A Segunda Guerra Mundial pode ter terminado há décadas, mas o cinema continua a ir lá buscar inspiração. Nesta proposta asiática um grupo de adolescentes com poderes paranormais é a derradeira arma do lado soviético. Um atentado nazi causa a morte de quase todos e Nadya, a única sobrevivente, está perdida e amnésica. Quando um monge a encontra e lhe revela a importância do papel que ela terá de desempenhar, Nadya parte numa viagem ao outro mundo para convocar os amigos mortos a ajudarem-na e à Mãe-Rússia num combate desigual contra os cavaleiros teutónicos que os nazis trouxeram dos mortos.
Um problema da Anime é que tem uma forte presença televisiva e pouco expressão em cinema. Quem não a sabe fazer e se arrisca num filme, pode não conseguir mais do que um episódio longo. Em “First Squad” passa-se quase isso. Do ponto de vista técnico o desenho está irrepreensível. A história não é inovadora e por vezes torna-se até desinteressante. Devido aos enormes combates tem um estatuto de quase épico, mas dificilmente será lembrada.
A narrativa principal é fraca, mas a animação vem intercalada (e valorizada) com alguns depoimentos de supostos especialistas na guerra paranormal. Dessa forma uma mini-série que se despacharia em dois episódios de meia hora acaba por se alongar por mais um quarto de hora. O valor acrescentado vem de com esses “especialistas” ganhar um toque documental e consequentemente uma pseudo-veracidade. Como foi dito na crítica de ontem, quando o fantástico (ontem era específico do terror) se aproxima do mundo real, a mente torna-se mais receptiva.
Esta guerras que se desenrolam clandestinamente, em paralelo com a guerra de superfície que normalmente é a Segunda Mundial, são tema recorrente. Já foram criados em laboratório exércitos de lobisomens, de zombies, o Red Skull e o Capitão América, e muitos outros. Atingiram o pico com Hellboy onde foi mostrado tudo o que podia ser feito. Tudo o que veio depois teve de ser original (“The Man Who Stare at Goats”) para não estar sujeito à comparação.
O mais interessante é o facto de ser uma co-produção Canadá-Japão-Rússia. Este produto inter-cultural tem dinheiro canadiano, uma história russa, animadores japoneses, até um nome português aparece na ficha técnica. Além disso foi o filme que ganhou o primeiro Inspirational Award no Fantasporto e por isso convém manter debaixo de olho.
Um problema da Anime é que tem uma forte presença televisiva e pouco expressão em cinema. Quem não a sabe fazer e se arrisca num filme, pode não conseguir mais do que um episódio longo. Em “First Squad” passa-se quase isso. Do ponto de vista técnico o desenho está irrepreensível. A história não é inovadora e por vezes torna-se até desinteressante. Devido aos enormes combates tem um estatuto de quase épico, mas dificilmente será lembrada.
A narrativa principal é fraca, mas a animação vem intercalada (e valorizada) com alguns depoimentos de supostos especialistas na guerra paranormal. Dessa forma uma mini-série que se despacharia em dois episódios de meia hora acaba por se alongar por mais um quarto de hora. O valor acrescentado vem de com esses “especialistas” ganhar um toque documental e consequentemente uma pseudo-veracidade. Como foi dito na crítica de ontem, quando o fantástico (ontem era específico do terror) se aproxima do mundo real, a mente torna-se mais receptiva.
Esta guerras que se desenrolam clandestinamente, em paralelo com a guerra de superfície que normalmente é a Segunda Mundial, são tema recorrente. Já foram criados em laboratório exércitos de lobisomens, de zombies, o Red Skull e o Capitão América, e muitos outros. Atingiram o pico com Hellboy onde foi mostrado tudo o que podia ser feito. Tudo o que veio depois teve de ser original (“The Man Who Stare at Goats”) para não estar sujeito à comparação.
O mais interessante é o facto de ser uma co-produção Canadá-Japão-Rússia. Este produto inter-cultural tem dinheiro canadiano, uma história russa, animadores japoneses, até um nome português aparece na ficha técnica. Além disso foi o filme que ganhou o primeiro Inspirational Award no Fantasporto e por isso convém manter debaixo de olho.
Título Original: "Fâsuto sukuwaddo" (Canadá, Japão, Rússia, 2009) Realização: Yoshiharu Ashino Argumento: Aljosha Klimov, Misha Shprits Intérpretes (vozes): Elena Chebaturkina, Aleksandr Gruzdev, Sergei Aisman, Rudolf Pankov Música: DJ Krush Fotografia: Sergey Akimov, Aleksandr Aleshnikov, João Da Costa Pinto, Kumiko Sakamoto Género: Animação, Acção, Drama, Fantástico, Guerra, Histórico Duração: 73 min. Sítio Oficial: http://www.first-squad.com/ |
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