Este não é culpa de Allen, apenas tem o azar de ser actor. Quem o escolheu para encarnar um assassino tem criatividade, será comprovada no restante elenco, mas também conseguiu deixar o filme numa rota de suicídio.
Tex Cowley é um talhante texano que se acha ilusionista e por isso corta a mulher a meio. Em sete partes para ser específico. Ao enterrá-la no distante Novo México pensa que está livre do problema, mas um dos muitos amantes dela, um ranger, não desiste de a procurar. Enquanto isso a única peça perdida do cadáver - uma mão a fazer um gesto obsceno - é encarada pela população local como uma relíquia da Virgem capaz de curar todos os males. A controlar o movimento há um padre sem vocação, um presidente sem escrúpulos e muita gente sem juízo.
Ao início o filme prometia. Começa com um bom ritmo e é minimamente curioso para se ver. Ao fim de meia hora a linha entre a comédia e a palhaçada sem graça é ténue e ao fim da primeira hora só se espera que acabe. Um filme que daria uma boa curta foi crescendo, enrolando, e acabou não sendo nada. Tem um elenco muito razoável que inclui Woody Allen, David Schwimmer, Kiefer Sutherland, Maria Grazia Cucinotta, Fran Drescher, Elliot Gould, Joseph Gordon-Levitt, Cheech Marin e Sharon Stone. A maioria dos papéis cristãos foram entregues a judeus e essa ironia do casting é inteligente se bem que a piada se esgota em minutos.
O argumento até poderia ser melhor com um pouco de trabalho. A ideia de um objecto sagrado ser obsceno e de uma virgem ser promiscua são boas contradições. O cão é uma personagem quase ridícula que cumpre exageradamente o papel cómico. E finalmente há a velha questão do padre que não serve de exemplo e a circulação de dinheiros sujos. Tem um grau de interesse mínimo, mas que não chega para o filme todo. Quanto aos actores esforçaram-se em serem maus, é a única coisa que explica tamanho atentado. Finalmente quanto à realização o latino Alfonso Arau consegue criar o ambiente mexicano/americano adequado. Pouco mais de positivo há a dizer e a edição de som é como se não existisse. É um daqueles casos em que o filme não tem razão de existir e não se percebe como estreou em cinema em tantos sítios. Até os prémios ALMA - do cinema latino nos EUA - o nomearam como telefilme num esforço para que não chegasse aos cinemas...
Tex Cowley é um talhante texano que se acha ilusionista e por isso corta a mulher a meio. Em sete partes para ser específico. Ao enterrá-la no distante Novo México pensa que está livre do problema, mas um dos muitos amantes dela, um ranger, não desiste de a procurar. Enquanto isso a única peça perdida do cadáver - uma mão a fazer um gesto obsceno - é encarada pela população local como uma relíquia da Virgem capaz de curar todos os males. A controlar o movimento há um padre sem vocação, um presidente sem escrúpulos e muita gente sem juízo.
Ao início o filme prometia. Começa com um bom ritmo e é minimamente curioso para se ver. Ao fim de meia hora a linha entre a comédia e a palhaçada sem graça é ténue e ao fim da primeira hora só se espera que acabe. Um filme que daria uma boa curta foi crescendo, enrolando, e acabou não sendo nada. Tem um elenco muito razoável que inclui Woody Allen, David Schwimmer, Kiefer Sutherland, Maria Grazia Cucinotta, Fran Drescher, Elliot Gould, Joseph Gordon-Levitt, Cheech Marin e Sharon Stone. A maioria dos papéis cristãos foram entregues a judeus e essa ironia do casting é inteligente se bem que a piada se esgota em minutos.
O argumento até poderia ser melhor com um pouco de trabalho. A ideia de um objecto sagrado ser obsceno e de uma virgem ser promiscua são boas contradições. O cão é uma personagem quase ridícula que cumpre exageradamente o papel cómico. E finalmente há a velha questão do padre que não serve de exemplo e a circulação de dinheiros sujos. Tem um grau de interesse mínimo, mas que não chega para o filme todo. Quanto aos actores esforçaram-se em serem maus, é a única coisa que explica tamanho atentado. Finalmente quanto à realização o latino Alfonso Arau consegue criar o ambiente mexicano/americano adequado. Pouco mais de positivo há a dizer e a edição de som é como se não existisse. É um daqueles casos em que o filme não tem razão de existir e não se percebe como estreou em cinema em tantos sítios. Até os prémios ALMA - do cinema latino nos EUA - o nomearam como telefilme num esforço para que não chegasse aos cinemas...
Título Original: "Picking up the Pieces" (EUA, 2000) Realização: Alfonso Arau Argumento: Bill Wilson Intérpretes: David Schwimmer, Woody Allen, Kiefer Sutherland, Maria Grazia Cucinotta, Sharon Stone, Fran Drescher Música: Ruy Folguera Fotografia: Vittorio Storaro Género: Comédia, Fantasia Duração: 95 min. Sítio Oficial: http://www.kushner-locke.com/films/feature/pickinguppieces/pieces.html |
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