A América profunda é o paraíso do fundamentalismo mais reaccionário, tão perigoso como todos os outros fanatismos. Felizmente temos o cinema e realizadores com a coragem de Kevin Smith para espalharem pelo mundo a mensagem de que é preciso desconfiar de todos os que prometem o Céu, mas criam o Inferno na Terra. “Red State” faz-nos mergulhar de chofre e sem contemplações no interior de uma seita supostamente cristã. Isto é que é o verdadeiro terror, confirmando que a realidade é pior do que muitos dos mais engenhosos argumentos.
Uma seita é uma seita ou seja, a criação de um louco com carisma que mantém os seus fiéis seguidores como reféns da sua demência. Se acrescentarmos um sentido de culpa de mentes perturbadas, uma colecção de armas de calibre de guerra e uma crença de que a morte por martírio nos conduz à salvação, temos os condimentos para uma ficção religiosa que decalca o real.
Um trio de jovens sai à noite. São personagens descartáveis e não vale a pena criar afeição. Servem apenas para fazer a ligação com a seita e a polícia local e federal. Daí passaremos a um confronto intenso entre esse dois mundos, em que cada um encara o outro como o mal absoluto. O espectador terá oportunidade de ver que alguns indivíduos destoam em ambos os blocos, mas uma pessoa nada pode contra as massas.
Kevin Smith não quer fazer um filme bonito. Quer desmontar a mistificação dos que querem fazer crer que a religião é a sua cruzada. Não estamos no reino de Deus, estamos no reino dos loucos. “Red State” é esse estado dentro do estado, fora da lei e acima da lei, em que os Estados Unidos são pródigos. Uma tensão crescente faz despertar nos espectadores um incontrolável desejo de um desenlace, não importa como. Mesmo assim Smith consegue manter através de todo o filme uma fina dose de humor. Uma genial interpretação de Michael Parks à altura de outras grandes interpretações sobre o mesmo tema - de que Robert Dubvall em o Apóstolo foi um dos mais aclamados exemplos – fizeram de “Red State” um dos mais concorridos filmes em Cannes e, após uma semana de filmes, o primeiro grande momento de Sitges. Isto é cinema para espectadores esclarecidos e inteligentes.
Uma seita é uma seita ou seja, a criação de um louco com carisma que mantém os seus fiéis seguidores como reféns da sua demência. Se acrescentarmos um sentido de culpa de mentes perturbadas, uma colecção de armas de calibre de guerra e uma crença de que a morte por martírio nos conduz à salvação, temos os condimentos para uma ficção religiosa que decalca o real.
Um trio de jovens sai à noite. São personagens descartáveis e não vale a pena criar afeição. Servem apenas para fazer a ligação com a seita e a polícia local e federal. Daí passaremos a um confronto intenso entre esse dois mundos, em que cada um encara o outro como o mal absoluto. O espectador terá oportunidade de ver que alguns indivíduos destoam em ambos os blocos, mas uma pessoa nada pode contra as massas.
Kevin Smith não quer fazer um filme bonito. Quer desmontar a mistificação dos que querem fazer crer que a religião é a sua cruzada. Não estamos no reino de Deus, estamos no reino dos loucos. “Red State” é esse estado dentro do estado, fora da lei e acima da lei, em que os Estados Unidos são pródigos. Uma tensão crescente faz despertar nos espectadores um incontrolável desejo de um desenlace, não importa como. Mesmo assim Smith consegue manter através de todo o filme uma fina dose de humor. Uma genial interpretação de Michael Parks à altura de outras grandes interpretações sobre o mesmo tema - de que Robert Dubvall em o Apóstolo foi um dos mais aclamados exemplos – fizeram de “Red State” um dos mais concorridos filmes em Cannes e, após uma semana de filmes, o primeiro grande momento de Sitges. Isto é cinema para espectadores esclarecidos e inteligentes.
Título Original: "Red State" (EUA, 2011) Realização: Kevin Smith Argumento: Kevin Smith Intérpretes: John Goodman, Melissa Leo, Michael Parks Fotografia: David Klein Género: Acção, Horror, Thriller Duração: 88 min. Sítio Oficial: http://coopersdell.com/ |
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