Ao terminar “Manhattan” Allen estava tão descontente com o seu trabalho que se ofereceu para fazer um novo filme de graça se destruissem esse. Felizmente foi recusado. “September” ia pelo mesmo caminho pois a primeira versão teve vários takes rejeitados na fase de montagem e a versão final desagradou tanto ao realizador que foi deitada fora e todo o filme foi refilmado com metade dos actores substituídos. Mais uma vez valeu a intervenção dos produtores pois adivinhava-se uma terceira versão depois dessa e talvez uma repetição contínua em busca de algo inatingível.
A referência imediata é “Sonata de Outono”. Tal como no filme de Bergman temos uma mulher com problemas recalcados, que hospeda temporariamente a irmã e recebe uma visita da mãe. Nessa reunião todos os problemas virão à superfície e terão coragem para discutir o que não ousaram durante anos. A trama principal gira em torno de amores desencontrados. Howard ama Lane que ama Peter que ama Stephanie que é casada.
Para Allen este era um projecto prioritário. Queria saber do que era capaz se filmasse uma peça de teatro. Um conjunto reduzido de actores, um cenário minimalista, uma história que dependesse de diálogos e performances para prender o espectador. Fê-lo a pensar numa casa e numa estação específica, mas os atrasos levaram a que fosse feito em estúdio.
Talvez isso tenha levado ao descontentamento, ou estaria a despejar a angústia que não pôde aplicar no final de “Hannah and Her Sisters”, ou talvez Allen não tenha sido mesmo talhado para esse género. O que é certo é que “September” é um filme menor no meio de uma carreira de grande qualidade e teve a sorte de ser amparado por um trio de actrizes fenomenais porque quem esperava um novo “Interiors” certamente saiu surpreendido.
De uma perspectiva optimista este fracasso abriu caminho para uma nova fase de dramas que se prolongarão até 1992 e todos eles são melhores por isso aprendeu que esta experiência não devia ter passado disso mesmo: um teste para o realizador, não destinado a sair a público. Merece um visionamento nem que seja por mera curiosidade ou para apreciar as performances, mas poucos ousarão repetir.
A referência imediata é “Sonata de Outono”. Tal como no filme de Bergman temos uma mulher com problemas recalcados, que hospeda temporariamente a irmã e recebe uma visita da mãe. Nessa reunião todos os problemas virão à superfície e terão coragem para discutir o que não ousaram durante anos. A trama principal gira em torno de amores desencontrados. Howard ama Lane que ama Peter que ama Stephanie que é casada.
Para Allen este era um projecto prioritário. Queria saber do que era capaz se filmasse uma peça de teatro. Um conjunto reduzido de actores, um cenário minimalista, uma história que dependesse de diálogos e performances para prender o espectador. Fê-lo a pensar numa casa e numa estação específica, mas os atrasos levaram a que fosse feito em estúdio.
Talvez isso tenha levado ao descontentamento, ou estaria a despejar a angústia que não pôde aplicar no final de “Hannah and Her Sisters”, ou talvez Allen não tenha sido mesmo talhado para esse género. O que é certo é que “September” é um filme menor no meio de uma carreira de grande qualidade e teve a sorte de ser amparado por um trio de actrizes fenomenais porque quem esperava um novo “Interiors” certamente saiu surpreendido.
De uma perspectiva optimista este fracasso abriu caminho para uma nova fase de dramas que se prolongarão até 1992 e todos eles são melhores por isso aprendeu que esta experiência não devia ter passado disso mesmo: um teste para o realizador, não destinado a sair a público. Merece um visionamento nem que seja por mera curiosidade ou para apreciar as performances, mas poucos ousarão repetir.
Título Original: "September" (EUA, 1987) Realização: Woody Allen Argumento: Woody Allen Intérpretes: Mia Farrow, Dianne Wiest, Elaine Stritch, Denholm Elliott, Sam Waterson, Jack Warden Fotografia: Carlo Di Palma Género: Drama Duração: 82 min. |
1 comentários:
É, você não curtiu muito, mas eu simplesmente AMO esse filme. É um dos meus favoritos.
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