A citação "a vida é o que acontece enquanto estamos a fazer outros planos" é sobejamente conhecida. Neste caso a vida é o que acontece quando outros a planeiam por nós. Um homem e uma mulher que não foram feitos um para o outro cruzam-se demasiadas vezes por terem os seus melhores amigos casados. Não gostam um do outro, mas aprenderam a suportarem-se por causa dos amigos. Quando o casal tem uma criança eles tornam-se os padrinhos, o pior é que quando a pequena perde os pais, eles terão de assumir a responsabilidade e fazer um futuro comum a três. O primeiro passo é abandonar a vida actual e mudar para a enorme moradia. O segundo é aprender o básico para manter uma criança viva. O terceiro é não se estrangularem.
A receita seguida neste filme não é totalmente estranha. Tem tudo o que define uma comédia romântica sendo apenas alterado pelo grande elemento dramático que é a criança sem pais. A curiosidade suscitada pelo filme vinha de aqui se discutir um tema em que não se gosta de pensar, a morte, e como afecta os pequenos. Infelizmente a perda é um tema muito ignorado, quase desprezado, e quando é falado é sempre do ponto de vista de quem ficou - "sou demasiado nova para tomar conta de uma criança", "porque é que eles compraram uma casa tão grande?", "como te puderam escolher para padrinho?" - ficando por isso todo o filme limitado à clássica história de amor.
Pelas citações do parágrafo anterior percebe-se que ela (Heigl) tem mais importância para a trama do que ele (Duhamel). A história é a dois, mas são meros estereótipos da mulher trabalhadora, dedicada ao emprego e à família, exigente nas suas relações, etc., e do homem que é um irresponsável, mulherengo, motoqueiro, fanático pelo desporto, em suma, uma adulta e um adolescente crescido a tomarem conta de uma bebé. Através dela temos a visão familiar, através dele fazemos uma ideia das vidas desperdiçadas. E nada mais.
Podia ser um filme ousado, acabou sendo mais um para o grande lote de comédias quase inúteis que pouco enriquecem as tarde de Domingo. Nem bom, nem mau, apenas um filme pipoca. Pelo menos tem uma criança que vai proporcionando alguma distracção na história morna. Destaque ainda para a assistente social Janine (Sarah Burns) que no final justifica totalmente a existência da personagem.
Como moral fica a mensagem que todos os pais conhecem. Ter um filho (gerado, comprado ou recebido de herança) acaba com a vida pessoal, complica a profissional, arruina a financeira e destrói todos os planos presentes e futuros, mas é a maior alegria do mundo e torna-se com gosto a maior prioridade.
A receita seguida neste filme não é totalmente estranha. Tem tudo o que define uma comédia romântica sendo apenas alterado pelo grande elemento dramático que é a criança sem pais. A curiosidade suscitada pelo filme vinha de aqui se discutir um tema em que não se gosta de pensar, a morte, e como afecta os pequenos. Infelizmente a perda é um tema muito ignorado, quase desprezado, e quando é falado é sempre do ponto de vista de quem ficou - "sou demasiado nova para tomar conta de uma criança", "porque é que eles compraram uma casa tão grande?", "como te puderam escolher para padrinho?" - ficando por isso todo o filme limitado à clássica história de amor.
Pelas citações do parágrafo anterior percebe-se que ela (Heigl) tem mais importância para a trama do que ele (Duhamel). A história é a dois, mas são meros estereótipos da mulher trabalhadora, dedicada ao emprego e à família, exigente nas suas relações, etc., e do homem que é um irresponsável, mulherengo, motoqueiro, fanático pelo desporto, em suma, uma adulta e um adolescente crescido a tomarem conta de uma bebé. Através dela temos a visão familiar, através dele fazemos uma ideia das vidas desperdiçadas. E nada mais.
Podia ser um filme ousado, acabou sendo mais um para o grande lote de comédias quase inúteis que pouco enriquecem as tarde de Domingo. Nem bom, nem mau, apenas um filme pipoca. Pelo menos tem uma criança que vai proporcionando alguma distracção na história morna. Destaque ainda para a assistente social Janine (Sarah Burns) que no final justifica totalmente a existência da personagem.
Como moral fica a mensagem que todos os pais conhecem. Ter um filho (gerado, comprado ou recebido de herança) acaba com a vida pessoal, complica a profissional, arruina a financeira e destrói todos os planos presentes e futuros, mas é a maior alegria do mundo e torna-se com gosto a maior prioridade.
Título Original: "Life as We Know It" (EUA, 2010) Realização: Greg Berlanti Argumento: Ian Deitchman, Kristin Rusk Robinson Intérpretes: Katherine Heigl, Josh Duhamel, Josh Lucas, Christina Hendricks, Sarah Burns, irmãs Clagett Música: Blake Neely Fotografia: Andrew Dunn Género: Comédia, Drama Duração: 114 min. Sítio Oficial: http://lifeasweknowitmovie.warnerbros.com/ |
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