Quando apareceu um livro com um título tão sugestivo como “Tudo o que sempre quis saber sobre sexo, mas tinha medo de perguntar”, como podia um homem da comédia desperdiçar a oportunidade de o adaptar para cinema?
Este é um daqueles casos em que o título é mais conhecido do que o filme. Primeiro porque é um título tão sugestivo que não se esquece facilmente. Segundo porque não me lembro de ter passado alguma vez na televisão nacional, devido à polémica que causaria em mentes mais puritanas (enquanto outros bem piores passam às quatro da tarde, mas enfim, esse é outro problema).
“Everything” está dividido em sete capítulos totalmente diferentes e Woody Allen aparece numa ligeira maioria. As semelhanças com o livro que o inspirou ficam-se basicamente pelos títulos que dão origem a pequenos contos mordazes. Em “Do Aphrodisiacs Work?” um bobo (Allen) recorre a um afrodisíaco para ir para a cama com a Rainha (Lynn Redgrave), mas depara-se com um cinto de castidade. Em “What is Sodomy?” um médico (Gene Wilder no seu papel mais sério de todos os tempos) tem de curar um pastor que está apaixonado por uma ovelha. E a doença é contagiosa. Em “Why Do Some Women Have Trouble Reaching an Orgasm?” Allen é Fabrizio, um italiano capaz de levar qualquer mulher ao orgasmo, mas com dificuldades em satisfazer uma em particular. Com essa só o consegue em público. “Are Transvestites Homosexuals?” é uma divertida história de um travesti que quer evitar ser apanhado em público. “What Are Sex Perverts?” satiriza um programa televisivo onde pessoas revelam as suas perversões sexuais a troco de dinheiro. “Are the Findings of Doctors and Clinics Who Do Sexual Research and Experiments Accurate?” é uma aproximação de Allen ao terror série B onde enfrenta a criação de um cientista louco. Finalmente em “What Happens During Ejaculation?” há uma divertida personificação dos orgãos do corpo durante o acto sexual. Um "Era Uma Vez o Corpo Humano" mais adulto.
Tal como no livro, o objectivo era levantar o tabu sobre o sexo. O que conseguiu foi dividir os espectadores entre os que o aclamaram como génio e os que o consideraram um tarado. A presença de actores consagrados como os referidos acima - ou Burt Reynolds e John Carradine - ajudaram a proteger o filme. Acabou por ser apenas mais uma demonstração do génio criativo de Allen que, partindo de algo tão sério como títulos científicos, criou um exemplo de comédia intemporal. Porque as mentalidades mudaram, mas continua tudo na mesma.
Este é um daqueles casos em que o título é mais conhecido do que o filme. Primeiro porque é um título tão sugestivo que não se esquece facilmente. Segundo porque não me lembro de ter passado alguma vez na televisão nacional, devido à polémica que causaria em mentes mais puritanas (enquanto outros bem piores passam às quatro da tarde, mas enfim, esse é outro problema).
“Everything” está dividido em sete capítulos totalmente diferentes e Woody Allen aparece numa ligeira maioria. As semelhanças com o livro que o inspirou ficam-se basicamente pelos títulos que dão origem a pequenos contos mordazes. Em “Do Aphrodisiacs Work?” um bobo (Allen) recorre a um afrodisíaco para ir para a cama com a Rainha (Lynn Redgrave), mas depara-se com um cinto de castidade. Em “What is Sodomy?” um médico (Gene Wilder no seu papel mais sério de todos os tempos) tem de curar um pastor que está apaixonado por uma ovelha. E a doença é contagiosa. Em “Why Do Some Women Have Trouble Reaching an Orgasm?” Allen é Fabrizio, um italiano capaz de levar qualquer mulher ao orgasmo, mas com dificuldades em satisfazer uma em particular. Com essa só o consegue em público. “Are Transvestites Homosexuals?” é uma divertida história de um travesti que quer evitar ser apanhado em público. “What Are Sex Perverts?” satiriza um programa televisivo onde pessoas revelam as suas perversões sexuais a troco de dinheiro. “Are the Findings of Doctors and Clinics Who Do Sexual Research and Experiments Accurate?” é uma aproximação de Allen ao terror série B onde enfrenta a criação de um cientista louco. Finalmente em “What Happens During Ejaculation?” há uma divertida personificação dos orgãos do corpo durante o acto sexual. Um "Era Uma Vez o Corpo Humano" mais adulto.
Tal como no livro, o objectivo era levantar o tabu sobre o sexo. O que conseguiu foi dividir os espectadores entre os que o aclamaram como génio e os que o consideraram um tarado. A presença de actores consagrados como os referidos acima - ou Burt Reynolds e John Carradine - ajudaram a proteger o filme. Acabou por ser apenas mais uma demonstração do génio criativo de Allen que, partindo de algo tão sério como títulos científicos, criou um exemplo de comédia intemporal. Porque as mentalidades mudaram, mas continua tudo na mesma.
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