Z: I think everything must go back to the fact that I had a very anxious childhood. My mother never had time for me. You know, when you're - when you're the middle child in a family of five million, you don't get any attention.
Z é uma formiga obreira num formigueiro. Ele não se sente bem integrado na sociedade e além de ter várias consultas no psicólogo, tenta perceber porque a colega de trabalho Azteca e o amigo militar Weaver se sentem tão bem com um regime totalitário. Será ele que é diferente ou os outros cinco milhões de formigas estão errados? Quando um acaso do destino o torna uma figura lendária, será a inspiração para a colónia, mas nessa altura Z partiu em busca da sua felicidade individual.
Estamos na fase Dreamworks, a que por muitos é considerada a pior de Allen. No entanto aqui temos um caso único na carreira do actor/argumentista/realizador: as animações e os filmes adequados para crianças. Foi também o filme que lançou demasiadas expectativas demasiado cedo sobre os estúdios de animação Dreamworks. Porque está história de formiguinhas foi feita com muitos pés e cabeça e conseguiu uma coisa rara: a única coisa que deixou de ser actual no filme foi um par de torres. A Dreamworks demorará a conseguir voltar a este nível.
As personagens foram moldadas com base no estilo de papéis que os actores fizeram. Allen é o neurótico, Stallone é o musculoso com coração mole, Jennifer Lopez uma formiga descontraída e independente, Hackman um general implacável e insensível, Walken um mercenário eficaz e impiedoso, Danny Glover um veterano bem-disposto e Sharon Stone a sensual e irreverente princesa. Para os espectadores adultos as vozes encaixam nas personagens, para as crianças são apenas formigas. Um dos problemas do filme é precisamente esse. Na tradição Disney há sempre muitos animais peludos e coloridos. Aqui só temos formigas em tons de castanho, castanho-terra ou castanho-lama. Quanto a pêlos há umas lagartas de vez em quando. Por isso é que o filme se focou num público mais adulto, recriando cenas de combate de “Saving Private Ryan”, “Starship Troopers” e “Patton”, o discurso de “Dune” e a dança de “Pulp Fiction”.
Também a mensagem política é mais vocacionada para os adultos. O grupo é mais feliz se não houver individualismos. O indivíduo pensa que é mais feliz se não fizer parte do grupo. O indivíduo e o grupo têm de se adaptar para viver juntos pois nem a formiga consegue viver sem o colectivo, nem existe um colectivo sem formigas. A comparação do formigueiro com uma sociedade Orwelliana é cruel, mas é essa postura contra o fácil e o desejado que vai marcar a diferença e tornar este filme de insectos num clássico.
Para Allen foi uma semana de trabalho. Para o Cinema é um filme que perdurará.
Z é uma formiga obreira num formigueiro. Ele não se sente bem integrado na sociedade e além de ter várias consultas no psicólogo, tenta perceber porque a colega de trabalho Azteca e o amigo militar Weaver se sentem tão bem com um regime totalitário. Será ele que é diferente ou os outros cinco milhões de formigas estão errados? Quando um acaso do destino o torna uma figura lendária, será a inspiração para a colónia, mas nessa altura Z partiu em busca da sua felicidade individual.
Estamos na fase Dreamworks, a que por muitos é considerada a pior de Allen. No entanto aqui temos um caso único na carreira do actor/argumentista/realizador: as animações e os filmes adequados para crianças. Foi também o filme que lançou demasiadas expectativas demasiado cedo sobre os estúdios de animação Dreamworks. Porque está história de formiguinhas foi feita com muitos pés e cabeça e conseguiu uma coisa rara: a única coisa que deixou de ser actual no filme foi um par de torres. A Dreamworks demorará a conseguir voltar a este nível.
As personagens foram moldadas com base no estilo de papéis que os actores fizeram. Allen é o neurótico, Stallone é o musculoso com coração mole, Jennifer Lopez uma formiga descontraída e independente, Hackman um general implacável e insensível, Walken um mercenário eficaz e impiedoso, Danny Glover um veterano bem-disposto e Sharon Stone a sensual e irreverente princesa. Para os espectadores adultos as vozes encaixam nas personagens, para as crianças são apenas formigas. Um dos problemas do filme é precisamente esse. Na tradição Disney há sempre muitos animais peludos e coloridos. Aqui só temos formigas em tons de castanho, castanho-terra ou castanho-lama. Quanto a pêlos há umas lagartas de vez em quando. Por isso é que o filme se focou num público mais adulto, recriando cenas de combate de “Saving Private Ryan”, “Starship Troopers” e “Patton”, o discurso de “Dune” e a dança de “Pulp Fiction”.
Também a mensagem política é mais vocacionada para os adultos. O grupo é mais feliz se não houver individualismos. O indivíduo pensa que é mais feliz se não fizer parte do grupo. O indivíduo e o grupo têm de se adaptar para viver juntos pois nem a formiga consegue viver sem o colectivo, nem existe um colectivo sem formigas. A comparação do formigueiro com uma sociedade Orwelliana é cruel, mas é essa postura contra o fácil e o desejado que vai marcar a diferença e tornar este filme de insectos num clássico.
Para Allen foi uma semana de trabalho. Para o Cinema é um filme que perdurará.
Título Original: "AntZ" (EUA, 1998) Realização: Eric Darnell, Tim Johnson Argumento: Todd Alcott, Chris Weitz, Paul Weitz (coordenação Catherine Dingman) Intérpretes: Woody Allen, Sharon Stone, Sylverster Stallone, Jennifer Lopez, Christopher Walken, Gene Hackman, Dan Aykroyd, Danny Glover, Anne Bancroft Música: Harry Gregson-Williams, John Powell Género: Animação, Aventura, Comédia, Família Duração: 83 min. |
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