Há filmes e realizadores que conseguem conquistar as graças do público de forma arrebatadora, ainda que por vezes pareça que o seu êxito é demasiado artificial. Nacho Vigalondo é um desses raros que teve o condão de na sua primeira longa-metragem (“Chronocrimenes”) fazer de um low budget um cult movie. Não que o filme não tivesse eficácia narrativa, momentos de humor e uma história de ficção-científica não demasiado original mas mesmo assim com efectivos pontos de interesse. Esse viajante temporal que queria corrigir o futuro e se metia em mais complicações foi um estrondoso sucesso na área ibero-americana. Para este mega-sucesso faltou dizer o essencial: Vigalondo tem um ego desmedido e um jeito inexcedível para se auto-promover.
“Extraterrestre” é o regresso quatro anos depois, mais que aguardado e onde o orçamento já não foi um problema. A sua rodagem foi sendo mediatizada por rumores nunca confirmados de que o argumento de “Chronocrimenes” teria sido comprado e a remake seria dirigido por David Cronenberg. Mantendo-se a comunicação social divertida com este fait divers foi normal que Vigalondo estivesse sempre em notícia.
Num ano em que a ficção-científica parece estar em grande, este “Extraterrestre” é demasiado terrestre para as promessas que fez. No ambiente claustrofóbico de um apartamento, quatro personagens entrecruzam-se, obrigados a conviver pela ameaça quase invisível que paira sobre a cidade. E afinal em que ocupam os seus dias de isolamento? Deixam vir ao de cima as suas tensões, os desejos recalcados, os medos do desconhecido e um apetite insaciável por sexo. Tudo não passa de uma história de amor onde três homens cortejam a mesma mulher e o disco é o pano de fundo.
Para quem poderia esperar um terror vindo do espaço, vistosos efeitos especiais e muita acção, depara-se com uma comédia intimista com algumas cenas bem conseguidas de humor. Poderá funcionar bem para o seu público natural, mas duvida-se que este seja o salto que Vigalondo acho que deu.
“Extraterrestre” é o regresso quatro anos depois, mais que aguardado e onde o orçamento já não foi um problema. A sua rodagem foi sendo mediatizada por rumores nunca confirmados de que o argumento de “Chronocrimenes” teria sido comprado e a remake seria dirigido por David Cronenberg. Mantendo-se a comunicação social divertida com este fait divers foi normal que Vigalondo estivesse sempre em notícia.
Num ano em que a ficção-científica parece estar em grande, este “Extraterrestre” é demasiado terrestre para as promessas que fez. No ambiente claustrofóbico de um apartamento, quatro personagens entrecruzam-se, obrigados a conviver pela ameaça quase invisível que paira sobre a cidade. E afinal em que ocupam os seus dias de isolamento? Deixam vir ao de cima as suas tensões, os desejos recalcados, os medos do desconhecido e um apetite insaciável por sexo. Tudo não passa de uma história de amor onde três homens cortejam a mesma mulher e o disco é o pano de fundo.
Para quem poderia esperar um terror vindo do espaço, vistosos efeitos especiais e muita acção, depara-se com uma comédia intimista com algumas cenas bem conseguidas de humor. Poderá funcionar bem para o seu público natural, mas duvida-se que este seja o salto que Vigalondo acho que deu.
Título Original: "Extraterrestre" (Espanha, 2011) Realização: Nacho Vigalondo Argumento: Nacho Vigalondo Intérpretes: Michelle Jenner, Carlos Areces, Julián Villagrán, Raúl Cimas Música: Jorge Magaz Fotografia: Jon D. Domínguez Género: Comédia, Drama, Ficção-Científica Duração: 90 min. |
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