Começa agora o especial sobre o Festival Internacional de Cinema Fantástico de Neuchâtel. Ao longo destas duas semanas falaremos diariamente de algum dos filmes que serão exibidos. Mas primeiro, como é aquilo? António Reis que visitou o festival há cinco anos recomenda.
Na mais portuguesa das cidades suíças e onde a figura tutelar da estátua de Piaget domina do adro do castelo toda a cidade, nasceu e cresceu até à dimensão de um dos grandes do fantástico o NIFFF . Neuchâtel International Fantastic Film Festival. Dirigido por Anaïs Emery na sua vertente de programação, o NIFFF combina as mais recentes novidades do fantástico, muitas delas acabadas de seleccionar em Cannes, com uma paixão por um cinema do terror menos convencional. Nas margens do lago Neuchâtel e com a paisagem bucólica do mais cliché que pudéssemos encontrar da tradição suíça - Alpes, pastagens e vacas - conta com um público jovem e entusiasta que anima não apenas as sessões, mas também uma sui generis feira popular, cinéfila e gastronómica, plantada bem no coração da cidade.
Se pelo festival Neuchâtel merece uma visita, a cidade tem outros encantos que convém não desperdiçar: uma aprazível alameda campestre onde decorreu uma das exposições europeias, um museu que alberga uma apreciável colecção de bordados e maquinaria industrial, mas sobretudo um boneco mecânico do século XVII que com uma engenhosa maquinaria é programável para escrever palavras. Recomenda-se um passeio de teleférico até ao castelo com uma vista soberba sobre todo o lago onde é possível desfrutar de memoráveis passeios de barco. Só a gastronomia é que não se recomenda, mas felizmente há uma casa portuguesa no centro onde é possível encontrar a tradição autêntica. Dos enchidos aos vinhos, das conservas à Super Bock. Viva o NIFFF nos seus onze anos.
António Reis
0 comentários:
Enviar um comentário