Hoje em dia Cronenberg pode ser um realizador de culto cujos filmes todos correrão a ver,mas houve um tempo em que também ele era um desconhecido. O canadiano só se aventurou no cinema depois de concluir os estudos em literatura. Mesmo com muita experiência em TV o clássico gore “Shivers” só se tornou possível com a colaboração de Ivan Reitman, outro jovem acabado de chegar ao estrelato com “Cannibal Girls”.
Cronenberg é famoso pelas cenas de nudez e em “Shivers” a carne já tinha conquistado o seu lugar. Na abertura vemos o que parece uma violação, mas na verdade é uma operação feita por um profissional. Ou o médico é louco ou a mulher teria algum problema que se desconhece. No apartamento abaixo o amante dela e a esposa tomam o pequeno-almoço. Ele está rabugento e esconde algo, um problema de saúde. A mulher marca-lhe uma consulta sem perguntar com o médico da ilha. Esta é a altura para dizer que a acção se desenrola num condomínio fechado, numa ilha particular às portas de Montreal e com todos os luxos. Começam a ser demasiadas coincidências e o médico, ex-aluno do louco que faz a tal intervenção inicial, vai investigar. Vai descobrir uma praga contagiosa que está a infectar toda a gente.
Não é preciso muito para fazer ficção-científica. Basta uma criatura de outro mundo, uma descoberta tecnológica, ou um progresso científico. Em “Shivers” o elemento científico de ficção faz lembrar extra-terrestres, mas as vítimas assemelham-se mais a zombies. Um herói solitário, uma mulher em perigo, um labirinto vertical e um perigo desconhecido chegam para dar tema a qualquer filme. Até porque é neste mundo de nudez muito frequente, algumas criaturas obcecadas em apanhar humanos e muitos infectados com apetite por carne humana, que Cronenberg se move melhor.
Vendo 35 anos depois seria de esperar que causasse alguns desconforto pela forma como o corpo humano é exposto, ou mesmo risos pelos fracos efeitos visuais. Na verdade funciona quase tão bem hoje como dantes. Os “zombies” funcionam como sempre funcionaram. Os efeitos visuais não são uma peça fundamental e por isso podem ser ignorados. O nudismo nos filmes de Cronenberg continua a existir pelo que os fãs não estranharão. É a prova de que para fazer um bom filme basta uma boa história e um realizador competente. Tudo o resto falhará no teste maior que é o do tempo.
Cronenberg é famoso pelas cenas de nudez e em “Shivers” a carne já tinha conquistado o seu lugar. Na abertura vemos o que parece uma violação, mas na verdade é uma operação feita por um profissional. Ou o médico é louco ou a mulher teria algum problema que se desconhece. No apartamento abaixo o amante dela e a esposa tomam o pequeno-almoço. Ele está rabugento e esconde algo, um problema de saúde. A mulher marca-lhe uma consulta sem perguntar com o médico da ilha. Esta é a altura para dizer que a acção se desenrola num condomínio fechado, numa ilha particular às portas de Montreal e com todos os luxos. Começam a ser demasiadas coincidências e o médico, ex-aluno do louco que faz a tal intervenção inicial, vai investigar. Vai descobrir uma praga contagiosa que está a infectar toda a gente.
Não é preciso muito para fazer ficção-científica. Basta uma criatura de outro mundo, uma descoberta tecnológica, ou um progresso científico. Em “Shivers” o elemento científico de ficção faz lembrar extra-terrestres, mas as vítimas assemelham-se mais a zombies. Um herói solitário, uma mulher em perigo, um labirinto vertical e um perigo desconhecido chegam para dar tema a qualquer filme. Até porque é neste mundo de nudez muito frequente, algumas criaturas obcecadas em apanhar humanos e muitos infectados com apetite por carne humana, que Cronenberg se move melhor.
Vendo 35 anos depois seria de esperar que causasse alguns desconforto pela forma como o corpo humano é exposto, ou mesmo risos pelos fracos efeitos visuais. Na verdade funciona quase tão bem hoje como dantes. Os “zombies” funcionam como sempre funcionaram. Os efeitos visuais não são uma peça fundamental e por isso podem ser ignorados. O nudismo nos filmes de Cronenberg continua a existir pelo que os fãs não estranharão. É a prova de que para fazer um bom filme basta uma boa história e um realizador competente. Tudo o resto falhará no teste maior que é o do tempo.
Título Original: "Shivers" (Canadá, 1975) Realização: David Cronenberg Argumento: David Cronenberg Intérpretes: Paul Hampton, Lynn Lowry, Allan Kolman, Susan Petrie, Barbara Steele Música: Ivan Reitman Fotografia: Robert Saad Género: Ficção-Científica, Terror Duração: 87 min. |
2 comentários:
Não entendi como uma crítica desse filme pode deixar de mencionar o principal sintoma da contaminação: o apetite sexual exacerbado.
Achei essa crítica muito superficial.
Não dá realmente uma idéia do clima do filme.
Porque revelando isso estrago o melhor do filme que é o elemento-choque.
Apresentando como um filme de zombies fica dirigido ao público-alvo. Além disso já falo de nudismo e infidelidade pelo que se verá com a mente mais aberta para essa situação.
A reprodução é a forma como todas as espécies ditas inteligentes se reproduzem. Não considero necessário entrar nesses detalhes quase óbvios e diminuir a experiência de quem o vê sem saber de nada.
Caso mais pessoas discordem poderei refazer o texto de forma mais descritiva.
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