Num ano em que Valencia perdeu a Mostra e Madrid o Anima, foi com muito receio que regressei a Ourense. Esta razia aos festivais também ameaçou o OUFF e por isso mesmo o director dos últimos quatro anos preferiu afastar-se.
Em 2007 foi a mudança política que levou à queda da direcção. Enrique Nicanor pegou no festival a dois meses da abertura! Para evitar falhas por inexperiência nesse ano de transição chamou alguns amigos de outros festivais (como o PlayDoc) e fez o que parecia impossível, um evento grandioso do qual fiz parte com muito orgulho. Ao longo destes anos foi em Ourense que descobri imenso cinema independente - inclusivamente alguns títulos que viriam a ser premiados no Fantas – e muitas cinematografias desconhecidas, mas acima de tudo onde aprendi como se faz um festival. Não só Nicanor é um senhor cinema com quem se aprende todos os dias, como a sua equipa, herdada de edições anteriores e transformada a cada ano para melhor, sabe fazer um festival. A saída voluntária do director teve um propósito claro: dar à equipa autonomia e tempo suficiente para prepararem uma edição. os alunos aprenderam bem com o mestre.
O OUFF parece mais pequeno, mas não perdeu muito. É verdade que fundiu secções que por mudanças de mentalidade na sociedade não são tão relevantes e também quis chegar a um público mais alargado com uma secção de comédia, mas continua a ser um festival com oito salas de espectáculo e muitas secções competitivas com prémios para atribuir. E tem a vantagem de só ter filmes a partir das 17 para que se possa desfrutar das termas locais.
Era impossível ver todo o programa do festival, mas nesta edição pela primeira vi quase toda a oferta de categorias. Vi Longas, vi Curtas, vi muitos Documentários, vi América Latina, vi Europa Atlântica, vi Comédia, faltaram-me apenas Novos Media e Igualdade. Também podia dizer que me faltou o Panorama Galiza, mas como vi mais de uma dúzia dos filmes em concurso para o Prémio Miño (produções Galiza ou Portugal) fiquei com uma boa ideia do que se faz no eixo atlântico.
Nos eventos paralelos acabei por apenas participar num Q&A e as palestras passaram-me ao lado, confesso que só fui ver o que havia no programa quando já tinham terminado. Pelo que li sobre elas e pelos números apresentados de bilheteira foi uma edição digna da herança de quinze anos e de aplaudir pela capacidade de resistir à crise. É ainda um dos cinco festivais generalistas mais importantes do país e o maior da Galiza.
Quanto aos filmes propriamente ditos nas longas tive uma grande desilusão, nos documentários dois não teriam nível para competir e nas curtas encontrei alguns candidatos que estavam… mais para competir e mostrar o cinema que se faz em países recônditos do que para vencer. Mas nenhuma sessão era tão má que desse vontade de fugir da sala. Brevemente críticas a algumas delas.
O jornalista viajou a convite do festival.
Em 2007 foi a mudança política que levou à queda da direcção. Enrique Nicanor pegou no festival a dois meses da abertura! Para evitar falhas por inexperiência nesse ano de transição chamou alguns amigos de outros festivais (como o PlayDoc) e fez o que parecia impossível, um evento grandioso do qual fiz parte com muito orgulho. Ao longo destes anos foi em Ourense que descobri imenso cinema independente - inclusivamente alguns títulos que viriam a ser premiados no Fantas – e muitas cinematografias desconhecidas, mas acima de tudo onde aprendi como se faz um festival. Não só Nicanor é um senhor cinema com quem se aprende todos os dias, como a sua equipa, herdada de edições anteriores e transformada a cada ano para melhor, sabe fazer um festival. A saída voluntária do director teve um propósito claro: dar à equipa autonomia e tempo suficiente para prepararem uma edição. os alunos aprenderam bem com o mestre.
O OUFF parece mais pequeno, mas não perdeu muito. É verdade que fundiu secções que por mudanças de mentalidade na sociedade não são tão relevantes e também quis chegar a um público mais alargado com uma secção de comédia, mas continua a ser um festival com oito salas de espectáculo e muitas secções competitivas com prémios para atribuir. E tem a vantagem de só ter filmes a partir das 17 para que se possa desfrutar das termas locais.
Era impossível ver todo o programa do festival, mas nesta edição pela primeira vi quase toda a oferta de categorias. Vi Longas, vi Curtas, vi muitos Documentários, vi América Latina, vi Europa Atlântica, vi Comédia, faltaram-me apenas Novos Media e Igualdade. Também podia dizer que me faltou o Panorama Galiza, mas como vi mais de uma dúzia dos filmes em concurso para o Prémio Miño (produções Galiza ou Portugal) fiquei com uma boa ideia do que se faz no eixo atlântico.
Nos eventos paralelos acabei por apenas participar num Q&A e as palestras passaram-me ao lado, confesso que só fui ver o que havia no programa quando já tinham terminado. Pelo que li sobre elas e pelos números apresentados de bilheteira foi uma edição digna da herança de quinze anos e de aplaudir pela capacidade de resistir à crise. É ainda um dos cinco festivais generalistas mais importantes do país e o maior da Galiza.
Quanto aos filmes propriamente ditos nas longas tive uma grande desilusão, nos documentários dois não teriam nível para competir e nas curtas encontrei alguns candidatos que estavam… mais para competir e mostrar o cinema que se faz em países recônditos do que para vencer. Mas nenhuma sessão era tão má que desse vontade de fugir da sala. Brevemente críticas a algumas delas.
O jornalista viajou a convite do festival.
0 comentários:
Enviar um comentário