Aqui vamos começar a conhecer outras facetas de Woody Allen. Uma característica é que as suas personagens costumam ser um pouco autobiográficas, normalmente encarna um jornalista, músico, ou algum tipo de escritor, argumentista, ou de outro tipo. E um dos defeitos de Allen é que quando tem uma musa a utiliza até à exaustão. Com este "Play It Again, Sam" começou um ciclo de Diane Keaton que, apesar de espaçado, durou até aos anos 90.
Aqui Allen é Allan, um crítico de cinema. Allan é abandonado pela mulher que se fartou de estar presa a um relacionamento. Por sugestão e pressão de um casal amigo, Dick e Linda (Diane Keaton e Tony Roberts), vai começar a procurar nova companheira numa série de encontros que não correm muito bem. Vindo do fundo da sua imaginação Humphrey Bogart (Jerry Lacy) entra em cena para lhe dizer como se deve portar um galã. E a ex-mulher vem assombrá-lo com os erros que cometeu. Allan começa a fazer tudo mal porque a vida não é como os filmes e isso afasta as mulheres. Até que percebe que a mulher da sua vida é Linda,
Pela primeira vez Allen teve de criar uma personagem complexa. Como se virá a tornar moda, apoiou-se num clássico para dar ideias-base, mas desenvolveu uma história distinta e diferente de tudo. As centenas de representações da peça em palco, maioritariamente com o elenco que viria a fazer o filme (Allen, Keaton, Roberts e Lacy), foram construtivas porque o filme apesar de dirigido por outro realizador era exactamente como Allen queria excepto num pequeno detalhe: não foi filmado em Nova Iorque devido a uma greve.
O humor continua num equilíbrio instável entre a frase certa e o movimento certo (a componente física foi exagerada), mas o drama, o romance e a angustia atingem novos patamares.Por isso estar associado a “Casablanca” foi uma jogada inteligente. Aquele filme que ninguém consegue definir como comédia, drama, ou romance, por ser tão brilhante em todas essas áreas, é o exemplo do que Allen queria fazer.
“Play It Again, Sam” não chega aos calcanhares do original, nem era essa a intenção. Começa e acaba com excertos do clássico porque é uma homenagem a um daqueles filmes maiores do que todo o Cinema. Obriga a conhecer “Casablanca” e certamente no final levará muita gente a vê-lo de novo. Quem quero enganar? Logo aos dois minutos pensei seriamente em trocar de filme.
"Play It Again, Sam" por si só é uma obra divertida que causa alguma reflexão e se vê com gosto várias vezes. Não é dos melhores filmes que Allen fez, mas fica confortável a meio da listagem e imortaliza uma peça que deve ter sido memorável.
Aqui Allen é Allan, um crítico de cinema. Allan é abandonado pela mulher que se fartou de estar presa a um relacionamento. Por sugestão e pressão de um casal amigo, Dick e Linda (Diane Keaton e Tony Roberts), vai começar a procurar nova companheira numa série de encontros que não correm muito bem. Vindo do fundo da sua imaginação Humphrey Bogart (Jerry Lacy) entra em cena para lhe dizer como se deve portar um galã. E a ex-mulher vem assombrá-lo com os erros que cometeu. Allan começa a fazer tudo mal porque a vida não é como os filmes e isso afasta as mulheres. Até que percebe que a mulher da sua vida é Linda,
Pela primeira vez Allen teve de criar uma personagem complexa. Como se virá a tornar moda, apoiou-se num clássico para dar ideias-base, mas desenvolveu uma história distinta e diferente de tudo. As centenas de representações da peça em palco, maioritariamente com o elenco que viria a fazer o filme (Allen, Keaton, Roberts e Lacy), foram construtivas porque o filme apesar de dirigido por outro realizador era exactamente como Allen queria excepto num pequeno detalhe: não foi filmado em Nova Iorque devido a uma greve.
O humor continua num equilíbrio instável entre a frase certa e o movimento certo (a componente física foi exagerada), mas o drama, o romance e a angustia atingem novos patamares.Por isso estar associado a “Casablanca” foi uma jogada inteligente. Aquele filme que ninguém consegue definir como comédia, drama, ou romance, por ser tão brilhante em todas essas áreas, é o exemplo do que Allen queria fazer.
“Play It Again, Sam” não chega aos calcanhares do original, nem era essa a intenção. Começa e acaba com excertos do clássico porque é uma homenagem a um daqueles filmes maiores do que todo o Cinema. Obriga a conhecer “Casablanca” e certamente no final levará muita gente a vê-lo de novo. Quem quero enganar? Logo aos dois minutos pensei seriamente em trocar de filme.
"Play It Again, Sam" por si só é uma obra divertida que causa alguma reflexão e se vê com gosto várias vezes. Não é dos melhores filmes que Allen fez, mas fica confortável a meio da listagem e imortaliza uma peça que deve ter sido memorável.
Título Original: "Play It Again, Sam" (EUA, 1972) Realização: Herbert Ross Argumento: Woody Allen Intérpretes: Woody Allen, Diane Keaton, Tony Roberts, Susan Anspach, Jerry Lacy Música: Billy Goldenberg Fotografia: Owen Roizman Género: Comédia, Romance Duração: 85 min. |
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