A Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial ficou mundialmente célebre através da propaganda feita em séries como "Allo Allo". Ninguém estava muito interessado em que conhecesse a verdade, que os heróis foram comunistas revoltados, que derramaram sangue desnecessário, que a França foi cúmplice ou responsável por mais mortes do que os invasores.
Esta é a história de um dos seus heróis. O poeta arménio Missak Manouchian que tinha sobrevivido à guerra genocida no seu país. Em França é preso por ser um pensador com contactos e tem de assinar uma declaração em como não é comunista para ser libertado. Por insistência da mulher ele assina e sai, mas pretende esquecer tudo e viver em paz. Só que até o seu ideal anti-violência cai por terra ao ver o que acontece quando os homens bons não fazem nada. Primeiro vai apenas juntar jovens descontentes e descoordenados numa resistência organizada com base nos princípios do xadrez, mas depressa toma parte activa nos golpes. O seu bando pratica atentados bombistas, tiros à queima-roupa, tudo o que ajude a limpar a França dos alemães.
É de saudar uma produção francesa que desmascara mitos e apresenta a verdade ao mundo. Robert Guédiguian podia pretender homenagear o seu compatriota Manouchian na pele de Simon Abkarian, outro arménio, mas reuniu um grande elenco francófono, encabeçado por uma irreconhecível Virginie Ledoyen e composto por um lote talentoso de jovens e veteranos. Este punhado de heróis nasceu por força das circunstâncias e nenhum deles o fez pela fama, mas apenas porque não suportava viver assim. Tem mais de duas horas para se fazer entender e os constantes saltos na narrativa adiam esse momento ao máximo. A resistência vai ser mostrada como um todo antes que o espectador consiga formar opinião. A violência pode por vezes ser excessiva, tem umas cenas poderosas de tortura, mas a mensagem passa. Como o exemplo de irresponsabilidade daquele que quer passar despercebido na multidão com um arma e ser capa de jornal pelos feitos na piscina, ou o que carrega uma bomba num livro icónico do comunismo. Foi uma questão de sorte que manteve o grupo vivo tanto tempo.
"L'Armée du Crime" fica abaixo de muitos filmes do género, mas não é um título dispensável. É eficaz a mostrar que em tempo de guerra ambos os lados cometem atrocidades e, pelo menos para os espectadores franceses, as consequências desses actos permanecerão.
Esta é a história de um dos seus heróis. O poeta arménio Missak Manouchian que tinha sobrevivido à guerra genocida no seu país. Em França é preso por ser um pensador com contactos e tem de assinar uma declaração em como não é comunista para ser libertado. Por insistência da mulher ele assina e sai, mas pretende esquecer tudo e viver em paz. Só que até o seu ideal anti-violência cai por terra ao ver o que acontece quando os homens bons não fazem nada. Primeiro vai apenas juntar jovens descontentes e descoordenados numa resistência organizada com base nos princípios do xadrez, mas depressa toma parte activa nos golpes. O seu bando pratica atentados bombistas, tiros à queima-roupa, tudo o que ajude a limpar a França dos alemães.
É de saudar uma produção francesa que desmascara mitos e apresenta a verdade ao mundo. Robert Guédiguian podia pretender homenagear o seu compatriota Manouchian na pele de Simon Abkarian, outro arménio, mas reuniu um grande elenco francófono, encabeçado por uma irreconhecível Virginie Ledoyen e composto por um lote talentoso de jovens e veteranos. Este punhado de heróis nasceu por força das circunstâncias e nenhum deles o fez pela fama, mas apenas porque não suportava viver assim. Tem mais de duas horas para se fazer entender e os constantes saltos na narrativa adiam esse momento ao máximo. A resistência vai ser mostrada como um todo antes que o espectador consiga formar opinião. A violência pode por vezes ser excessiva, tem umas cenas poderosas de tortura, mas a mensagem passa. Como o exemplo de irresponsabilidade daquele que quer passar despercebido na multidão com um arma e ser capa de jornal pelos feitos na piscina, ou o que carrega uma bomba num livro icónico do comunismo. Foi uma questão de sorte que manteve o grupo vivo tanto tempo.
"L'Armée du Crime" fica abaixo de muitos filmes do género, mas não é um título dispensável. É eficaz a mostrar que em tempo de guerra ambos os lados cometem atrocidades e, pelo menos para os espectadores franceses, as consequências desses actos permanecerão.
Título Original: "L'Armée du Crime" (França, 2009) Realização: Robert Guédiguian Argumento: Serge Le Péron, Gilles Taurand Intérpretes: Simon Abkarian, Virginie Ledoyen, Robinson Stévenin, Grégoire Leprince-Ringuet, Lola Naymark, Yann Trégouët, Jean-Pierre Darroussin Música: Alexandre Desplat Fotografia: Pierre Milon Género: Drama, Guerra, História Duração: 139 min. Sítio Oficial: http://www.larmeeducrime-lefilm.com/ |
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