Demónio: It's like Vegas. You're up, you're down, but in the end the house always wins. Doesn't mean you didn't have fun.
Quando um qualquer argumentista sofre de bloqueio de escritor tem de parar por muito frustante que seja. Isso é aborrecido, especialmente se há prazos a cumprir como no caso de Allen que faz um por ano religiosamente. Quando Allen sobre de bloqueio de escritor sabe que a personagem será ele mesmo e se chamará Block, Harry Block. Quanto ao tema, se estando inspirado era baseado na própria existência, estando sem nenhuma inspiração será totalmente dedicado a isso.
Harry é um escritor de sucesso que se inspirou nas personagens da sua vida para escrever. Quando vai ser homenageado pela escola que o expulsou, começa a recordar toda a vida, as relações que criou, as mulheres que perdeu e as personagens a quem deu vida. Essa viagem não será ao estilo de “Morangos Silvestres” porque escolhe uma companhia muito mais invulgar e, enquanto não chegam ao destino, Harry vai alucinar e falar com as personagens que criou, inspiradas nos seus conhecidos.
Para não me tornar repetitivo de filme para filme não vou repetir que é dos melhores elencos de sempre. Basta dizer que regressam mulheres fortes como Julie Kavner, Judy Davis e Mariel Hemingway, acrescenta Kirstie Alley, Elisabeth Shue, Julia Louis-Dreyfus e Demi Moore. Nos homens tem Stanley Tucci, Tobey Maguire e os deuses da comédia Robin Williams e Billy Crystal. Para comparação Paul Giamatti tem uma mera cena e a então desconhecida Jennifer Garner estreia-se em cinema como figurante. O diálogo entre Allen e Crystal é das coisas mais ordinárias, machistas, preconceituosas e brilhantes de sempre.
É raro um filme que explica tão bem o que é o cinema desde a criação do argumento até ao foco da câmara. E é também uma viagem pela vida e pela memórias, sobre os erros cometidos e os ainda por cometer (que vão ser muitos). Mas isto não é um filme sobre cinema. É um drama sobre envelhecer e sobre compreender a vida. Harry tem um problema com a sociedade. Aparentemente isto não funciona como ele desejaria e por isso é que prefere viver na sua ficção, onde seria a autoridade máxima - I'm a guy who can't function well in life but can in art - mas mesmo aí se depara com versões dos seus amigos que o criticam. Aqui Allen admite as suas falhas perante as personagens que criou no passado e os espectadores de sempre. Volta a ser ousado e artístico com um filme que tem tudo para ser ou amado ou odiado.
Quando um qualquer argumentista sofre de bloqueio de escritor tem de parar por muito frustante que seja. Isso é aborrecido, especialmente se há prazos a cumprir como no caso de Allen que faz um por ano religiosamente. Quando Allen sobre de bloqueio de escritor sabe que a personagem será ele mesmo e se chamará Block, Harry Block. Quanto ao tema, se estando inspirado era baseado na própria existência, estando sem nenhuma inspiração será totalmente dedicado a isso.
Harry é um escritor de sucesso que se inspirou nas personagens da sua vida para escrever. Quando vai ser homenageado pela escola que o expulsou, começa a recordar toda a vida, as relações que criou, as mulheres que perdeu e as personagens a quem deu vida. Essa viagem não será ao estilo de “Morangos Silvestres” porque escolhe uma companhia muito mais invulgar e, enquanto não chegam ao destino, Harry vai alucinar e falar com as personagens que criou, inspiradas nos seus conhecidos.
Para não me tornar repetitivo de filme para filme não vou repetir que é dos melhores elencos de sempre. Basta dizer que regressam mulheres fortes como Julie Kavner, Judy Davis e Mariel Hemingway, acrescenta Kirstie Alley, Elisabeth Shue, Julia Louis-Dreyfus e Demi Moore. Nos homens tem Stanley Tucci, Tobey Maguire e os deuses da comédia Robin Williams e Billy Crystal. Para comparação Paul Giamatti tem uma mera cena e a então desconhecida Jennifer Garner estreia-se em cinema como figurante. O diálogo entre Allen e Crystal é das coisas mais ordinárias, machistas, preconceituosas e brilhantes de sempre.
É raro um filme que explica tão bem o que é o cinema desde a criação do argumento até ao foco da câmara. E é também uma viagem pela vida e pela memórias, sobre os erros cometidos e os ainda por cometer (que vão ser muitos). Mas isto não é um filme sobre cinema. É um drama sobre envelhecer e sobre compreender a vida. Harry tem um problema com a sociedade. Aparentemente isto não funciona como ele desejaria e por isso é que prefere viver na sua ficção, onde seria a autoridade máxima - I'm a guy who can't function well in life but can in art - mas mesmo aí se depara com versões dos seus amigos que o criticam. Aqui Allen admite as suas falhas perante as personagens que criou no passado e os espectadores de sempre. Volta a ser ousado e artístico com um filme que tem tudo para ser ou amado ou odiado.
Título Original: "Deconstructing Harry" (EUA, 1997) Realização: Woody Allen Argumento: Woody Allen Intérpretes: Woody Allen, Elisabeth Shue, Kirstie Alley, Billy Crystal, Judy Davis, Demi Moore, Robin Williams, Mariel Hemingway, Julie Kavner, Julia Louis-Dreyfus, Stanley Tucci, Tobey Maguire, Paul Giamatti Fotografia: Carlo Di Palma Género: Comédia, Drama, Fantasia, Romance Duração: 96 min. |
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