Quando título e sinopse não chegam
Um problema de se ir a um mercado de filmes é que quando se tem 40 salas a debitar filmes em contínuo não há tempo para pensar no que se quer ver. Faz-se um plano inicial e tenta-se não fugir muito a isso ao longo do dia. Ou seja, marca-se uns sete ou oito, assiste-se a cinco desses e uns cinco por sugestão de alguém que se encontrou ou apenas por proximidade da sala. Se sobrar tempo procura-se no programa algo com um título sonante e vai-se espreitar.
Tenho de confessar que o título de sonoridade infantil “Detective Dee and the Mystery of the Phantom Flame” não era muito apelativo e foi quase por sorte que vi este elemento da selecção de Veneza.
Podem ser feitos muitos filmes assim todos os anos em Hong Kong, mas a quantidade que chega ao ocidente é muito reduzida pelo que esses poucos parecem únicos. De todos os blockbusters asiáticos em Cannes este era o mais interessante.
No século VII uma mulher está prestes a ser coroada Imperadora da China após anos como regente. O gigantesco Buda que constrói junto ao palácio será o monumento imtemporal do seu reinado, mas durante a apresentação do mesmo a um embaixador espanhol, um homem simplesmente entra em combustão. Os detectives oficiais entram em acção e um deles também arde. Os homens ao serviço da coroa preocupados com uma possível maldição ou um assassino indetectável não conseguem resultados e por isso a governante manda desencarcerar o Detective Dee, seu feroz opositor, mas também o melhor detective que existiu. Dee, uma assistente da regente e um detective da corte vão-se embrenhar numa aventura contra assassinos, fantasmas, maldições, e demónios interiores.
Como seria de esperar tem muitas artes marciais, mas o ponto de destaque é que se baseia numa personagem real desse período. A China tem enorme respeito por ele e as adaptações são frequentes, contudo nunca chegaram a esta dimensão. Aqui temos um épico de duas horas onde apenas daria dois destaques negativos. A história é muito previsível (apesar de ter um desfecho inesperado) e nos efeitos visuais os barcos eram demasiado obviamente feitos por computador. Os outros efeitos visuais, os sonoros, a fotografia, as coreografias e demais acessórios da história são fabulosos. Nos efeitos especiais nota-se que se esforçaram por fazer algo bom sem complicar e sem desperdiçar dinheiro, optando quando possível por algo simples e igualmente espectacular que estúdios de Hollywood não fariam. Tem ainda muito sentido de humor e um protagonista íntegro e cheio de moral. Dá para uns momentos bem passados.
Um problema de se ir a um mercado de filmes é que quando se tem 40 salas a debitar filmes em contínuo não há tempo para pensar no que se quer ver. Faz-se um plano inicial e tenta-se não fugir muito a isso ao longo do dia. Ou seja, marca-se uns sete ou oito, assiste-se a cinco desses e uns cinco por sugestão de alguém que se encontrou ou apenas por proximidade da sala. Se sobrar tempo procura-se no programa algo com um título sonante e vai-se espreitar.
Tenho de confessar que o título de sonoridade infantil “Detective Dee and the Mystery of the Phantom Flame” não era muito apelativo e foi quase por sorte que vi este elemento da selecção de Veneza.
Podem ser feitos muitos filmes assim todos os anos em Hong Kong, mas a quantidade que chega ao ocidente é muito reduzida pelo que esses poucos parecem únicos. De todos os blockbusters asiáticos em Cannes este era o mais interessante.
No século VII uma mulher está prestes a ser coroada Imperadora da China após anos como regente. O gigantesco Buda que constrói junto ao palácio será o monumento imtemporal do seu reinado, mas durante a apresentação do mesmo a um embaixador espanhol, um homem simplesmente entra em combustão. Os detectives oficiais entram em acção e um deles também arde. Os homens ao serviço da coroa preocupados com uma possível maldição ou um assassino indetectável não conseguem resultados e por isso a governante manda desencarcerar o Detective Dee, seu feroz opositor, mas também o melhor detective que existiu. Dee, uma assistente da regente e um detective da corte vão-se embrenhar numa aventura contra assassinos, fantasmas, maldições, e demónios interiores.
Como seria de esperar tem muitas artes marciais, mas o ponto de destaque é que se baseia numa personagem real desse período. A China tem enorme respeito por ele e as adaptações são frequentes, contudo nunca chegaram a esta dimensão. Aqui temos um épico de duas horas onde apenas daria dois destaques negativos. A história é muito previsível (apesar de ter um desfecho inesperado) e nos efeitos visuais os barcos eram demasiado obviamente feitos por computador. Os outros efeitos visuais, os sonoros, a fotografia, as coreografias e demais acessórios da história são fabulosos. Nos efeitos especiais nota-se que se esforçaram por fazer algo bom sem complicar e sem desperdiçar dinheiro, optando quando possível por algo simples e igualmente espectacular que estúdios de Hollywood não fariam. Tem ainda muito sentido de humor e um protagonista íntegro e cheio de moral. Dá para uns momentos bem passados.
Título Original: "Di Renjie" (China, Hong Kong, 2010) Realização: Hark Tsui Argumento: Kuo-fu Chen, Jialu Zhang, Lin Qianyu Intérpretes: Andy Lau, Bingbing Li, Chao Deng, Carina Lau Música: Peter Kam Fotografia: Chi Ying Chan, Chor Keung Chan Género: Acção, Crime, Thriller Duração: 118 min. |
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