Mas porque tem o cinema independente americano de ser sempre passado numa pequena aldeia vila perdida do interior onde nada se passa e o único sonho dos habitantes é fugir de lá? Esta afirmação é um pouco redundante, porque quando o filme é bom não se repara nisso, mas quando é mau começa-se a reparar nas irritantes semelhanças com tantos outros...
A premissa era boa. Uma empregada do único café num raio de 50 quilómetros fazia o horário da noite, tendo tempo livre para pensar na vida. Esperava algo estilo “Cash Back”. O que temos aqui é uma história que não só acompanha Francine, como aqueles que a rodeiam. A colega, em tempos uma noiva por encomenda, tem uma vida solitária e miserável. O chefe é divorciado, ignorado pela filha adolescente, e tem um problema com o álcool. O irmão de Francine é um inútil desempregado que não faz nada para mudar a situação e o namorado dela é simplesmente parvo. Até que aparece um camionista que só faz trajectos curtos e por isso pára muitas vezes no café. Educado, bem-parecido, apenas por fazer um pouco de companhia a Francine vai-lhe mudar a vida e fazê-la sonhar com outro tipo de vida, para o qual não se sente preparada.
Se a nível de temática é pouco original, o maior problema do filme reside em se centrar em todas as personagens. Amy Seimetz tem uma performance cativante, mas com as constantes trocas não consegue dar personagem suficiente ao filme. Os restantes não estão mal, mas também não fazem o filme melhor. Ao longo da hora e meia de filme há talvez três momentos que poderiam ter sido arrebatadores e levar o espectador a ficar preso na trama, mas falta sempre um bocado. É essa constante desilusão que estraga o filme. Se fosse inteiramente mau era uma coisa, mas ver tanto potencial a cair em saco roto é algo que simplesmente não se pode admitir.
Atenção que apesar de eu não encontrar o que o filme tem de bom, ele foi seleccionado para Sundance e saiu de Ourense com uma surpreendente dupla vitória no Prémio Especial do Júri e Melhor Realizadora pelo que lá no fundo deverá ter algum valor.
A premissa era boa. Uma empregada do único café num raio de 50 quilómetros fazia o horário da noite, tendo tempo livre para pensar na vida. Esperava algo estilo “Cash Back”. O que temos aqui é uma história que não só acompanha Francine, como aqueles que a rodeiam. A colega, em tempos uma noiva por encomenda, tem uma vida solitária e miserável. O chefe é divorciado, ignorado pela filha adolescente, e tem um problema com o álcool. O irmão de Francine é um inútil desempregado que não faz nada para mudar a situação e o namorado dela é simplesmente parvo. Até que aparece um camionista que só faz trajectos curtos e por isso pára muitas vezes no café. Educado, bem-parecido, apenas por fazer um pouco de companhia a Francine vai-lhe mudar a vida e fazê-la sonhar com outro tipo de vida, para o qual não se sente preparada.
Se a nível de temática é pouco original, o maior problema do filme reside em se centrar em todas as personagens. Amy Seimetz tem uma performance cativante, mas com as constantes trocas não consegue dar personagem suficiente ao filme. Os restantes não estão mal, mas também não fazem o filme melhor. Ao longo da hora e meia de filme há talvez três momentos que poderiam ter sido arrebatadores e levar o espectador a ficar preso na trama, mas falta sempre um bocado. É essa constante desilusão que estraga o filme. Se fosse inteiramente mau era uma coisa, mas ver tanto potencial a cair em saco roto é algo que simplesmente não se pode admitir.
Atenção que apesar de eu não encontrar o que o filme tem de bom, ele foi seleccionado para Sundance e saiu de Ourense com uma surpreendente dupla vitória no Prémio Especial do Júri e Melhor Realizadora pelo que lá no fundo deverá ter algum valor.
Título Original: "The Off Hours" (EUA, 2011) Realização: Megan Griffiths Argumento: Megan Griffiths Intérpretes: Amy Seimetz, Ross Partridge, Tony Doupe, Scoot McNairy, Lynn Shelton, Bret Roberts, Madeline Elizabeth Música: Jeramy Koepping, Joshua Morrison Fotografia: Benjamin Kasulke Género: Drama Duração: 93 min. Sítio Oficial: http://www.theoffhoursfilm.com/ |
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