Original publicado no Klowns Assesinos.
E continuamos com a história... É excitante ver (e os seguidores fiéis da saga compreenderão) como a trama inicial de Saw vai aparecendo em cada uma das entregas da franquia, para nos fornecer novas informações acerca das personagens e das suas intenções. Este sétimo capítulo, ao que parece o último da série, não é excepção e nele disfrutaremos de novas personagens que trarão mais dados à retorcida história, suculentas revelações que irão surpreender e, o que não podia faltar no espírito da saga, cenários brutais com armadilhas sofisticadas criadas por uma mente perversa que nos mostrarão uma perturbada mistura de sofrimento e satisfação, com assassinatos visuais que por vezes superam o que foi feito até ao momento. Corpos mutilados, rasgados, triturados, desfigurados e queimados compõem a parte mais gore e emocionante da fita.
Mas, como em todos os capítulos, "Saw VII" também oferece outro dos elementos que tornaram a saga grande, a acertada e medida continuação da história que, à margem das sangrentas malfeitorias de Jigsaw e seus pupilos, foi crescendo como uma teia de aranha em cada filme, recuperando personagens que estavam esquecidas e acrescentando outras que usa para tecer a grandeza de uma trama que se vai construindo, sobrepondo importantes revelações, os necessários flashbacks para compreender e acompanhar as personagens, e maléficos planos confeccionados por diferentes mentes. Tudo isto leva a darmo-nos conta de que tudo o que foi visto nas primeiras entregas era apenas a ponta de um iceberg de sangrentas intenções.
Kevin Greutert na realização e a dupla Marcus Dunstan e patrick Melton como argumentistas, continuam perfeitamente a polémica em Espanha de "Saw VI" que eles próprios construíram (fita classificada como "X" pelo Ministério da Cultura atrasando num ano a sua estreia nas salas comerciais espanholas) fazendo novamente evidente a boa coordenação com que a saga contava, porque apesar de contar com sete entregas e mudanças de argumentistas e realizadores, não cai num despropósito de intenções soltas, mantendo a todo o momento o interesse anual dos seus seguidores. Desde o primeiro filme de James Wan, pasando pelas três sequelas dirigidas por Darren Lynn Bousman, até às últimas de Greutert, a franquia foi sendo enriquecida tornando-se uma das sagas mais rentáveis e interessantes da história do cinema de terror.
Outro dos pontos interessantes da saga, que foi crescendo nos diferentes filmes, é a elevada intensidade, que "Saw VII" conduz a alta velocidade sem concessões nem descanso, tendo como resultado uma divertida metragem onde não há lugar para o aborrecimento e inclusivamente consegue que a duração do filme pareça curta. E como não podia deixar de ser, a já típica banda sonora do filme volta a acompanhar os momentos de maior tensão, uma composição que por si só já dá nervos.
Concluindo, podemos dizer que "Saw VII" é outra das peças necessárias para completar o macabro puzzle idealizado por Jigsaw, sendo uma parte importante de uma saga que não deixa de nos surpreender e um complemento fundamental aos sucessos vistos anteriormente que, como sempre, conta com a atracção visual das perversas torturas físicas e psicológicas com final feliz para o espectador. Uma saga que graças a Tobin Bell, Costas Mandylor, Betsy Russell, Cary Elwes, Shawnee Smith e Donnie Wahlberg entre outros, e ao trabalho de diferentes argumentistas, editores e realizadores, foi uma intensa e interessante proposta anual, esperada por milhões de seguidores que não ficarão decepcionados.
Título Original: "Saw 3D" (Canadá, EUA, 2010) Realização: Kevin Greutert Argumento: Marcus Dunstan e Patrick Melton Intérpretes: Tobin Bell, Cary Elwes, Costas Mandylor, Betsy Russell, Sean Patrick Flanery Música: Charlie Clouser Fotografia: Brian Gedge Género: Crime, Mistério, Terror, Thriller Duração: 90 min. Sítio Oficial: http://saw3dmovie.com/ |
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