William Friedkin tem um gosto peculiar pela violência gratuita e por uma abordagem do sexo que provoca o espectador, na tradição do cinema de Sam Peckinpah. Mas tem também aquele toque de magia que agarra no espectador desde a primeira cena é só o largo exausto no final do genérico, mantendo a acção a um ritmo alucinante. Com o prestígio que os seus filmes lhe garantiram Friedkin pode dar-se ao luxo de uma ironia cáustica face aos clichés do sonho americano e à caricatura dos seus ícones.
O lugar uma aldeola no coração do Texas. O género poderia ser o thriller. Só que a receita para este crime anunciado é bem mais elaborada porque o objectivo do realizador é fustigar os espectadores. O culto do excesso torna-se a razão de ser do seu cinema. Colocados desde a primeira cena no cenário de uma família disfuncional, temos uma receita para um crime, puzzle em que as peças não encaixam. Killer Joe é um assassino a contrato que por acaso é polícia (a analogia com o “Polícia sem Lei” de Abel Ferrara) não pode ser mera coincidência. Os seus serviços são requisitados para despachar uma mãe mal-amada que tem o azar de ter um seguro de vida chorudo. Temos o móbil, temos o criminoso e temos os mandantes. O que poderia ser um policial normal descarrila por completo numa teia de personagens demasiado perturbadas e envolvidas em interesses muito obscuros. O serviço é concluído com eficácia. Para quem acredita que o dinheiro traz a felicidade constata-se que ele apenas vai trazer sangue e morte.
A escolha dos actores constitui um dos grandes trunfos do filme porque para compor personagens tão únicas só mesmo grandes nomes. Juno Temple é uma Lolita de doze anos, manipuladora e perturbada. Matthew McConaghey é o Killer Joe cheio de tiques e maneirismos. Emile Hirsch é o infortunado causador de todos os problemas. Thomas Haden Church é o pai, um autêntico idiota da família, e Gina Gershon, mais velha do que em “Bound” mas igualmente magnífica, é a madrasta.
Num filme de estereótipos e caricatural, a divisa poderia ser “cinema é acção e Friedkin é o seu profeta”.
O lugar uma aldeola no coração do Texas. O género poderia ser o thriller. Só que a receita para este crime anunciado é bem mais elaborada porque o objectivo do realizador é fustigar os espectadores. O culto do excesso torna-se a razão de ser do seu cinema. Colocados desde a primeira cena no cenário de uma família disfuncional, temos uma receita para um crime, puzzle em que as peças não encaixam. Killer Joe é um assassino a contrato que por acaso é polícia (a analogia com o “Polícia sem Lei” de Abel Ferrara) não pode ser mera coincidência. Os seus serviços são requisitados para despachar uma mãe mal-amada que tem o azar de ter um seguro de vida chorudo. Temos o móbil, temos o criminoso e temos os mandantes. O que poderia ser um policial normal descarrila por completo numa teia de personagens demasiado perturbadas e envolvidas em interesses muito obscuros. O serviço é concluído com eficácia. Para quem acredita que o dinheiro traz a felicidade constata-se que ele apenas vai trazer sangue e morte.
A escolha dos actores constitui um dos grandes trunfos do filme porque para compor personagens tão únicas só mesmo grandes nomes. Juno Temple é uma Lolita de doze anos, manipuladora e perturbada. Matthew McConaghey é o Killer Joe cheio de tiques e maneirismos. Emile Hirsch é o infortunado causador de todos os problemas. Thomas Haden Church é o pai, um autêntico idiota da família, e Gina Gershon, mais velha do que em “Bound” mas igualmente magnífica, é a madrasta.
Num filme de estereótipos e caricatural, a divisa poderia ser “cinema é acção e Friedkin é o seu profeta”.
Título Original: "Killer Joe" (EUA, 2011) Realização: William Friedkin Argumento: Tracy Letts Intérpretes: Matthew McConaughey, Emile Hirsch, Juno Temple, Thomas Haden Church, Gina Gershon Música: Tyler Bates Fotografia: Caleb Deschanel Género: Thriller Duração: 100 min. |
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