ao Oitavo Passageiro. Afinal os humanos são bons hospedeiros para os aracnídeos do espaço e a nossa biologia é terreno fértil para a sua propagação.
Se as linhas essenciais se mantêm, as versões originais apostavam mais no medo psicológico associado à claustrofobia da estação polar e menos na pirotecnia do fogo e dos efeitos digitais. Por isso eram filmes que atingiam de forma mais marcante e duradoura o espectador. No fundo o terror vindo do espaço é apenas o reflexo dos nossos medos mais escondidos. Também a metáfora política associada à Guerra Fria já não faz sentido nesta versão.
A resposta às duas questões iniciais é que na prática esta produção não adianta nem atrasa nada ao original, pelo que não se augura que tenha expectativas de fazer história. Quando muito há um lifting visual para agradar às gerações mais jovens de espectadores para quem os clássicos possam estar fora de moda.
O terror vindo do espaço que hibernou durante milhares de anos e se esconde sob gelos eternos é um dos temas mais caros à ficção-científica de terror. Sabendo-se o outline da história e o seu desenlace, resta esperar de que forma as novas tecnologias dos efeitos especiais poderiam trazer uma mais valia significativa a esta remake. De facto é este o ingrediente principal que sustenta a narrativa: a localização é a mesma; o encontro da nave alienígena é exactamente igual; a ideia de um grupo isolado segue as pisadas do original e até um sósia de Kurt Russell compõe a equipa. Num ano dominado por ficções mais ou menos científicas, mais ou menos de terror, este monstro do espaço parece dever mais ao Oitavo Passageiro. Afinal os humanos são bons hospedeiros para os aracnídeos do espaço e a nossa biologia é terreno fértil para a sua propagação.
Se as linhas essenciais se mantêm, as versões originais apostavam mais no medo psicológico associado à claustrofobia da estação polar e menos na pirotecnia do fogo e dos efeitos digitais. Por isso eram filmes que atingiam de forma mais marcante e duradoura o espectador. No fundo o terror vindo do espaço é apenas o reflexo dos nossos medos mais escondidos. Também a metáfora política associada à Guerra Fria já não faz sentido nesta versão.
A resposta às duas questões iniciais é que na prática esta produção não adianta nem atrasa nada ao original, pelo que não se augura que tenha expectativas de fazer história. Quando muito há um lifting visual para agradar às gerações mais jovens de espectadores para quem os clássicos possam estar fora de moda.
Título Original: "The Thing" (Canadá, EUA, 2011) Realização: Matthijs van Heijningen Jr. Argumento: Eric Heisserer (baseado no livro de John W. Campbell Jr. ) Intérpretes: Mary Elizabeth Winstead, Joel Edgerton, Ulrich Thomsen, Eric Christian Olsen, Adewale Akinnuoye-Agbaje Música: Marco Beltrami Fotografia: Michel Abramowicz Género: Ficção-Científica, Horror, Thriller Duração: 103 min. Sítio Oficial: http://www.thethingmovie.net/ |
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