Há duas coisas que não se devem desperdiçar. O tempo porque não se recupera, e a mente porque é a única arma da espécie num mundo selvagem e implacável. Se por um lado o tempo se esgota num instante e nos escapa por entre os dedos, a mente é famosa por estar sempre connosco e ser constantemente usada abaixo das possibilidades. E se o cérebro pudesse ser mesmo usado a cem por cento? E se tivéssemos uma capacidade de processamento de informação superior a qualquer computador, aliada à inteligência para a usar? E se não houvesse limites?
Edward Morra é um escritor que se veste como um drogado e depressa se tornará num. Uma tendência suicida para se auto-sabotar atrasa a criação do livro pelo qual foi pago antecipadamente. A namorada é o único elo que o separa da bestialidade e, quando ela o deixa, Eddie arrisca-se a passar a fronteira para o sistema parasitário da sociedade. Por acaso cruza-se com um velho conhecido na rua que lhe apresenta um medicamento experimental para usar todo o potencial do cérebro. Após provar uma vez vai começar a cumprir os seus objectivos e muito mais. Só que à medida que sobe a escadaria social, vai começar a ter demasiada gente atrás dele. Afinal a droga não era tão secreta como ele desejaria e se há gente disposta a matar por ela, ele não está disposto a morrer.
Numa época em que tudo é anunciado como fácil, os sonhos são demasiado elevados e a tendência para não cumprir as ambições é gritante. Por isso esta ideia de uma droga para a inteligência ser desejada por todos vem mesmo a propósito. Se antes o sonho inatingível era poder voar, agora o desejo maior é ser socialmente aceite. Eddie é um Ícaro moderno que voa até não poder mais e só sente as asas a derreter demasiado tarde.
É uma experiência diferente que se equilibra entre o drama e a intriga. Se por um lado exige alguns neurónios, também presenteia o espectador com acção pura. Um argumento sólido e cativante e uma boa fotografia, aliados a efeitos visuais bem doseados e música adequada, ajudam o filme a parecer mais do que realmente é. O final é simples e poderoso. Bradley Cooper, longe de ser fenomenal, é quem brilha mais num filme onde os bons actores são medianos. Quanto a Abbie Cornish não foi mesmo talhada para ser a sombra de ninguém. Se não a querem como protagonista não a ponham no filme.
Era dispensável o comentário jocoso sobre Portugal, mas pelo menos reconhece o nosso passado de glória.
Edward Morra é um escritor que se veste como um drogado e depressa se tornará num. Uma tendência suicida para se auto-sabotar atrasa a criação do livro pelo qual foi pago antecipadamente. A namorada é o único elo que o separa da bestialidade e, quando ela o deixa, Eddie arrisca-se a passar a fronteira para o sistema parasitário da sociedade. Por acaso cruza-se com um velho conhecido na rua que lhe apresenta um medicamento experimental para usar todo o potencial do cérebro. Após provar uma vez vai começar a cumprir os seus objectivos e muito mais. Só que à medida que sobe a escadaria social, vai começar a ter demasiada gente atrás dele. Afinal a droga não era tão secreta como ele desejaria e se há gente disposta a matar por ela, ele não está disposto a morrer.
Numa época em que tudo é anunciado como fácil, os sonhos são demasiado elevados e a tendência para não cumprir as ambições é gritante. Por isso esta ideia de uma droga para a inteligência ser desejada por todos vem mesmo a propósito. Se antes o sonho inatingível era poder voar, agora o desejo maior é ser socialmente aceite. Eddie é um Ícaro moderno que voa até não poder mais e só sente as asas a derreter demasiado tarde.
É uma experiência diferente que se equilibra entre o drama e a intriga. Se por um lado exige alguns neurónios, também presenteia o espectador com acção pura. Um argumento sólido e cativante e uma boa fotografia, aliados a efeitos visuais bem doseados e música adequada, ajudam o filme a parecer mais do que realmente é. O final é simples e poderoso. Bradley Cooper, longe de ser fenomenal, é quem brilha mais num filme onde os bons actores são medianos. Quanto a Abbie Cornish não foi mesmo talhada para ser a sombra de ninguém. Se não a querem como protagonista não a ponham no filme.
Era dispensável o comentário jocoso sobre Portugal, mas pelo menos reconhece o nosso passado de glória.
Título Original: "Limitless" (EUA, 2011) Realização: Neil Burger Argumento: Leslie Dixo (adaptação do livro de Alan Glynn) Intérpretes: Bradley Cooper, Abbie Cornish, Robert de Niro Música: Paul Leonard-Morgan Fotografia: Jo Willems Género: Mistério, Thriller Duração: 105 min. Sítio Oficial: http://www.iamrogue.com/limitless |
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