1 de dezembro de 2010

Para o infinito, e mais além!


You wanna hear something really nutty? I heard of a couple guys who wanna build something called an "airplane," you know you get people to go in, and fly around like birds, it's ridiculous, right? And what about breaking the sound barrier, or rockets to the moon, or atomic energy, or a mission to Mars? Science fiction, right? Look, all I'm asking, is for you to just have the tiniest bit of vision. You know, to just sit back for one minute and look at the big picture. To take a chance on something that just might end up being the most profoundly impactful moment for humanity, for the history... of history.

Jodie Foster como Ellie Arroway em "Contact" de Robert Zemeckis

Ao longo de toda a sua existência, a Humanidade perguntou-se o que seria a Lua. Quando souberam quiseram saber o que lá estava.

O cinema sempre considerou a Lua, como o ponto de chegada para qualquer espécie que nos viesse visitar. Suficientemente próxima para nos vigiar, suficientemente afastada, para estarem protegidos, um mínimo de gravidade para manter tudo no lugar, mas permitir uma fuga rápida.
Lembrem-se de "2001: A Space Odyssey"...

... ou do blockbuster "Transformers 3: Dark of the Moon" que está em rodagem.

Desde os canhões de Jules Verne que se tenta perceber o que está no lado negro da Lua, mas há quem tente ver mais longe, quem olhe para outras luas. A NASA amanhã dará uma conferência que promete mudar a era em que vivemos. Enquanto todos estarão a discutir quem ficará com o Mundial de Futebol, eles dirão algo do género "encontramos vida" ou "decidimos qual o primeiro planeta a colonizar".

Os oradores serão Mary Voytek, directora do programa astrobiológico, Pamela Conrad, Geobióloga e estudiosa da possibilidade de vida em Marte, Felisa Wolfe-Simon, oceanógrafa especializada em fotossíntese, Steven Benner, biológo dedicado à lua Titã de Saturno e James Elser, ecologista que estuda a génese da vida. Podem simplesmente anunciar resultados da expedição Cassini-Huygens ou, juntando estas pistas, poderão eles estar prestes a revelar que descobriram bactérias capazes de gerar oxigénio em Marte ou Titã? Isso significa que vamos para lá? E será esse o nosso futuro ou o nosso fim?

Marte está aqui ao lado, tem temperatura levemente negativa, a pressão um pouco inferior à da Terra, metade da força gravítica, o dia tem uma duração aproximada de 24 horas, mas o ano tem 686 dias. É conhecido por ser coberto de ferrugem e pelas descobertas recentes de água congelada.
Titã tem uma temperatura de -179ºC, uma gravidade que é um sétimo da nossa (a da Lua é um sexto), o "dia" de lá dura 15 dos nossos. A composição é muito densa e a atmosfera rica em azoto e metano é semelhante com a da Terra primitiva. A pressão atmosférica é 50% superior à nossa. Não lhe chamaria lar aconchegante, mas para umas férias...

Como a expedição Cassini-Huygens teve a sua razão de existir num estudo de Carl Sagan, e como foi ele o autor do melhor filme sobre os limites da exploração espacial, deixo-vos o convite para (re)verem "Contact". O início está aqui, ver as duas horas e meia que criaram a actual e as próximas gerações de astrónomos e astronautas depende de cada um.

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