Logo depois de “Deconstructing Harry”, o mundo do cinema volta a ser o tema. Agora a personagem que seria Allen é interpretada por Branagh e, para justificar o título, as celebridades são mais que muitas como Leonardo Di Caprio, Judy Davis, J. K. Simmons, Melanie Griffith, Winona Ryder, Sam Rockwell, Famke Janssen, Charlize Theron, Gretchen Mol, Debra Messing, Joe Mantegna, Hanz Azaria, Donald Trump e Aleksa Palladino. Alguns deles então não eram conhecidos, mas o poder de antecipação de Allen não é novidade para ninguém.
Lee Simon é um jornalista de celebridades. É uma profissão desgastante em que se convive com as estrelas e elas querem agradar para ficarem bem vistas. A completa antítese do paparazzi. Enquanto fala com actores o escritor fracassado também tenta impingir-lhes um argumento que escreveu. Robin, a ex-mulher dele simplesmente queria fazer uma plástica, mas escolheu mal o dia. Foi ao consultório da moda quando lá estava a televisão e um produtor mete conversa com ela. Enquanto Lee vive num mundo de ilusões e desilusões com as gente do cinema, Robin está encaminhada para ter um amor real com alguém da televisão.
Não é um filme fácil de acompanhar. Enquanto Robin tem um percurso linear, os momentos de Lee funcionam como capítulos quase isolados. Ele tenta equilibrar uma relação estável, casos fortuitos com celebridades e uma paixão impossível. Vai-se perder no meio de tantas mulheres, qualquer uma delas bem capaz de levar um homem à loucura por si só (Melanie Griffith, Charlize Theron, Famke Janssen, Winona Ryder, é só escolher). Vai perder dinheiro com o jovem actor (DiCaprio) que nunca tem tempo para ele. É assim a vida entre as celebridades, uma constante correria, muita emoção, muitos contactos, poucos resultados e, no fim, um enorme vazio.
Há uma mensagem clara a ser passada aqui. O mundo da fama é um deslumbramento, mas quem não nasceu para ele, não se deve aventurar no Inferno, especialmente se tenciona olhar para trás. Porque é um estatuto que pressiona os aventureiros até os destruir e cairem no esquecimento a que sempre estiveram destinados. Pode-se aplicar a diversas castas da sociedade, mas a das celebridades, por ter aquela aura mística de um Olimpo a que alguns comuns mortais conseguem chegar, é das mais adequadas. E assim Allen fala do que sabe, ele que viu muitos dos seus contactos seguirem ou o caminho da felicidade ou o da miséria.
Há muitas grandes cenas que serão lembradas. O filme no seu todo é que não tem tido nem terá a mesma sorte, precisamente por ter sido criado como uma compilação de grandes momentos - memórias? - e não como uma história contínua. Destacaria toda a participação de Theron como de sonho. Não só a menina é muito agradável à vista como toda a personagem foi moldada de forma a emanar uma sensualidade sem precedentes. É tudo o que se fantasia de um celebridade e muito mais. Destacaria ainda o final de Lee, doloroso qb. para quem se considere escritor.
Lee Simon é um jornalista de celebridades. É uma profissão desgastante em que se convive com as estrelas e elas querem agradar para ficarem bem vistas. A completa antítese do paparazzi. Enquanto fala com actores o escritor fracassado também tenta impingir-lhes um argumento que escreveu. Robin, a ex-mulher dele simplesmente queria fazer uma plástica, mas escolheu mal o dia. Foi ao consultório da moda quando lá estava a televisão e um produtor mete conversa com ela. Enquanto Lee vive num mundo de ilusões e desilusões com as gente do cinema, Robin está encaminhada para ter um amor real com alguém da televisão.
Não é um filme fácil de acompanhar. Enquanto Robin tem um percurso linear, os momentos de Lee funcionam como capítulos quase isolados. Ele tenta equilibrar uma relação estável, casos fortuitos com celebridades e uma paixão impossível. Vai-se perder no meio de tantas mulheres, qualquer uma delas bem capaz de levar um homem à loucura por si só (Melanie Griffith, Charlize Theron, Famke Janssen, Winona Ryder, é só escolher). Vai perder dinheiro com o jovem actor (DiCaprio) que nunca tem tempo para ele. É assim a vida entre as celebridades, uma constante correria, muita emoção, muitos contactos, poucos resultados e, no fim, um enorme vazio.
Há uma mensagem clara a ser passada aqui. O mundo da fama é um deslumbramento, mas quem não nasceu para ele, não se deve aventurar no Inferno, especialmente se tenciona olhar para trás. Porque é um estatuto que pressiona os aventureiros até os destruir e cairem no esquecimento a que sempre estiveram destinados. Pode-se aplicar a diversas castas da sociedade, mas a das celebridades, por ter aquela aura mística de um Olimpo a que alguns comuns mortais conseguem chegar, é das mais adequadas. E assim Allen fala do que sabe, ele que viu muitos dos seus contactos seguirem ou o caminho da felicidade ou o da miséria.
Há muitas grandes cenas que serão lembradas. O filme no seu todo é que não tem tido nem terá a mesma sorte, precisamente por ter sido criado como uma compilação de grandes momentos - memórias? - e não como uma história contínua. Destacaria toda a participação de Theron como de sonho. Não só a menina é muito agradável à vista como toda a personagem foi moldada de forma a emanar uma sensualidade sem precedentes. É tudo o que se fantasia de um celebridade e muito mais. Destacaria ainda o final de Lee, doloroso qb. para quem se considere escritor.
Título Original: "Celebrity" (EUA, 1998) Realização: Woody Allen Argumento: Woody Allen Intérpretes: Kenneth Branagh, Judy Davis, Melanie Griffith, Charlize Theron, Joe Mantegna, Leonardo Di Caprio, Famke Janssen, Winona Ryder Fotografia: Sven Nykvist Género: Comédia, Drama Duração: 113 min. |
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